Ele se esconde nos corredores da torre que levam à sala do Pequeno Conselho. Tornou-se seu pequeno segredo, uma rotina que ele sempre desejou ter, e agora, depois de meses de anseio, ele finalmente a tem.
Os corredores são silenciosos, e o som de cada passo que ele dá ecoa dentro das paredes. Aemond caminha com Blackfyre presa ao quadril, o peso do aço valiriano o faz sorrir. Verdadeiramente, ele nunca sentiu uma emoção tão profundamente enraizada dentro dele que faria o cabelo em sua nuca despertar, mas agora ser o regente e o protetor do reino faz isso por ele.
Ele para por um momento quando encontra a porta da sala do conselho entreaberta, a cintilação da luz das velas visível de fora. Ele nunca encontrou ninguém em tal hora, exceto os guardas, que no momento são os que não são encontrados perto desta sala.
Ele dá um passo cauteloso em direção à porta, ouvindo o som de um zumbido baixo vindo de dentro. Ele alcança a adaga de Aegon, os dedos enrolando a alça enquanto empurra a porta para abrir lentamente, seu bom olho percorando a sala apenas para encontrar alguém, inclinando-se sobre a mesa e brincando com sua bola de mármore.
"Uma boa noite, não é, meu Príncipe Regente?" Você pergunta a ele, de costas para ele enquanto se agita com a bola na mesa, caminhando em direção à cadeira do rei com um balanço nos quadris.
"Qual é o seu negócio aqui, Lady Strong?" Ele pergunta, soltando a adaga antes de trancar as mãos atrás das costas, caminhando em direção ao seu assento anterior no final da mesa de mármore.
Ele observa você de perto, seu bom olho seguindo todos os seus movimentos enquanto você se senta em sua cadeira na cabeceira da mesa, rolando a bola entre os dedos enquanto você olha para ele lentamente.
"Estou desanimada com suas palavras para meu pai", você diz, inclinando-se para trás na cadeira enquanto seu polegar esfrega sobre a superfície lisa da bola de mármore em sua mão, "ele serviu fielmente ao Rei e sua graça".
Aemond não se move de seu lugar, olhando apenas para seus dedos enquanto eles esfregam e acariciam o que pertence a ele. Ele ouve com atenção, embora não tenha certeza do que pode ser bom conversar com uma senhora como você em tal hora.
"Seu pai buscou o poder quando ele já tinha mais do que merecia", ele responde, dando passos prolongados em sua direção, parando na cadeira vazia de Tyland Lannister, "meu conselho não é lugar para ratos como ele".
Você ri, inclinando a cabeça na parte de trás da cadeira com um sorriso puxando o canto da boca, e irrita Aemond sem fim ver você encontrando uma alegria tão imensa em atormentá-lo - mesmo que você ainda não tenha começado.
Você sempre foi uma mulher tão estranha para ele; tanto como seu pai no sentido de que você não parou em nada para obter o que queria. Ele ouviu histórias de sua natureza rebelde na corte, sempre ouvindo e incomodando a realeza com suas observações, mas eles não conseguiram contar a ele sobre sua beleza ofuscante.
"Eu pensei que você estava governando no lugar do seu irmão enquanto ele se recupera, meu príncipe", você diz, empurrando a bola até que ela comece a rolar em direção a onde Aemond está, "supostamente, este é o conselho dele, não o seu".
"No entanto, seu pai assumiu que ele seria minha Mão, não do meu irmão", ele move a bola na mesa enquanto caminha em direção ao assento de Orwyle, seu olhar nunca saindo do seu, "isso me faz pensar o quão famintos ele e você estão pela atenção da realeza, minha senhora."
"Oh, você confundiu meus motivos, sua graça," você se levanta, pisando no lado oposto dele, combinando seu ritmo enquanto ele contorna a mesa com confiança até ficar atrás da cadeira do rei, "Eu não estou aqui para buscar o poder ou a atenção da realeza, não. Estou aqui para lhe dizer que às vezes você precisa pensar antes de dizer algumas palavras; ratos como meu pai, como você disse, tendem a prosperar com eles, o melhor é aprender a dizer essas palavras sem causar um problema."
