04 | bye.

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┆₊˚⊹﹝004﹞⌗﹒﹒── ATO UM

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── ATO UM

Eu me lembro vagamente de pessoas me dizendo que compaixão é algo para os fracos, que devemos ser frios quando algo nos machuca profundamente. As palavras ecoavam na minha mente, especialmente nos momentos de dificuldade, tentando me convencer de que a fraqueza era algo a ser evitado a todo custo.

Essa recordação me acompanhou desde o dia em que cheguei aqui. No entanto, apesar da força dessas palavras, nunca consegui segui-las verdadeiramente. Sempre senti que havia algo de essencialmente humano na compaixão, algo que não podia ser simplesmente ignorado ou suprimido.

Meus olhos estavam fixos em Ben, que se encontrava jogado no chão, seus soluços ecoando em meio ao silêncio que nos cercava. Ele estava em completo desespero, chorando de forma que partia o coração de qualquer um que tivesse a mínima empatia. Todos nós, inclusive ele, sabíamos o que lhe aguardava.

Meu estômago se revirava como se tivesse um nó apertado. Eu estava atrás dos outros garotos, presa naquele momento. Thomas e Chuck estavam ao meu lado; Chuck, com o rosto marcado pela angústia, enquanto Thomas observava a cena com um olhar de confusão, tentando entender o que estava acontecendo.

— Não, não, não. Por favor, não façam isso! — Ben implorava desesperado, seus olhos fixos em Minho, que segurava uma espécie de mochila com suas mãos trêmulas.

Com grande esforço, Minho arremessou a mochila para dentro do labirinto. Ben seguiu o trajeto do objeto com os olhos, seu rosto se contorcendo de pavor. O momento que todos temiam finalmente chegara. Notei Thomas dar um passo à frente, tentando ver melhor o que acontecia, mas parou subitamente quando Alby, com uma voz autoritária, ordenou que todos apontassem os postes para Ben, forçando-o a caminhar em direção ao labirinto.

Ben tentava resistir, mas suas tentativas eram inúteis. Não demorou muito para que ele estivesse completamente dentro da abertura do labirinto, que começava a se fechar lentamente.

— May! Eu vou melhorar! — Ben gritou, sua voz carregada de desespero, enquanto eu fechava os olhos com força, recusando-me a continuar vendo aquela cena.

Abri os olhos apenas quando o som das engrenagens parou, e os gritos cessaram. Alby olhou para mim com uma expressão neutra, depois para Thomas, e começou a se afastar, sua voz ecoando em nossos ouvidos:

— Ele pertence ao labirinto agora.

— Ele pertence ao labirinto agora

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𝐀𝐁𝐘𝐒𝐒, thomas.Onde histórias criam vida. Descubra agora