cap 6 (Gael)

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- fala pai - falo colocando o celular no ouvido.

- está tudo bem, e a Nimmia? - ele fala e eu bufo.

- pai, eu nem conheço ela.

- por que vocês não se conhecem mais? leva ela para sair, conversa com ela, você sabe que tem que dar tudo certo.

- eu já falei que ela é só uma funcionária qualquer, e não tem o por que levar ela para sair, ela só tá fazendo a obrigação dela, e pronto.

- se isso der errado, vai cair tudo sobre você e você sabe isso - eu bufo novamente.

- eu já sei pai não precisa me lembrar isso, vai dar tudo certo.

- assim eu espero, espero que vocês tenham uma boa relação.

- nossa pai, vocês combinaram de falar a mesma coisa? a Nimmia sempre fala isso.

- só estou falando a verdade, e ela está certa.

- tá, tá pai, tchau, até o dia do jantar.

- até filho, vai com a Nimmia e se comportem.

- tá bem - o mesmo desliga a ligação.

me levanto da cama onde eu estava sentado, abro a porta. no final vejo Nimmia usando um pijama tipo baby Doll preto. porra, essa mulher quer me matar? modos Gael, modos, ela só é uma funcionária. vejo que Nimmia está na cozinha cozinhando alguma coisa e por sinal estava bem cheiroso.

- eu deixei? - falo e olho a ela de cima a baixo.

- deixou oque? - que sonsa.

- deixei você cozinhar na minha cozinha - ela revira os olhos.

- sua não, nossa, mas respondendo a sua pergunta, seu pai me mandou mensagem falando que eu podia usar as coisas da casa, já que você não teve nem a coragem de falar isso.

- a casa é minha, não é do meu pai - GAEL! tá louco? olhando para a bunda e para a coxa dela? se controla, ela é só uma funcionária qualquer.

- ah Gael faz o favor né, você quer que eu cozinhe no meu quarto? - ela fala mexendo o macarrão que está fervendo na panela. tiro os olhos da bunda dela e olho para o macarrão fervendo.

- se fosse possível bem que eu gostaria - dou uma risadinha, ela olha para mim e me fuzila com os olhos. percebi que ela tem uma dificuldade em fazer contato visual com as pessoas.

- se fode Gael, agora é sério você quer um pouco? - não cai nessa Gael!

- não quero, eu já sei cozinhar - vou até a geladeira e pego uma salada pronta.

- é sério isso?! - ela fala rindo - não era você que sabia cozinhar?

- eu sei sim, só não tô afim, diferente de outras pessoas eu trabalho e não sobra energia para ficar cozinhando - eu falo enquanto eu sento no banquinho e ponho a salada na bancada.

- diferente de algumas pessoas eu não nasci herdeiro que trabalho só por que o meu pai obriga, eu trabalho por que eu preciso - retruca ela.

- por que você não vai se fuder? vem falar coisa que nem sabe, é melhor ficar calada - abro a salada.

- eu sei muito bem oque eu estou falando - vou até a gaveta e pego o garfo vejo ela mexendo o macarrão.

- se ficar mexendo assim vai ficar uma papa não um macarrão - dou uma risadinha e volto para o banco.

- por que você não cuida da sua vida, diferente de você eu sei oque fazer.

- você parece que tá no quinto ano, sai dessa - falo e sem querer olho para a bunda da mesma, desvio, ela vira para mim e revira os olhos sem falar nada e depois se vira para o macarrão fervendo desliga o fogo ela abaixa para pegar o escorredor. não olha, não olha. ela pega o escorredor para escorrer, ela pega a panela, joga o macarrão no escorredor, escuto a água caindo na pia.

- aí porra! - escuto ela reclamando, logo depois largando a panela na pia - caralho.. - vejo ela assoprando sua mão.

- oque aconteceu? - falo meio preocupado, levanto as sobrancelhas.

- eu me queimei - ela coloca a mão na água corrente - tá preocupado por que?

- por que sem você não tem negócios - não, eu não falei isso, porra Gael. olho para a mão da mesma - vou pegar pegar a pomada.

- aeee! venci, você finalmente admitiu que depende de mim! - ela grita enquanto eu pego a pomada na dispensa.

- prefere ficar assim? - olho para ela.

- pega logo a porra da pomada - ela revira os olhos.

- tira a mão daí - ela tira a mão da torneira e coloca na minha frente, pego a pomada e passo com cuidado.

- aí - ela faz uma careta de dor.

- pronto! agora é só passar todos os dias - eu ri.

- tá rindo por que? - ela franze o cenho.

- não era você que sabia cozinhar? - eu ri mais.

- mas eu sei e para de rir da desgraça dos outros - ela esboça um sorriso. o sorriso dela é lindo, tá doido Gael, parou.

- eu? jamais - dou um sorrisinho.

- para de ser sonso.

- olha quem fala...

- cê tá querendo dizer que eu sou sonsa?

- se a carapuça serviu...

- idiota - ela ri.

- é... já tá tudo certo né? então eu vou indo - solto a mão dela quando percebo que ainda estou segurando.

- não vai comer sua salada?

- vou comer no quarto e você não vai comer o seu macarrão? - me aproximo dela, ela está ofegante, me aproximo mais ficando cara a cara com a mesma.

- é... é, eu vou colocar o molho ainda - ela fala e se vira de costas para mim. eu pego a minha salada e abro a porta do meu quarto. coloco a salada na mesa e me jogo na cama.

- oque foi isso Gael? porra, o combinado era não se envolver e não olhar para a bunda dela, mesmo que seja grande, mais que porra - falo para mim mesmo e bufo.

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