Você não está doente (4)

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- bom dia dorminhoca - Shimizu sorriu ao ver a loira abrindo os olhos.

- onde eu estou? - Yachi perguntou passando as mãos pelo seu rosto se sentando no colchão macio.

- no meu quarto, eu não sabia onde ficava o seu então eu te trouxe para cá - explicou a estendendo um copo de água junto a um comprimido - é para a sua cabeça, você chorou muito ontem, deve estar com dor.

- obrigada - agradeceu bebendo tanto o comprimido quanto a água que a foram oferecidos, em seguida, devolveu o copo a moça parando para prestar atenção, o quarto tinha decorações simples como algumas fotos do pessoal que morava ali, alguns livros e plantas, além do guarda-roupa e a cama de casal - espera.. nós dormimos..- as suas bochechas ganhavam vida a medida em que pensava na possibilidade.

- há, não se preocupe com isso, eu não passei a noite aqui, fui a cidade, sabe, aqui não tem sinal, porém..- pegou o seu celular entregando para a garota já desbloqueado - leia - pediu - pode ser em voz alta se quiser - sorriu fechando os seus olhos e puxando os próprios cabelos para os prender em um coque.

- okay..- deu zoom na foto para conguir ler as letras menores, era uma espécie de jornal online, no caso o print dele - "escândalo sexual" que título hein - riu baixinho - "nesta madrugada, viaturas cercaram a mansão de uma das famílias mais influentes do Japão, durante a madrugada, uma mulher enfurecida driblou os seguranças da mansão e arrancou o dono do lugar para o meio da rua aos tapas e chutes, no meio da rua expôs tudo o que ocorria no local, o homem abusava de sua própria filha, a mulher veio com um depoimento da garota, além de fotos de marcas no corpo dela, a adolescente de dezessete anos não estava no local, e sim em um acampamento, a mulher que expôs tudo ajudava no lugar. No momento, a polícia é quem está cuidando de toda a situação e não revelaram mais nenhum detalhe a imprensa, logo traremos novas informações sobre o caso de Hitaki" eu..- encarou a mulher em choque e com lágrimas nos olhos.

- bem, eles exageraram um pouco na parte de "socos e tapas" eu cheguei lá no diálogo e também não driblei os seguranças assim, eu fui conversando, okay? - coçou a sua nuca constrangida.

Vamos relembrar um pouco da noite passada?




Então, na noite anterior..


- é aqui - Asahi anunciou estacionando na porta da mansão, os seguranças já os encaravam, cerca de quatro homens altos e fortes - quer que eu vá contigo?

- não, pode deixar que eu resolvo, vai ser rápido e no diálogo - sorriu dócil antes de se abaixar puxando de baixo do seu banco um taco de baseball.

- que porra é essa Shimizu? - perguntou assustado.

- meu amuleto da sorte - na sua mente aquilo fez sentido.

- e a parte do diálogo?

- diálogo é o nome do meu bastão - se explicou - me espera no carro - pediu antes de abrir a porta.

- quem é você? - o segurança perguntou já colocando a mão no coldre, já que a mulher se aproximava com um taco.

- eu só preciso de uma informação, coisa rápida - disse segurando apenas a ponta do cabo de madeira arrastando o resto no chão.

- fala - o segundo segurança também estava desconfiado, por isso se aproximou, Shimizu podia ver de longe os repórteres escondidos atrás de árvores, arbustos e até mesmo dentro de carros, todos atentos a qualquer notícia que pudessem retirar daquele lugar, bem, teriam um ótimo roteiro para a próxima coluna do jornal.

- eu só quero saber, se aqui é a casa do filho da puta do Hitaki - ela sabia que era ali, mas apreciava um bom suspense.

- como? - o terceiro segurança também se aproximou, e foi aí que ela voltou a andar.

You are not sickOnde histórias criam vida. Descubra agora