âmago.
é a alma da sua alma. é o mais puro do ser mais corrupto. é o mais sensível de um ser humano. são as suas manias mais estranhas. ingrediente principal da receita de ser você. figurinha-brilhante-não-repetida. unicidade. olhe no espelho. olhe nos seus olhos. é isso.
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O silêncio reinava na noite escura enquanto Toquinho e Chico seguiam em direção à casa do carioca. A iluminação débil das ruas criava sombras longas que se estendiam diante deles. Toquinho se mantinha próximo a Chico, seu corpo cansado pela viagem parecendo mais pesado com cada passo.
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O ar noturno era gelado, causando arrepios na pele dos dois amigos. Chico andava algumas passadas à frente de Toquinho, mas ocasionalmente ele diminuía o ritmo para manter-se à altura do amigo, consciente da exaustão que o outro sentia.⠀⠀
Enquanto caminhavam, Toquinho rompeu o silêncio com um bocejo abafado. Ele esfregou os olhos com as mãos e lançou um olhar cansado para Chico.⠀⠀
— Estamos muito longe ainda, né?— Se quiser eu te carrego. — Chico brinca.
Toquinho bufou, mas um leve sorriso cruzou seu rosto.
— Tu não aguentaria — ele respondeu, sarcasticamente.
— Ai, tá me subestimando! — Chico rebateu, num tom de brincadeira. — Eu aguento fácil!
O paulista só faz rir.
— Tá certo, campeão — ele concordou, sarcasticamente. — Me carregue, então!
Toquinho não teve tempo de reagir. Antes que percebesse, Chico o agarrava pelas costas e o colocava no ombro com facilidade, como se fosse um saco de farinha.
— Ué! — Toquinho exclamou, surpreso. — Cara, o que você tá fazendo?! Me põe no chão!
Chico ri e continuou a andar, segurando Toquinho pelas pernas.
— Fica quietinho aí!
Toquinho se contorceu em vão, tentando se libertar do amigo.
— Vai se foder, Francisco! — ele protestou, meio sem fôlego devido à posição desconfortável.
— Não fala assim que eu me ofendo. — Chico diz, sarcástico. — 'Cê tá gostando da viagem?
— Gostando o cacete! — Toquinho retrucou, tentando manter o tom irritado, apesar da gargalhada que ameaçava escapar dele.
— Tá gostando sim! Não adianta fingir. — Chico respondeu, animado. — A melhor carona da sua vida, confessa!
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— Chico, eu vou matar você! Eu não tô brincando, cara...— Mas você é insuportável, não é? — Ele põe o amigo no chão.
— Agora eu te quebro! — Ele corre atrás de Chico.
A risada dos dois é o único som que ecoa pelos becos. Toquinho logo sente o exaustão voltando, já que estava cansado por viajar o dia todo. Ele para na calçada para respirar, põe a mão no peito e faz uma careta.
— Cê tá velho, Toco!
— Cala a boca. — Ele diz ofegante.
Os dois retomam o caminho. Chico tem um cigarro entre os dedos enquanto escuta Toquinho contar sobre suas amantes. Ele solta a fumaça enquanto encara o céu, fugindo um pouco da realidade e mal percebendo o que o paulista lhe conta.
— Ei, Chico... qual era o lance do batom, hein?
— O Caetano tava inseguro sobre usar o batom... daí eu passei pra ele ver que não tem problema nenhum nisso, entendeu?
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solitude
Fanfiction"Preciso conduzir Um tempo de te amar Te amando devagar E urgentemente"