Mesmo em 2022 a homofobia ainda é presente em praticamente todos os ambientes, mas o que mais machuca, é quando ela ocorre dentro do próprio vínculo familiar, fazendo com que você se odeie e tenha dificuldade de aceitar a si próprio
- eu quero que...
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- solta tudo - Kuroo mandou abrindo a porta de onde estava, ainda não tinha dormido, estava com o menor totalmente apagado deitado e encaixado em seu peito, o adimirava e acariciavam o seu rosto decorando cada linha de sua face, foi quando batidas na porta o chamaram atenção, não queria retirar o garoto de cima de si com medo de o acordar, mas ao escutar a voz do loiro, arrumou melhor o garoto no colchão e vestiu a sua calça, o outro quase nunca o procurava, então, se ele estava ali naquela hora da madrugada, coisa boa não era, vestiu apenas a sua calça e abriu a porta a fechando atrás de si - coloca tudo para fora, eu até te chamaria para entrar, mas o meu garoto está dormindo pelado e eu sinceramente não pretendo o acordar para que ele vista algo.
- tudo bem, eu serei rápido - o loiro respirou fundo, era vergonhoso falar sobre aquilo, ainda mais com o seu ex, apesar de que sabia que poderia confiar nele, foi Kuroo quem o ajudou a se entender, quem ficou ao seu lado nas suas crises, quem segurou a sua mão até que ele dormisse quando teve pesadelos, até mesmo o deu comida na boca, tentaram fazer até mesmo um trisal entre ele, kuroo e Bokuto, no final não deu certo e descobriram que todo aquele carinho que sentiam era algo mais fraternal, familiar, se viam como irmãos - eu não consigo dormir.
- são os seus pesadelos de novo? - pôde ver a face serena se tornando preocupada - acho que não tem problema, nós podemos ir para o seu quarto, eu seguro a sua mão até você dormir, depois eu volto - se ofereceu, ele sempre foi daquele jeito, tentava ao máximo ajudar a tudo e a todos ao seu redor, mesmo que não tivesse conseguido ajudar a si mesmo.
- não é isso, é só que.. estão acontecendo algumas coisas e eu queria que você me ajudasse a entender.
- tudo bem, pode me contar.
- é o Tadashi.
- aquele garoto que você faz roupas para ele? O que você tinha me dito que via o seu irmão nele? - perguntava tendo a concordância do outro - o que tem ele? O caso dele está piorando?
- não é isso, na verdade, como psicólogo, eu acho que ele está muito melhor, muito menos quebrado, sabe? - sorriu todo orgulhoso.
- e então, qual é o problema?
- bem, é que.. nós meio que nos beijamos, e porra foi tão perfeito - quase derreteu em frente ao outro.
- mentira - o moreno deu vários pulinhos no lugar feliz e sorrindo todo bobo - eu sabia que você não o via como um irmão, você claramente gosta dele, mas o que aconteceu depois disso?
- bem, é que, não foi só um beijo, nós meio que fomos um pouco além.. - estava a cada segundo mais constrangido.
- eita, Go Go Go.
- para imbecil, não fizemos isso, é só que.. sabe, ele.. eu coloquei no caso, ele no meu colo e, sabe? - esperava muito que ele entendesse as suas gaguejadas, não tinha coragem o suficiente para contar tudo o que tinha ocorrido.
