Capítulo 15

545 96 90
                                    

PENÚLTIMO CAPÍTULO

***

Na enorme cama da torre, Addison a penetrava com os dedos, cada investida levando-a para mais perto do clímax. Ela fitava o rosto perfeito, observando cada reação. Lá fora a tempestade rugia. Dentro do quarto, a paixão era avassaladora. Meredith forçou os calcanhares contra o colchão, erguendo-se para recebê-la, num ritmo intenso, perfeito. Logo o êxtase refletia-se no rosto dela, e Addison também atingiu o clímax, abraçada a ela, os músculos femininos dela prendendo a loira. Nunca havia se sentido tão vulnerável. Nem tão poderosa. Meredith estremeceu de prazer, entregue às sensações deliciosas e à felicidade que inundava sua alma.

Oh, Addison... ㅡ gemeu, passando as pernas à volta dela.

Meredith beijou o pescoço, o rosto marcado, enquanto a paixão lentamente se acalmava, trazendo-as de volta há terra. Nenhuma delas falou. Nem saberiam que palavras usar. Mas Meredith admitiu, em silêncio, que estava loucamente apaixonada por Addison. A Fera terna e gentil, a princesa ferida. E tinha medo de sofrer de novo. Porque, se isso acontecesse, sabia que, dessa vez, nunca mais se recuperaria.

***

O furacão foi chamado de "Helen" era devastador. As ondas erguiam-se a mais de cinco metros de altura, arrebentando na praia e subindo para o vilarejo. Era como se a natureza punisse aqueles que ousavam viver tão perto do oceano.

Meredith admirava aquela força, mas sabia que seria diferente se não estivesse segura no castelo. A chuva estava cada vez mais forte e a previsão era de que iria piorar. Assim, não desviava a atenção das notícias do rádio. As portas e janelas balançavam com o vento. Os vidros tinham sido reforçados e protegidos. Do lado de fora, sacos de areia alinhavam-se junto às portas do salão. Do lado de dentro, Meredith colocara toalhas para absorver a água que o vento jogava por baixo das portas. Aquele era o único lugar da casa que os preocupava.

Melaine brincava com as bonecas, enquanto Addison percorria a casa, checando tudo, verificando o telhado para garantir que não haveria vazamentos. Meredith entrou no quarto amarelo, sem acender as luzes, e como a energia já tivesse ameaçado acabar várias vezes, acendeu a lanterna. Olhando pela janela, observou a cidade deserta. A última balsa partira no dia anterior, levando todos, exceto os policiais.

Um relâmpago clareou o céu, iluminando a cidadezinha abaixo. "Meu Deus", pensou Meredith.

ㅡ Addison! ㅡ chamou. ㅡ Venha depressa. ㅡ ela entrou correndo no quarto.

ㅡ Não devia ficar perto da janela. ㅡ disse, aproximando-se. ㅡ Não está protegida.

Ela ainda olhava atentamente para a vila.

ㅡ O vento vem do outro lado. ㅡ observou, olhando-o por cima do ombro. ㅡ Mas ainda há gente lá embaixo.

ㅡ O quê? ㅡ Addison correu para a janela.

ㅡ A cidade está inundada. Quando o relâmpago clareou tudo, vi os policiais tentando colocá-los em segurança. ㅡ ela apontou, mas não era possível ver nada no escuro. ㅡ Precisamos fazer alguma coisa.

ㅡ Pensei que todos tivessem ido para o continente.

A cada furacão, durante os últimos cinco anos, a ilha era completamente evacuada, com exceção dos policiais. E dela própria. Addison não podia ficar de braços cruzados, na segurança do castelo, vendo-os lutar contra a tormenta. Tirando do bolso o rádio que usava para se comunicar com Troy, explicou-lhe a situação.

Pegue a picape. Ainda tem aquele rádio para comunicar-se com a polícia?

Sim. E ouvi que a casa da Sra. Demmer está debaixo d'água, e a enchente já chegou à Rua Magnólia.

A Bela e a Fera - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora