13 | Lugar desconhecido

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 Savannah, Geórgia  Terça-feira ✞

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Savannah, Geórgia
Terça-feira ✞

Na calada da noite, enquanto o silêncio envolvia o meu quarto, eu sentia o peso do colar da minha mãe em meu pescoço. Era difícil acreditar que aquele objeto tão delicado e cheio de memórias familiares poderia estar relacionado ao pesadelo que eu estava vivendo.

Desde que eu recebi o colar da minha mãe, um sentimento de terror e paranoia se instalou em minha mente. Como aquele colar poderia estar ligado a um crime tão hediondo? E o que o assassino de Hailey queria comigo?

A medida que a noite se passava, eu me via cercada por perguntas sem respostas, e a ideia de contar para alguém sobre a minha situação só aumentava a minha ansiedade.

Não quis contar a minha tia, pois eu não queria a envolver nisso, então pensei em recorrer a Lucius. No entanto, o medo de envolvê-lo em meus problemas me fez recuar.

Afinal, nós não tínhamos um relacionamento fixo, e eu não sei se poderia confiar nele. Ele me salvou duas vezes, mais ainda sim, eu não queria colocá-lo em perigo.

Afasto os pensamentos e tento dormi um pouco, minhas pálpebras logo cedem e caio no sono.

Ao acordar me encontro em um lugar desconhecido, parecia ser uma espécie de floresta, tento enxergar melhor e percebo que estou na mesma floresta que Hailey foi morta.

Rapidamente tento me mover mais alguma coisa me impediu, olho para baixo vendo que uma raiz está me segurando, tento gritar mais as raízes também estão tampando minha boca, deixando apenas os meus olhos livres.

Me debato na tentativa desesperada de me libertar das raízes que me prendem, mas é inútil.

Olho ao redor em busca de alguma esperança, mas tudo o que vejo são árvores retorcidas e sombras dançando na escuridão.

O ar está pesado e denso, sinto uma presença maligna se aproximando, um arrepio percorre meu corpo e meu coração dispara.

Uma figura sinistra surge das sombras, seus olhos brilham com uma luz demoníaca. Sinto meu sangue gelar nas veias, o medo toma conta de mim.

- Olá de novo, senti saudades... - a figura demoníaca fala, com uma voz assustadora.

Tento me libertar mais uma vez, mas as raízes apertam ainda mais meu corpo. Sinto o pânico se apoderar de mim, a sensação de que nunca mais verei a luz do dia.

A figura se aproxima lentamente, sua respiração ofegante ecoa pela floresta. Sinto um gosto metálico na boca, o sabor do medo. Ele levanta a mão esquelética e toca meu rosto, gelando minha pele.

Ouço meu nome vim de algum lugar da floresta, fazendo meu corpo estremecer. Então a figura olha para o lado e solta um rosnado que me fez tremer de medo.

Então, num piscar de olhos, tudo desaparece. Estou de volta à minha cama, suado e ofegante. Foi apenas um pesadelo, uma viagem ao obscuro e desconhecido.

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