BLONDE BOY - NEWTMAS

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Aquela noite havia sido tranquila, sem sonhos ou pesadelos. Apenas um descanso merecido que eu comecei a apreciar, a rede era macia, dormi feito um bebê nela. E Thomas roncava pra caralho, não sei como Teresa aguentava dormir com ele, por fim. Senti raios de sol entrarem em contato com meus fios de cabelos amarelados, me fazendo despertar no mesmo instante, bocejando comecei a levantar e pus meus sapatos, alguns Meninos ainda dormiam, mas Thomas já havia acordado. Teresa ainda dormia. Fui em direção aos garotos que comiam numa mesa de madeira, me sentei ao lado de minho que me saudou imediatamente

— bom dia bela adormecida, e o nariz? – minho exclamava com a boca cheia de pão

— tá inchado ainda, acha que dá pra ver? – falei colocando a mão no nariz dolorido

— dá, mas você não é o único,
olha só o nariz do gally! Que piada – disse minho

— toma come isso, deve estar com fome! – assenti e peguei o pão, dando uma mordida em seguida

— bom dia seus fedelhos. – ouvi Thomas falar se aproximando de mim

— bom dia chefe.

Tomamos café conversando sobre besteiras, minho fazia graça fazendo consequentemente eu e thomas cuspir suco por toda a mesa. Gally e seus amigos estavam em outra mesa, um garoto de pele escura chegou e se sentou conosco

— oi fedelho, você deve ser o newt – o garoto que eu lembrei se chamar caçarola falou amigavelmente

— sim, você deve ser o caçarola, prazer –  troquei um aperto de mão com o mesmo

— vejo que gostou da minha comida não é? – o moreno falou me encarando

— pra caralho, você cozinha muito bem parabéns

— olhe a boca newt – Thomas me repreendeu, sorri timidamente e ele sorriu da minha feição

— tava muito bom toda essa interação e tals mas tenho que ir fazer minha corrida matinal no labirinto, Thomas vem comigo? – minho falou levantando-se do banco 

— hoje não vai dar, vou mostrar pro fedelho loiro aqui, algum serviço para ele fazer, vá com alby, ele é bom em corrida!

— hum ok, mostre a esse fedelho como aqui funciona, quero ver ele musculoso daqui uns dias – Thomas assentiu e minho se foi. Thomas moveu a cabeça me chamando para caminhar com ele — eu castiguei gally, por aquilo — thomas falou olhando pra mim — obrigado — foi a única coisa que consegui dizer.

— temos uma plantação aqui, é grande, eu sei. Mas vou te ajudar sempre que puder, tem experiência com jardinagem?

— não me lembro desculpe — Thomas me deu um tapinha no ombro de leve

— não quero você se desculpando! Quando estiver comigo, não precisa se desculpar por nada, ok?

— hum ok desculpe — disse tirando onda e ele me deu um empurrão de leve em altas gargalhadas

— hoje vou te ajudar aqui na organização, mas amanhã você começa sozinho certo? Toma essa enxada — peguei a enxada e comecei a trabalhar junto com ele, limpando alguns matos que estavam ao redor dos pés de alface e tomate, Thomas tagarelava sobre sua vida pessoal, contando como chegou na clareira e se tornou o chefe, depois falando como virou amigo de minho e como foi difícil se acostumar na sua chegada — você era parecido comigo — era reconfortante saber que eu não era o único a ser assim, saber que do mesmo jeito que eu havia apanhado, ele também havia. Talvez eu tivesse mais coisas em comum com ele do que eu pensasse

— sim, mas não sou tão fofinho como você — corei e dei um empurrão de leve no braço do garoto, ele sorriu se distanciando um pouco.

— se importa em ir buscar um pouco de adubo no bosque? É perto do riacho. E se você achar um garoto alto e moreno na floresta, avisa que é pra ele voltar. Ele se chama Ben e sumiu a uns dias aqui.