Onze - Por covardia

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O resto da viagem até o hotel foi silenciosa e tranquila, com um trânsito relativamente calmo.

Parei o Impala em frente ao hotel em que estamos hospedados desde o ataque de Hannya. Meu pai desceu do carro e deu a volta, abrindo a porta para mim. Ele sempre fez isso, abrir a porta pra mim, mesmo quando eu já tinha altura o suficiente para alcançar a maçaneta prateada e brilhante.

Sempre fui sua princesinha.

- Obrigada - sorrio e ele fecha a porta atrás de mim.

- Pronta?

- Sempre.

Ele estendeu o braço e eu o segurei, me sentindo repentinamente mais segura. É como se eu me sentisse em casa,

Nós entramos no hotel e fomos diretamente ao elevador. Quando entramos na grande caixa metálica, apertei do botão do andar e as portas se fecharam.

Não pude evitar apertar um pouco o casaco do meu pai, sentindo o meu coração acelerar a cada segundo que se passava dentro daquele elevador.

- Você tá nervosa - ele conclui.

- Estou - digo sem o olhar.

- Vou resolver isso, Riley. Tudo.

- Eu sei, mas... A real é que eu morro de medo deles - mordo o interior da minha bochecha. - Eu sempre tentei bater de frente, contrariar e tudo mais, só que eu só consigo lembrar das surras quando olho para eles.

Logo senti uma de suas mãos tocar suavemente a minha, a cobrindo com o calor corporal que tinha ganho graças ao bolso de seu casaco.

Desviei meus olhos verdes do chão e olhei para o meu pai.

- Você é forte. Tá tudo bem, Docinho.

Essa fala fez uma memória me atingir em cheio, como um soco forte no meio do estômago.

A memória de quando o meu pai quase morreu de problema no coração, em 2006. Foi nessa caçada que eu matei alguém pela primeira vez.

💭💭💭

Já tinham se passado três dias desde que Dean tinha sido internado com um problema grave no coração e o médico desacreditou os outros dois Winchester, que agora estavam no hotel. A garotinha tinha acabado de acordar e estava ajudando seu tio a achar algo que pudesse salvar Dean.

Ela tinha que se agarrar a aquela esperança.

- Aqui é John Winchester. Não posso ser contactado. Se for uma emergência, ligue para o meu filho, Dean, 866-907-3235. Ele pode ajudar - a mensagem de voz diz.

Riley pediu para ligar para o avô e Sam deixou.

- Oi, vovô, é a Riley. Eu não sei onde o senhor está, mas é o papai - sua voz embarga. - Ele está doente e o médico disse que não tem o que fazer - uma lágrima desce de seus olhos. - Mas eles não sabem o mesmo que a gente sabe.

Sam também estava quase chorando vendo aquela cena. Era triste demais.

- Eu e o titio vamos cuidar dele até ele ficar bom de novo. Eu só queria contar para o senhor. Vou cuidar do papai, como o senhor pediu - desliga e devolve o telefone para o tio.

- Pronto? - pega o aparelho.

- Sim.

Riley era muito nova para a vida que tinha, até mais do que demais, mas John sempre disse que ela deveria cuidar de Dean como ele cuidava dela, e ela se sentia culpada sempre que o pai se machucava no trabalho. Sentia como se não tivesse o protegido o suficiente, mesmo que o adulto fosse ele e ela fosse apenas uma criancinha de 6 anos, forçada a amadurecer mais cedo do que deveria.

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⏰ Última atualização: Nov 09 ⏰

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Riley Winchester- Supernatural FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora