Capítulo 14 - Subindo e Descendo da Torre - Workers Terceira Filial (03)

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  Yukka corria na direção de Vasco e Chayoung correu na direção contrária.

  Em uma fração de segundos, Yukka chutou o isqueiro da mão do homem que estava agarrado a perna dele, mas não pôde fazer nada com o outro que estava agarrado nos ombros de Vasco, porque mais dos homens zumbis apareceram e agarraram os braços dela.

  A garota assistiu, horrorizada, aquele homem colocar fogo em si mesmo.

  Vasco reagiu naquele exato momento. Somente com uma mão ele jogou para longe de si o homem que estava com o corpo em chamas e então puxou Yukka pela cintura em quanto socava os homens que a seguravam.

  “Como ela conseguiu chegar aqui?”

  —Você está bem? —ele perguntou.

  Ela não soube como responder, ainda em choque e sem conseguir desviar o olhar do homem que gritava em agonia em quanto as chamas se espalhavam por sua pele.

  O cheiro de carne carbonizada a deixou tonta e ela segurou a jaqueta de Vasco para se apoiar.

  Mas os “homens zumbi” não estavam preocupados com o companheiro e se aproximavam com os corpos encharcados de gasolina e portando mais isqueiros.

  —Aqui! —Chayoung deu um chute em uma caixa de vidro quebrando-a e acionando o botão do alarme de incêndio ao mesmo tempo.

  O barulho alto despertou Yukka que olhou para cima sentindo as gotas de água do sistema contra incêndio escorrer por seu cabelo.

  A Água apagou as chamas e também diminuiu um pouco o cheiro de gasolina.

  Os zumbis não se deixaram abater por isso. Mais deles chegaram e se aproximavam dos dois.

  —Yukka... —Vasco chamou a atenção da garota que ainda segurava em sua jaqueta, a mão dele estava nas costas dela a amparando.

  Por um segundo ele esqueceu o que ia dizer.

  “Ela tem muitas cicatrizes e calos nas mãos... é assim que são as mãos de uma aspirante a confeiteira?” Pensou, confuso.

  Ele sacudiu a cabeça recuperando a fala.

  —Não sei o que você está fazendo aqui, mas não importa agora. Fique atrás de mim.

  Vasco começou a lutar com as dezenas de capangas zumbis, mantendo Yukka atrás dele.

  Ela até tentava ajudar, mas ele era mais rápido e se colocava na frente dela antes que pudesse chegar ao oponente.

  “O Vasco não me deixa ajudar, ele não sabe que sei me defender. Eu estou só atrapalhando ele!”

  Yukka olhou para o fim do corredor de onde Chayoung vinha correndo sem escorregar mesmo com o piso sendo liso e a água caindo. Ela derrubava alguns, mas desviava da maioria.

  A garota ponderou um pouco e tomou uma decisão.

  Então ela se voltou para o rosto destemido de Vasco chamando a atenção dele.

  Ele olhou de volta para ela, finalmente reparando em sua aparência. “A cicatriz fofa em baixo do olho sumiu... e ela fica bonita de cabelo preso.”

  Ela admirou a expressão no rosto dele por um instante. Mesmo por cima da maquiagem foi possível ver ela corar.

  “Agora não, Yukka!” Ela sacudiu o rosto tentando afastar o rubor.

  —Você consegue cuidar desses malvados? Vai ficar bem se lutar com eles sozinho, Euntae?

  —Vou sim, Yoona. Por quê? —Ele mirou os olhos dela, repetindo o ato dela de usar o nome verdadeiro ao invés do apelido.

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