Fazia séculos que eu não respirava o ar Washington, minha terra natal. Eu vim pouquíssimas vezes com o meu pai até aqui, pois ele queria evitar os meus avós, que moravam aqui na época.
Que ironia fodida.
Hoje, respirando o ar daqui, me sinto um pouco mais próxima da criança que eu era, das minhas raízes. De qualquer forma, estou aqui a trabalho, e não devo ficar muito tempo.
É noite e nós chegamos no hotel - que é pet friendly - há quase uma hora.
Nós ficamos sempre em quartos separados, mas passamos o maior tempo possível juntos. Estamos no meu quarto, todos sentados no chão, de banhos tomados e vestindo pijamas. Nossos cachorros estão numa parte do hotel feita para só para eles.
Estamos lendo tudo o que o Mick escreveu sobre o que Kecht descobriu do caso.
- "Ao que tudo indica, o demônio tem o modus operandi de invadir casas, lutar corporalmente com as vítimas e finalizar o trabalho com um tiro na cabeça" - leio. - Por que um demônio mataria alguém com um tiro na cabeça? Eles não costumam usar armas de fogo desse jeito.
- Talvez essa garota tenha mais pressa - Trevor diz.
- Pode ser - mordo o interior da bochecha. - A única ligação entre todas as vítimas é que elas eram daqui de Washington.
- Agora temos 600 mil possíveis alvos.
- Que droga - jogo a cabeça para trás.
Nós continuamos conversando por um bom tempo, e decidimos guardar os arquivos e esquecer um pouco desse papo de trabalho.
Passamos horas e mais horas falando bobagens e rindo. No fim, Trevor e Serena saíram do meu quarto às duas da manhã.
- Boa noite pra vocês também - digo e fecho a porta.
Quando me virei, Max ainda estava sentado no chão, me olhando.
Ele me olha como se eu fosse a garota mais linda do mundo, e isso faz eu me sentir incrivelmente bem. Seus olhos brilham, sua pupila dilatada e tudo o que faz é sorrir.
Em silêncio, eu me aproximei dele e me sentei em seu colo, rodeando minhas mãos em seu pescoço.
- Sabia que eu amo você? - Ele pergunta e põe uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
- Sabia. E você sabe que eu te amo também.
Max segurou o meu rosto e me beijou, do jeito mágico que ele sempre soube fazer. Ele me dá sensações incríveis, sentimentos magníficos.
Minhas mãos bagunçavam seu cabelo, enquanto seus dedos brincavam na minha cintura.
Nós continuamos até o ar faltar. Quando paramos, nos olhamos ofegantes.
- Você é perfeita, Riley.
Eu voltei a beijá-lo e Max se levantou, me segurando em seu colo. Quando ele me colocou na cama e ficou por cima de mim, fomos interrompidos por algo que nos chamou a atenção.
A luz do prédio caiu.
Nós nos separamos e ficamos olhando o quarto, agora iluminado apenas pela lua cheia no céu, esperando que a luz voltasse, mas não voltou.
- O que tá acontecendo? - Levantamos.
Andamos até a porta e a abrimos, vendo Sese e Trevor se aproximando rapidamente.
- Deve ter sido um curto.
Em seguida, ouvimos um tiro.
- Curto o caralho - digo.
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Riley Winchester- Supernatural Fanfiction
Fanfiction*Universo alternativo* Riley Winchester, nascida no ano 2000, filha de Dean Winchester, é uma jovem que cresceu à margem do mundo sombrio dos caçadores de monstros. Sequestrada por seus avós maternos e mantida escondida de sua família paterna, Rile...