04 | Feliz aniversário, anjo

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Savannah, Geórgia 29 de setembro ✞

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Savannah, Geórgia
29 de setembro ✞

-Angeline querida você está vendo aquela praia? foi lá que eu conheci o seu pai - mamãe diz com um sorriso no rosto.

Observo a praia pelo vidro do carro, estávamos fazendo uma viagem para a cidade natal dos meus pais.

- Mamãe, algum dia eu vou casar também e ser feliz como você e o papai? - pergunto curiosa.

- Claro minha querida, um dia você vai achar um homem maravilhoso que te ame assim como eu e seu pai. - sua voz doce me faz sorrir.

- Mais é claro que isso está muito longe de acontecer, se algum dia alguém quiser a mão da minha princesinha vai ter que me enfrentar primeiro. - papai diz bravo.

- Querido, você é muito ciumento. - mamãe sorri.

O dia passa tranquilo na praia com meus pais. Quando é a hora de voltar pra casa, estou meio sonolenta, mamãe me coloca na cadeirinha no banco de trás e se senta ao lado do meu pai no banco da frente.

Nossa viagem se torna tranquila até que começa a chover e trovejar. De repente, sinto o carro balançando e uma luz enorme surge na frente me fazendo fechar os olhos.

Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, o carro tinha virado e mamãe estava desacordada e sangrando, e papai também. Sinto minha vista ficar embaçada antes de sentir uma mão em meu braço.

Acordo assustada e ofegante, sentindo as lágrimas arderem no meu rosto. Fazia muito tempo que eu não sonhava com o acidente que matou os meus pais.

A lembrança daquela noite fatídica ainda ecoava em minha mente, me assombrando como um pesadelo contínuo.

Enquanto tento recompor meus pensamentos, me encontro sozinha em meu quarto. Levanto da cama, saindo do meu quarto e indo em direção à cozinha.

A casa está quieta e escura, o silêncio me envolve e me faz lembrar que estou sozinha em casa. Minha tia só voltará amanhã.

Ao chegar à cozinha, pego um copo e o encho d'água. Enquanto bebo, sinto uma sensação estranha, como se não estivesse realmente sozinha na casa. Um arrepio percorre minha espinha e um calafrio percorre meu corpo.

Decido voltar para o meu quarto, mas a sensação de desconforto só aumenta à medida que subo as escadas. Cada passo que eu dou parece ecoar na casa vazia, trazendo a sensação de que há algo mais ali, escondido nas sombras.

Quando finalmente chego ao meu quarto, tranco a porta e me jogo na cama, tentando ignorar a sensação de que estou sendo observada. Mas o medo começa a tomar conta de mim, e o silêncio da casa se torna opressivo.

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