08 | Xeque-mate.

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┆₊˚⊹﹝008﹞⌗﹒﹒── ATO UM

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── ATO UM

A garotinha caminhava pelos corredores escuros e estreitos daquele vasto complexo, onde homens, imponentes e vigilantes, cumpriam seus deveres com uma precisão quase mecânica. Eles estavam ali para proteger aquele lugar de qualquer ameaça, mas sempre que seus olhos pousavam nela e no homem ao seu lado, uma sombra de temor passava por seus rostos endurecidos. A menina, de mãos dadas com seu pai, observava o homem com uma reverência silenciosa. Ele era o comandante daquele lugar, a autoridade incontestável, e ela, em seu coração jovem, almejava um dia possuir o mesmo poder que ele exercia com tanta naturalidade.

Os dois seguiram pelos corredores até a área de treinamento, um espaço reservado para soldados que tinham o dobro da idade dela. Mas isso pouco importava para o seu pai; para ele, a sobrevivência não tinha idade, e em tempos como aqueles, todos precisavam estar preparados, até mesmo uma criança. Quando chegaram ao local, o ambiente de repente se aquietou. Os olhares se voltaram para eles, e, sem uma palavra, os soldados começaram a se retirar, esperando apenas o comando do homem antes de deixar o lugar.

A menina manteve-se em silêncio, habituada àquela aura de autoridade que sempre a acompanhava. Embora ainda não compreendesse plenamente o peso de tais atitudes, já havia aprendido a aceitá-las sem questionamentos.

Com um movimento rápido e decidido, seu pai soltou sua pequena mão e caminhou até o arsenal, onde pegou um par de óculos de proteção e uma arma, escolhida especialmente para ela. Ao retornar, ele ajustou os óculos sobre o rosto delicado da filha e colocou a arma em suas mãos com uma confiança que poucos ousariam ter ao confiar algo tão perigoso a uma criança.

— Você sabe o que fazer — disse ele com firmeza, antes de se afastar para a ala de observação. De lá, ele se posicionou atrás de um vidro à prova de balas, inclinando-se levemente para ter uma visão clara da pequena figura que agora se preparava para a tarefa à sua frente.

Com coração pulsando com intensidade, a garotinha se posicionou diante da abertura, seus pequenos dedos firmemente entrelaçados ao redor do cabo da arma que seu pai havia colocado em suas mãos. Apesar da tenra idade, sua expressão era inabalável, seus olhos faiscavam com uma determinação feroz, uma chama que não admitia fraqueza.

Ela ergueu a arma com precisão, seus movimentos ágeis e calculados, como se tivesse nascido para aquele momento. A cada tiro disparado, o eco ressoava pelos corredores vazios, e os alvos à distância eram perfurados sem misericórdia. Cada impacto, cada estilhaço, era um reflexo do poder que ela emanava, uma criança moldada pela força e pela necessidade de sobreviver em um mundo cruel.

Com a última bala, o silêncio se instalou, denso e pesado. A menina abaixou a arma, sua respiração controlada, seu olhar fixo nos alvos destroçados à frente. Ela não precisava de palavras para expressar sua força; a destruição que havia causado falava por si só. Ali, naquele instante, ela não era apenas a filha do comandante. Ela era o futuro daquele lugar, uma líder em formação, e todos ali sabiam que, com o tempo, o mundo se curvaria diante dela.

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⏰ Última atualização: Sep 12 ⏰

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𝐀𝐁𝐘𝐒𝐒, thomas.Onde histórias criam vida. Descubra agora