go to sleep PT.2

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O CAPÍTULO ABAIXO É UMA CONTINUAÇÃO AO CAPITULO GO TO SLEEP, PUBLICADO ALGUNS DIAS ATRÁS. (DOIS ANTES DESSE) APROVEITEM A LEITURA!

TÍTULO ALTERNATIVO: So what?

- O que ainda faz aqui? - Mal resmungou, afastando a xícara de café e encarando o marido sentado a sua frente na mesa. - Está atrasado.

- Vou passar o dia com você. - Ben sorriu gentilmente, tentando pegar a mão dela sobre a mesa, mas ela a afastou, levando ao colo.

- Você não precisa passar o dia comigo. Eu fico bem sozinha.

- Mal, por favor. Estou tentando. Eu quero te recompensar. Quero estar com você. - Ele prosseguiu. - Eu sou seu marido. O Ben marido, lembra? Você disse isso ontem. Seu marido carinhoso e gentil-

- Não quero. Pode ir.

Ele estava começando a ficar irritado, mas não podia demonstrar a falta de sua paciência com a insistência da esposa. Queria muito, muito mesmo que ela voltasse a falar com ele sem ser de forma hostil. Queria ver em seus olhos o carinho que ele via sempre, queria a Mal esposa, porque no momento ela estava sendo a Mal da ilha: rabugenta, mal- criada, infantil e mal- educada.

- Meu amor, doeu tanto quando você falou que era cruel te ensinar a amar e desprezar o seu sentimento depois... doeu porque eu não queria que você se sentisse assim. Eu te amo, e eu sei que me ama, eu não quero que se sinta desprezada ou que não se sinta importante... você sabe que desde que minha mãe morreu, você é a única pessoa que eu tenho na vida, minha única companheira, e eu te amo mui-

- E daí? - Resmungou ela, se levantando e dando as costas. - Eu não te pedi para passar o dia comigo.

— Eu não entendo. Você briga comigo porque tudo que queria era que eu estivesse por perto, mas quando estou, você me manda embora!—Ben insistiu.

—Estou grávida.—Soltou, de repente.—Era o que eu queria te contar antes. Agora você pode voltar para a sua rotina normal.

O rei piscou. Uma. Duas. Três vezes. Piscou muitas vezes enquanto absorvia a informação. Queria pular. Queria rir. Queria gritar. Queria abraçar ela. Tudo ao mesmo tempo.

Mas ela recusaria todas aquelas coisas.

—Você... tomou comprimido para dormir, sabendo que está grávida?!—Questionou.

—Essa é sua única preocupação?—Mal cruzou os braços, se virando de volta para ele.

—Eu... eu...—Os olhos do garoto encheram de lágrimas.—Eu quero pular, te abraçar e... droga, estou tão feliz porque vou ser pai e você só... me odeia e me despreza no momento, eu não sei o que fazer e nem o que pensar.

Ela deu de ombros. Também não sabia o que fazer ou pensar. Estava cansada, com a cabeça dolorida e manhosa.

—Eu vou voltar para cama. Estou com muito sono.—Bocejou ela.

—Mal, por favor. Por favor. Chega disso. O que faço para que me perdoe?!

—Está tudo bem, sério. Eu só preciso descansar.—A mulher caminhou até o corredor, pronta para entrar no quarto quando ouviu o marido voltar a falar.

—Posso me deitar com você? Posso fazer carinho no seu cabelo até você dormir ou até que se sinta melhor.

—Não precisa.

—Não precisa. Mas eu quero.

—Ben...

—Olha, eu estou... perdido. Como eu vou me aproximar de você desse jeito? Eu te amo. Mais do que tudo. E eu vou amar esse criança aí dentro se me permitir... só... seja legal.—Resmungou o rapaz, seguindo ela.

Parados no corredor, ela ficou de frente para ele. Olhava para cima, pois seu tamanho parecia diferente do dele quando estava sem sapatos. Olhe a olhava com carinho, com amor. Tocou o quadril dela gentilmente e a puxou para perto, colando suas testas ao se curvar.

—Eu te amo. Quero estar com você.

Ela revirou os olhos, quase que com um meio sorriso nos lábios.

—Tá...

—E olhe só, você é tão bonita, tomara que nosso bebê pareça você.—Colocou mechas de seu cabelo roxo atrás da orelha gentilmente, vendo a bochecha dela corar. Sussurrava baixinho, trazendo para a esposa um ar acalentador e dessa vez, ela sorriu de verdade, se aproximando ainda mais e deixando com que ele a acolhesse em um abraço.—Eu vou adorar ter uma menininha com você.

—E se for um menino?

—Olhe, eu me considero pai de menina.

—Eu sou claramente mãe de menino.

—Isso não é problema. Podemos ter vários deles. Vou amar todos que vierem com o seu rosto... a personalidade não, por favor, eu não aguento.—Brincou, quebrando aquela tensão ali entre eles. Ela o agarrou no abraço com mais força, rindo.

—Você é um idiota.

—Sou um idiota que te ama muito.—Gaguejou Ben, a afastando para olhar em seus olhos verdes.—Muito mesmo.

—Eu também amo você.—Mal sentiu toda a raiva se dissipar. Não podia ser tão grosseira com alguém que a amava tanto e a tratava tão bem. Era injusto.—Mas preciso mesmo me deitar. Minha cabeça dói muito.

—E como faço para você se sentir melhor?

Ambos sorriram bobos, encarando um ao outro.

—Hum...—Murmurou ela, fazendo biquinho.—E se você deitasse comigo e fizesse carinho no meu cabelo?

—Ah, tá aí uma ótima ideia!

FLOWERS TO MAL - Malen one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora