Meu Chefe Turner -Série Chefes, Livro 5

Capítulo 28

Boa leitura! 

Melanie

A sensação que tenho nesse momento é de que nunca estivemos separados, que esses dezesseis anos nunca existiram, que sou a mesma adolescente vivendo as belezas do primeiro amor. Porém, por outro lado, sei que agora temos um amor maduro, livre de segredos e sentimentos confusos, que que podemos ser finalmente, o casal que tantos sonhamos.

—Eu tive medo de você nunca me perdoar, princesa! —O Davi comenta, enquanto, acaricia meus cabelos. Estamos os dois deitados na minha cama, no meu antigo quarto, na casa dos meus pais.

—Depois que passou a raiva por ter inventado um relacionamento que não existia. —Belisco seu braço e ele resmunga. —Confesso que achei romântico...

—Eu sempre fui um homem romântico, formado em comedias românticas com uma pitada de drama! —Ele sorrir e eu ergo a cabeça para observa-lo. — E eu apostei todas as minhas fichas nesse plano, eu queria conquista-la.

—E conseguiu, me vi rendida de amor por você, nas primeiras semanas! —Tocos seus lábios com os meus. — Foi tudo verdadeiro para mim, Davi. —Mostro a aliança de noivado em meu dedo anelar e ele sorri largamente. — Não pretendo mudar nada, nos nossos planos, na festa de noivado, no casamento depois do nascimento do nosso bebê.

—Eu já estava pensando em outras formas de te pedir em casamento outra vez.

—Guarde essas ideias para nossas bodas daqui alguns anos, querido! —Pisco para ele. Pretendo comemorar cada ano ao lado dele, para compensar os anos que ficamos separados. — Davi... —Me sento na cama encarando-o. —Quando as minhas lembranças voltaram, eu me lembrei de algo.

—Eu não estou gostando dessa sua expressão. É algo ruim?

—Eu sei quem me atropelou! —Ele me olha cheio de expectativas. —Foi a Lea. Eu me lembro com perfeição do sorriso débil dela, enquanto acelerava o carro em minha direção.

—Aquela desgraçada tentou te matar? —Ele se levanta enfurecido. —Vamos a polícia agora, Melanie. Aquela infeliz quase matou você e nosso filho, ela vai ter que pagar por isso.

—Querido, mesmo se quisermos não podemos provar que foi ela, os policias me disseram ainda no hospital que na rua em que houve o acidente não tinha câmeras e não havia qualquer testemunha. A vadia fez tudo para não ser descoberta! —Suspiro frustrada. Por mais que meu depoimento coloque a Leah como principal suspeita, não temos provas concretas, vai ser a minha palavra contra a dela.

—Você quer dizer que ela tenta te matar e sai ilesa? —Ele fecha os olhos muito nervoso e soca a parede. — Não interessa quanto tempo passe, eu vou dar um jeito de provar que essa maldita é uma assassina. Que droga, princesa! Eu coloquei uma sociopata em nossas vidas, quase perdi você e nosso filho e culpa seria totalmente minha. —Sua voz soa triste e eu me levanto abraçando-o por trás. —Amor, não se culpe, está bem? Estamos aqui, os três, juntos. —Ele se vira para mim e suas mãos vão direto para a minha barriga que cada dia está maior e sinto nosso filho ou filha se mexer. —Finalmente, estamos bem e no fim é isso que importa...

—Mas, princesa...

—E a Leah não vai sair totalmente, ilesa. O Dylan e a Dakota devem estar chegando para me buscar...

—Te busca para que? —Ele me interrompe e eu reviro os olhos.

—Se me deixar falar vai saber! —Resmungo e ele me beija como se pedisse desculpas. —Eles vão me ajudar a acertar as contas com a Leah e o tio Kevin.

—Você ficou maluca? Você está gravida, Melanie e aqueles dois são sociopatas, nem fodendo vai ficar perto do meu pai e da Leah!

—Não estou pedindo permissão, querido! Estou avisando e você não quer contrariar a sua mulher gravida logo depois, dela ter te perdoado, quer? —Olho em seus olhos e seu desagrado é palpável. —Eu vou ficar bem, a Dakota e o Dylan estarão comigo.

—Eu vou junto! —Ele diz decidido e eu nego com a aceno de cabeça.

—Todas as vezes em que você tentou resolver os nossos problemas, deu errado! —Dou um selinho rápido nele e ouço o som da buzina do lado de fora. —São eles! Confia em mim?

—Promete que não vai se colocar em perigo? —Ele me abraça apertado e me beijando. —Eu amo vocês!

—Nós também te amamos! —Dou vários selinhos nele sem desejo de me afastar. —Me deixe ir, Davi! —Me distancio dele sorrindo feito uma boba apaixonada e saio do quarto.

—Tem certeza disso, gatinha? —O Dylan me olha preocupado quando entro no carro ficando no banco de trás.

—Trouxe o taco, Dakota? —Olho para ela que me sorrir satisfeita. Enquanto, o Dylan da partida com o carro para o endereço do tio Kevin. — Quero só dá um susto naqueles dois canalhas.

—Gatinha, desde quanto você tem esse instinto de vingança? —O Dylan parece achar engraçado essa nova versão da minha personalidade.

—Desde que, tentaram me matar e armaram para me separar do Davi. E sempre posso colocar as culpa nos hormônios de gravida. —Poucos minutos depois estacionamos em frente a casa do pai do Davi. —Eu não queria acreditar que era real, mas o pai do Davi está tendo um caso com a Leah?

Minha surpresa não poderia ser maior ao sair do carro e ver o Kevin e a Leah aos beijos dentro do carro que acredito ser do próprio Kevin. Quando a Dakota me contou sobre as suas suspeitas em relação ao envolvimento dos dois, eu tive uma certa dificuldade em acreditar que o Kevin se envolveria com a ex namorada do próprio filho. No fundo, ele não fez o que fez comigo e o Davi apenas para a atingir os meus pais, ele fez para amaciar o próprio ego.

Pego o taco das mãos da Dakota e caminho em direção ao carro, os dois estão tão envolvidos que se quer notam a minha presença, até o som o do taco batendo contra o vidro do carro assusta os dois. Dou um pequeno sorriso ao ver a cara de espanto dos dois ao me verem destruindo o carro com o dois lá dentro.

—Eu vou chamar a polícia! —A Leah grita saindo com do carro junto com o Kevin, e eu noto os hematomas pelo rosto e nos braços, deixados pela Dakota.

—Chama! —Desafio-a. —Eu e você sabemos quem vai presar se chamar a polícia, Leah!

—Você não pode provar nada! —Ela segura o celular, mas sinto o medo em sua voz, ela não vai ligar. É covarde demais para isso.

—Filha... —O Kevin começa a falar e minha mão choca contra o seu rosto e ele fica atônito a me fitar.

—Eu não sou sua filha, Kevin! —Digo entre dentes e toco minha barriga protegendo meu filho desses dois. —Eu apenas vim dar um recado para os dois, fiquem longe da minha família e principalmente do Davi e do meu bebê!

—Esse bebê é meu neto! Vocês terão que me engolir na vida dele, a Sasha nunca vai ser ver livre de mim! —O Kevin diz com um sorriso débil nos lábios, mas se a tentativa dele foi me causar medo, não surtiu efeito, eu sinto pena dela.

—Tenta a sorte! —O Dylan se coloca na minha frente. —O Davi pode ser bom demais para te dar o que merece, mas eu não tenho o mesmo piedade. —O príncipe, segura o Kevin pela camisa e eu vejo o pavor nos olhos dele.

—E o mesmo serve para você, Leah! Se gosta do seu rosto inteiro, esquece que a Melanie existe. — A Dakota pega o taco da minha mão e a Leah recua amedrontada.

—Vocês saíram para ameaçar esses dois sem me convidar? — A voz do Dimitri surge de algum lugar e olhamos na sua direção e lá estão todos os meus amigos, mas como se meus olhos tivessem um imã que me guia direto para ele, vejo o Davi caminhando ao lado do melhor amigo.

Caminho apressada em direção a ele me jogando em seus braços. Eu sei que uma confusão está acontecendo ao nosso redor, mas a única que me importa é nós dois.  

Eu acho que eles conseguiram espantar os dois canalhas hahaha 

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Até logo!