cap 2 (Nimmia)

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certo Nimmia está tudo bem, não surta.

- eu! eu sou a Nimmia - falo prendendo a repiracão e esboço um sorriso sem mostrar os dentes e me levanto.

- ah sim, Nimmia... - ele se vira e continua andando, eu respiro novamente, e me sento - bom... - ele volta ao centro da sala - todas que teem o nome... hum - fala e olha para uma folha que tá em suas mãos - Alice, Letícia, Aline, Ana, Beatriz, Sofia, Julia, Manuela, Maria, Helena, Eduarda, Laura, Sara, Yasmin, Rebeca, Mariana, Mirela, Nicole, Luisa, Giovana, Lorena, Olívia, Bia. podem ir embora, a porta é bem ali - o mesmo fala seco, ele levanta a mão e aponta para a porta - e eu engulo seco.

as mulheres arregalam os olhos e levantam a sobrancelha, escuto uma sequência de "oi?" "que?" "oque?", de todas falando ao mesmo tempo.

- podem ir - Otávio fala com desprezo.

vejo as mulheres saindo franzindo a testa, confusas, (imagino) umas sairam batendo o pé, outras saíram vermelhas, outras com lágrimas nos olhos. que sorte em Nimmia, ou não. olho ao meu redor vejo que sobrou 5 mulheres, todas teem cabelo liso, uma ruiva, outra loira, uma com cabelo moreno, outra com o cabelo preto médio, todas lindas.

só tem eu de cabelo cacheado curto quase médio, corpo meio gordinho... sim, não é um corpo padrão igual as outras.
- bom, preciso saber o nome de vocês - eu olho cada uma das mulheres. - você primeiro - ele aponta para a mulher loira ao meu lado esquerdo e eu a olho.

- eu sou a Lara! - ela diz com uma voz doce.

- idade?

- tenho vinte anos.

- você - aponta para a ruiva e ignora a reposta da loira.

- eu sou a Maitê, tenho vinte oito anos! - eu olha para a mesma, e ela esboço um sorriso bonito, dentes brancos, sorriso desenhado.

- você - fala erguendo a mão para a morena.

- me chamo Bea, tenho dezoito anos - a mesma não esboça nenhuma reação.

- você - ele aponta para a de cabelo preto médio.

- e-eu me chamo Liz, tenho dezoito anos, faço dezenove esse ano - a mesma fala dando um sorriso sem mostrar os dentes e abaixa a cabeça.

- você - ele aponta para mim e meu coração dispara. quero enfiar a minha cara num saco de farinha.

- bom, eu sou a Nimmia, tenho vinte três anos! - falo gentilmente, minhas bochechas coram, dou um sorrisinho.

- ok! - acho que foi a palavra mais gentil que saiu da sua boca até agora - fiquem de pé.

todas ficam de pé, inclusive eu, reviro os olhos mentalmente.

ele olha todas de cima a baixo e eu coro. acho que devo estar igual tomate. calma Nimmia, vai dar tudo certo, ele só é um velho com o rabo cheio de dinheiro, só isso.

- umas novas demais outras velhas demais - diz andando de um lado para o outro, no meio da sala, ele parecia está pensando. eu estou muito nervosa meu coração parece que vai sair da boca a qualquer momento.

calma Nimmia não esquece que vc é probretona e tem que ganhar dinheiro, mesmo que for para ser a esposa de uma pessoa que você nem conhece, é Nimmia vc chegou a esse ponto, que humilhação.

- Nimmia certo? - o mesmo para na minha frente.

- sim senhor Otávio - fala colocando minhas mãos para trás juntando - as, e apertando fortemente.

- as outras podem ir embora, já tenho minha escolha. - fala seco, e eu arregalo meus olhos, ele olha no fundo dos meus olhos. não sei se consigo manter contato visual, meu Deus Nimmia! eu abaixo minha cabeça olhando para os meus tênis cobridos por minha calça pantalona. fecho os olhos fortemente.

observo as quatro mulheres saindo, elas estavam com um rosto fechado, duas estavam com lágrimas nos olhos.

