Seis - Winchester de pijama

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Fazia séculos que eu não respirava o ar Washington, minha terra natal. Eu vim pouquíssimas vezes com o meu pai até aqui, pois ele queria evitar os meus avós, que moravam aqui na época.

Que ironia fodida.

Hoje, respirando o ar daqui, me sinto um pouco mais próxima da criança que eu era, das minhas raízes. De qualquer forma, estou aqui a trabalho, e não devo ficar muito tempo.

É noite e nós chegamos no hotel - que é pet friendly - há quase uma hora.

Nós ficamos sempre em quartos separados, mas passamos o maior tempo possível juntos. Estamos no meu quarto, todos sentados no chão, de banhos tomados e vestindo pijamas. Nossos cachorros estão numa parte do hotel feita para só para eles.

Estamos lendo tudo o que o Mick escreveu sobre o que Kecht descobriu do caso.

- "Ao que tudo indica, o demônio tem o modus operandi de invadir casas, lutar corporalmente com as vítimas e finalizar o trabalho com um tiro na cabeça" - leio. - Por que um demônio mataria alguém com um tiro na cabeça? Eles não costumam usar armas de fogo desse jeito.

- Talvez essa garota tenha mais pressa - Trevor diz.

- Pode ser - mordo o interior da bochecha. - A única ligação entre todas as vítimas é que elas eram daqui de Washington.

- Agora temos 600 mil possíveis alvos.

- Que droga - jogo a cabeça para trás.

Nós continuamos conversando por um bom tempo, e decidimos guardar os arquivos e esquecer um pouco desse papo de trabalho.

Passamos horas e mais horas falando bobagens e rindo. No fim, Trevor e Serena saíram do meu quarto às duas da manhã.

- Boa noite pra vocês também - digo e fecho a porta.

Quando me virei, Max ainda estava sentado no chão, me olhando.

Ele me olha como se eu fosse a garota mais linda do mundo, e isso faz eu me sentir incrivelmente bem. Seus olhos brilham, sua pupila dilatada e tudo o que faz é sorrir.

Em silêncio, eu me aproximei dele e me sentei em seu colo, rodeando minhas mãos em seu pescoço.

- Sabia que eu amo você? - Ele pergunta e põe uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Sabia. E você sabe que eu te amo também.

Max segurou o meu rosto e me beijou, do jeito mágico que ele sempre soube fazer. Ele me dá sensações incríveis, sentimentos magníficos.

Minhas mãos bagunçavam seu cabelo, enquanto seus dedos brincavam na minha cintura.

Nós continuamos até o ar faltar. Quando paramos, nos olhamos ofegantes.

- Você é perfeita, Riley.

Eu voltei a beijá-lo e Max se levantou, me segurando em seu colo. Quando ele me colocou na cama e ficou por cima de mim, fomos interrompidos por algo que nos chamou a atenção.

A luz do prédio caiu.

Nós nos separamos e ficamos olhando o quarto, agora iluminado apenas pela lua cheia no céu, esperando que a luz voltasse, mas não voltou.

- O que tá acontecendo? - Levantamos.

Andamos até a porta e a abrimos, vendo Sese e Trevor se aproximando rapidamente.

- Deve ter sido um curto.

Em seguida, ouvimos um tiro.

- Curto o caralho - digo.

Riley Winchester- Supernatural FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora