-- 𝚁𝚈𝚄𝙹𝙸𝙽 𝙸𝙼𝙰𝙶𝙸𝙽𝙴𝚂

-- 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒𝐇𝐈𝐏.

Esse capítulo é especial, totalmente dedicado a Gelocista! Boa leitura a todos, e perdoem-me os erros ortográficos.

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“ O amor mais preciso é o
amor da amizade. ”

Você e Ryujin se conheceram por acaso. Ambas usavam o mesmo site de avaliações sobre filmes e séries, e acabaram virando amigas. Não demorou muito para vocês conversarem o dia todo, toda hora.

Mesmo morando em cidades próximas, vocês nunca tiveram a oportunidade de se conhecer. Mas a conexão de vocês era de outras vidas. E foi a amizade de vocês que fez você gostar ainda mais de filmes, voltando a valorizar seu sonho de dirigir e escrever diversos filmes.

Hoje, dia 30 de julho, iria fazer 7 meses da amizade de vocês. E como planejado por você há meses, você iria finalmente visitar Ryujin, e passar uma semana juntas, finalmente.

Já fazia algumas horas que você estava no avião, Ryujin mandava mensagens de vez em quando perguntando por você e o porquê do seu sumiço, — mensagens que você não recebia porque estava com o telefone desligado. Mas você poderia imaginar a preocupação da morena, que iria valer a pena mais tarde.

Depois de 1 hora de viagem, você finalmente chega à cidade de Ryujin, Seul. Você pegou um táxi até o bairro de Ryujin, que você sabia porque a mesma passou quando foi enviar presentes ao correio para você.

“Céus, S/N! Você está me deixando preocupada, criatura! Porque foi sumir logo hoje?” Essa foi a última mensagem de Ryujin, há 7 minutos atrás. Você riu de canto, imaginando a reação da mesma quando descobrir o real motivo de seu sumiço. Tudo valeria a pena.

“Você vai entender, eu prometo...” Você enviou, rindo para si mesma antes de guardar o telefone. Você admirou a vista pela janela, os carros nas ruas, o céu azul brilhante e o clima agradável. Tudo parecia perfeitamente planejado para ser um dia incrível.

20 minutos depois, você chegou na frente da casa de Ryujin. Uma casa simples, mas confortável. Dois andares e uma sacada, um jardim na frente bem cuidado com diversas flores cuidadas pela mãe de Ryujin, você imaginou.

Alguns passos foram necessários para você chegar na porta de Ryujin. Seu celular apitava dentro de seu bolso com as mensagens de Ryujin. Duas batidas foram ouvidas antes da porta se abrir, revelando Ryujin com o telefone na mão.

—— Oi- S/N?! Meu Deus, porra! —— Ryujin gaguejou, puxando você para um abraço apertado. Você riu, retribuindo o abraço na mesma intensidade.

—— Surpresa! A gente precisava aproveitar nosso dia de uma forma diferente.

—— Garota! Você me assustou. Achei que nunca ia te ver. —— Disse Ryujin, sua ficha caindo.

Apesar de serem de cidades próximas, a ideia do encontro das duas parecia distante. Ela parecia em choque, mas inexplicavelmente feliz.

Essa foi a melhor semana de sua vida. Vocês passearam muito, em shoppings, cinemas, sorveterias, lojas ou em parques próximos. Qualquer lugar se tornava um ponto de encontro.

Vocês aproveitaram cada segundo juntas, seus telefones cheios de fotos para recordação. Você nunca sorriu tanto em uma semana.

Alguns anos se passaram e vocês continuaram amigas, ainda mais próximas. Você entrou na faculdade de Cinema da sua cidade, realizando seu sonho de infância. Ryujin se mudou para Seul para fazer faculdade lá. Como grande parte da amizade de vocês foi a distância, a notícia não foi recebida de forma tão dramática.

Vocês ainda conversavam muito, de acordo com o horário de vocês, mas cada segundo do tempo livre era aproveitado. A conexão de vocês só crescia a cada dia mais.

Hoje é o dia que você irá produzir seu primeiro filme. Por coincidência ou não, a história era sobre uma amizade duradoura e verdadeira. Você viu isso como um sinal para mandar uma carta para Ryujin.

De: S/S S/N
Para: Shin Ryujin

Nova Iorque,
19 de janeiro de 2024.

Ryujin,

Essa é a quarta vez que escrevo essa carta pra você. Ainda hoje me lembrei de você porque um americano me perguntou se meu relógio era de Seul. Seul existe mesmo?

Daqui de Incheon não posso te contar nada além do que você calcula. Tenho sentido muita falta dos seus filmes que deixei na sua casa, pra plagiar uns pedaços quando eu for produzir o meu.

Tenho tido muitos pesadelos, tenho tido muitas dores de cabeça, tenho tido muito pouco dinheiro. Tenho tido muita decepção com os correios, tenho tido cansaço, saudade, calma... Tenho tido muita vontade de voltar a brincar.

Estou perdida no meio de tantos participios passados. E se tudo der errado? E se eu não for uma boa diretora? Se o filme não atender as espectativas? São tantos “e se” que seria ridículo mencioná-los.

Apesar do medo de tudo dar errado, eu quero te agradecer. Não chegaria onde estou sem você e sua amizade. Espero que você receba essa carta o mais rápido possível. Me envie outra, irei te responder imediatamente.