Otávio vai até a porta e fecha - a e olha para mim.

- olha Nimmia para ser sincero não queria estar fazendo isso me desculpe por ser um pouco rígido com você... são só negócios - fala franzindo o cenho, logo depois massageando as têmporas.

- nada! - falo gentil. bufo.

- bom, vamos para o que interessa! eu tenho um filho chamado Gael, ele trabalha em outra cidade mas na mesma franquia, e nós precisamos de uma mulher para ajudar ele aqui no México, se infiltrando, para observar técnicas de outras empresas - ele da uma pausa em sua fala e bufa - e basicamente eu escolhi você - o mesmo levanta o seu olhar e me olha de cima a baixo - o seu corpo dá para o gasto, precisa emagrecer, seu rosto esbelto, nome pouco conhecido, aparência inocente e trabalhadora, idade nem muito nova e nem velha, bom, entre as 30 foi a melhor, parabéns! - fala forçando um sorriso.

"precisa emagrecer" ... agora não Nimmia, engole o choro.

- oque acha? - falo olhando nos meus olhos.

-éeeee... é que eu tenho que pens- - ele me interrompe, parecendo sem paciência.

- não há tempo de pensar, se não quiser é só falar que eu chamo outra mulher - fala seco e bufa. custa esperar merda?

- quanto que vocês vão pagar? - franzo o cenho em dúvida.

- trezentos milhões por mês - ele bufa. arregalo os olhos muito surpresa.

- eu aceito! - falo sem pensar. agora já foi.

- ótimo!
ele vai até a uma armario que tem do meu lado direito e pega uma pasta azul, coloca em cima da mesa no centro da sala.

- você precisa assinar isso.

- ah, ok! - vou até a mesa no centro da sala.

- pode se sentar! - por incrível que pareça ele parece um pouco mais feliz. já é uma avanço Nimmia! eu me sento.

ele abre a pasta e coloca os papéis em cima da mesa, pego os papéis, parece que tem 7 papéis, leio cada um deles atentamente. e assino o lugar que é para assinar. oque você está fazendo da sua vida Nimmia? sinceramente...

- prontinho! - coloco a caneta na mesa em cima das folhas e me levanto.

- que bom, você fez a escolha certa Nimmia, vou entrar em contato com você, você e meu filho iram se conhecer depois de manhã, boa sorte! - ele estende a sua mão, e colo minha mão na sua, como um aperto de mão.

- obrigado! posso ir? - falo nervosa e gentil.

- pode sim! - vou até a porta abro e saio imediatamente da sala.

Meu. Deus. oque acabou de acontecer? EU PASSEI! acho que duvidei de mim mesma, parabéns Nimmia, eu sou muito boa no que faço. dou uma risadinha, com os meus próprios pensamentos.

entro no ônibus me sento, coloco o meu fone ponho a música " Greedy" da Ariana Grande, estou me sentindo feliz e orgulhosa de mim mesma, essa música me dá um poder...

chego em casa vou até a sala me jogo no sofá e ligo para Maya. ela atende.

- oiê Nimmia, e aí, que deu? - ela fala parecendo animada.

- nossa, foi uma loucura, o velhote lá, começou falando M-U-I-T-O-S - falo soletrando - nomes, e as mulheres que ele falou o nome ele mandou ir embora, depois ficou eu e mais 4 meninas lindas, ele falou que eu precisava emagrecer, mais enfi- - antes de eu terminar Maya berrou.

- ele falou o que? me conta tudinho, vou enterrar esse velho vivo - ela fala e eu rio. - só espero que o filho desse merda seja bonito pelo menos - ela fala aparentando estar estressada pela a sua voz.

como deveria ser? ou... como não deveria ser?Onde histórias criam vida. Descubra agora