07 | feelings?

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┆₊˚⊹﹝007﹞⌗﹒﹒── ATO UM

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── ATO UM

A novata continuava desacordada, e a preocupação começava a se infiltrar como uma sombra crescente. Ninguém jamais havia chegado nesse estado, e o silêncio que pairava ao redor dela parecia intensificar a inquietação que se espalhava entre nós. Sem Alby consciente para oferecer seu habitual apoio, um desconforto começou a me invadir. O desespero, embora pequeno, surgia em ondas, enquanto eu tentava disfarçar a sensação de que algo estava terrivelmente errado.

No momento, éramos apenas eu, Minho, Thomas e Newt, todos imóveis, com os olhos fixos na figura da morena que repousava à nossa frente. Ela respirava tranquilamente, imersa em um sono que parecia profundo, alheia ao mundo ao seu redor. Deitada em uma cama improvisada, sua presença silenciosa nos enchia de curiosidade.

Olhei discretamente para Thomas, que estava a uma certa distância de mim. Um desconforto sutil começou a se formar ao ver como ele fixava o olhar na garota, um olhar que eu nunca tinha visto antes. Era uma expressão carregada de uma intensidade quase possessiva, que me fez sentir um desconforto inesperado.

Newt, que estava ao meu lado, percebeu meu olhar e, ao me ver desviar rapidamente, direcionou um olhar furtivo para Thomas. Seus olhos se fixaram ligeiramente, e ele arqueou as sobrancelhas em um sinal de estranhamento. A expressão de Newt espelhava minha própria dúvida, revelando a mesma inquietação diante do olhar intenso de Thomas.

— Reconhece ela? — perguntou o loiro, a voz carregada de uma tensão que soava quase como uma acusação.

Thomas pareceu sair de um transe, piscando algumas vezes enquanto seu olhar vagava de um rosto para outro, até finalmente se fixar em Newt. Seu semblante, que antes estava imerso em uma contemplação, começou a clarear enquanto ele parecia organizar os pensamentos e encontrar uma resposta para a pergunta.

— Não. — Foi a única palavra que ele pronunciou, balançando a cabeça em uma negativa.

— Sério? Parecia que ela te reconheceu. — As palavras escaparam antes que eu pudesse pensar, o tom cortante traindo uma emoção que eu tentava esconder. No momento seguinte, o arrependimento me atingiu, sentindo os olhares dos garotos se voltando para mim.

Ele ficou em silêncio, e a ausência de resposta só aumentou minha inquietação. Não conseguia entender a razão de seu silêncio, mas havia algo em sua postura que deixava claro que ele estava escondendo algo.

— E o bilhete? — ele mudou de assunto de forma abrupta, forçando uma distração. Isso me fez revirar os olhos e soltar uma risada seca, sem humor, enquanto meus olhos se fixavam novamente na garota.

— A gente se preocupa com o bilhete depois.— respondi com seriedade, sem ao menos olhar para ele.

— Acho que deveríamos nos preocupar agora. — ele respondeu com um tom autoritário, fazendo meu sangue ferver ainda mais.

𝐀𝐁𝐘𝐒𝐒, thomas.Onde histórias criam vida. Descubra agora