Capítulo 05 - Feito "Pintinho e Gato" (YoonMin)

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Jimin estava deitado no sofá com o celular nas mãos, ele sorria para a tela quando eu me aproximei. Sentei ao seu lado e fiquei quieto, mexendo também no meu próprio celular.

– Suga-hyung, faz uma massagem nos meus pés, por favor. – Jimin pediu com a sua típica voz manhosa.

Levantei os olhos do celular e o loiro sorria para mim de forma fofa, ele sempre sabia como me atingir, mas eu não me deixava abater.

– Eu sou o seu hyung, não o contrário.

– Suga-hyung! – Ele gemeu meu nome de forma açucarada e esperneou.

Gargalhei em silêncio e continuei deitado e jogando. Jimin fez uma carinha de emburrado e ficou me encarando de braços cruzado. Ele estava tentadoramente fofo, mas eu não cederia facilmente. Esse garoto brincava com a minha sanidade e eu acho que ele desconfia disso.

Estávamos praticamente a sós, JungKook dormia no andar de cima e não acordaria tão cedo, os demais estavam ausentes e retornaria até o final do dia.

– Vai ficar com essa cara?

– Sim. – Ele respondeu atrevido formando um bico maior ainda.

Jimin adorava ser mimado e eu confesso que esse jeitinho dele mexia comigo, apesar de eu parecer não ter tanta paciência. Acho que com ele é diferente, eu simplesmente aprendi a lidar, afinal são anos de convivência.

– Vem aqui, eu faço. – Nem eu mesmo acreditei quando ouvi essas palavras saindo da minha boca.

Jimin sorriu fechando os olhinhos, sua animação foi tanta que ele veio engatinhando no sofá e deitou a cabeça nas minhas pernas. Com o rosto a centímetros do meu membro ele se deitou de bruços e "me abraçou" pela cintura.

– Você é melhor hyung de todos!

– Deixe Hobi ouvir você e se arrependerá disso.

Jimin levantou e sentou nos próprios pés, eu larguei o celular e me preparei para o que viria a seguir, a maknae line é muito imprevisível. O garoto sorriu e se aproximou sedutor. Era impressionante o poder de sedução do Jimin, ele transitava facilmente entre fofo, sexy e amável.

– Suga-hyung, você é o meu favorito. – Sibilou sem tirar os olhos dos meus.

Engoli em seco e tentei não me mostrar abalado.

– Perdeu tempo demais, ficará sem massagem.

Levantei do sofá rapidamente e caminhei para o meu quarto, era perigoso demais ficar perto de Jimin a sós. Ele não fazia ideia de como era tentador para mim.

Jimin pulou do sofá e se pôs na minha frente tentando me impedir de subir.

– Hyung, por favor!

Desviei dele e alcancei o corredor de quartos com seus braços me segurando. Jimin implorava e seu tom manhoso me pedindo coisas estava invadindo a minha mente.

– Jimin, pare.

Ele continuou implorando e me seguindo. Entrei no quarto e ele foi junto. Parei próximo a porta e o encarei me sentindo sufocado.

– Hyung! – Ele deu um passo a frente, mas eu o segurei pelos pulsos.

– Obedeça.

Meu tom de voz era profundo e frio, seus olhos se arregalaram e seu sorriso se desfez. As bochechas ficaram coradas e ele mordeu o lábio.

– O que você deseja?

Empurrei Jimin contra a porta e segurei seus pulsos acima da sua cabeça. Ele arfou pesado e encarou as próprias mãos, olhando de volta para mim. Um sorriso vitorioso dançou nos meus lábios e então eu me dei conta do que estava fazendo.

– Desejo que me deixe em paz. – Disse soltando suas mãos.

Nossas respirações se misturavam e eu não saberia dizer quem estava mais corado.

– Desculpa se exagerei, hyung.

Jimin fez uma breve reverência e segurou o trinco abrindo a porta, mas antes que passasse por ela eu o segurei.

– Sabe, meu ombro está dolorido hoje. Se me fizer uma massagem eu posso retribuir.

Novamente não acreditei no que falei, mas eu não queria magoá-lo. Eu adorava provocá-lo e lhe dar respostas atrevidas, mas, as vezes, era eu quem exagerava na tentativa de esconder o quanto ele me afetava.

Jimin sorriu como uma criança levada. Virei em direção a cama e ele me abraçou por trás.

– Suga-hyung, eu serei bonzinho, farei a massagem e vou embora.

Segurei-o pelo braço e o agarrei com um lutador faria, num movimento rápido joguei Jimin na cama e ele olhou em choque. Pulei em cima dele e o ataquei com cócegas.

– Você não vai a lugar nenhum, seu pestinha.

Jimin gargalhava e se dobrava de tanto sorrir. Em certo momento ele me aplicou um golpe, livrando meu ombro ruim, e ficou por cima. Ele se encaixou perfeitamente em mim e pairou acima do meu corpo sorrindo de forma doce.

– Deixe eu começar logo, venha.

Ele saiu e esperou eu me deitar de bruços para receber a massagem. Não consegui tirar aquela imagem da minha cabeça, meu coração estava tão acelerado que eu tinha medo dele poder ouvir as batidas fortes.

Tentei relaxar e apreciei suas mãos deslizando óleo e massageando meu ombro, ele era muito bom naquilo. Seus dedos pequenos pressionavam meu músculo com força aliviando a tensão e as dores remanescentes.

Depois de alguns minutos ele parou.

– Ok, hyung, espero que tenha gostado. – Ele sorriu fofo. – Estou indo para o meu quarto.

Jimin tentou se afastar, mas eu o impedi. Eu deveria deixá-lo ir e implicar mais, mas eu queria ficar perto dele. Queria tocá-lo.

– Eu estou em dívida com você.

– Não. Eu fui atrevido com o hyung.

– Me obedeça agora.

Falei e Jimin se retesiou. Ele umedeceu os lábios e assentiu minimamente com a cabeça. Segurei sua mão e o fiz deitar na cama, sentei perto dos seus pés e o toquei. Jimin não tirou os olhos de mim, por algum motivo aquilo estava terrivelmente sensual.

Apoiei os pés de Jimin nas minhas pernas e levantei a barra da calça que ele usava. Passei óleo nas minhas mãos e massageei o primeiro pé. Era fofo, pequeno e gordinho. Senti vontade de beijá-lo. Encarei Jimin e ele parecia hipnotizado. Senti vontade de beijar seu pés, subir pelas pernas e me estabelecer na sua virilha e beijá-lo ali até sentir nos fartar.

Apertei seu tornozelo e Jimin soltou um gemido rouco.

– Yoongi-ah!

Senti minha cueca mais apertada e respirei fundo, eu não podia sentir aquilo por ele. Eu precisava me controlar.

– Está bom assim?

– S-sim... Você é muito bom.

Repeti a massagem no outro pé e finalizei, não seria capaz de prever minhas ações se Jimin continuasse gemendo na minha cama.

– Agora sim você pode ir. – Sorri de lado.

– Obrigado, Yoongi-ah. Você tem mãos fortes. – O tom de voz dele me parecia tão sedutor que eu me perdi em seus olhos por alguns segundos.

Clareei a garganta me colocando de pé e abri a porta para ele.

– Boa noite, Jimin. Durma bem.

– Depois de sentir suas mãos me apertando eu dormirei muito bem.

– E eu vou te dar umas palmadas se continuar tão atrevido. – Revidei fazendo-o sorrir.

– Eu posso escolher o local?

– Seu moleque!! – Retruquei sorrindo. – Leve esse seu traseiro para longe daqui agora mesmo.

Jimin riu se derretendo e fez meu coração parecer um maratonista dentro do peito. Ele caminhou até a sua porta e me olhou uma última vez antes de entrar e sumir. Fechei a minha própria porta suspirando e me joguei na cama tendo a certeza de que estava muito ferrado.

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