18

163 13 28
                                    

depois de três longos dias após a briga, eu me encontrava esgotado, não dormia direito, muito menos comia ou bebia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

depois de três longos dias após a briga, eu me encontrava esgotado, não dormia direito, muito menos comia ou bebia.
A vida estava cinza e sem graça, novamente com aquela sensação de não ter propósito, mas eu tinha que me contentar com o que tinha, e pra ser sincero no momento só tinha um maço de cigarro que ganhei de Jorge

— essa vida é uma merda — falei pra mim mesmo, lembrando dos acontecimentos anteriores que insistiam em me perseguir, pensava em Thomas, na minha vida em si e no cruel. Eram tantas coisas que eu sentia que iria explodir em algum momento, além da sensação de impotência ser devastadora

Nunca fui de me comparar com alguém, com Teresa pra ser específico, mas parecia que tudo que eu fazia com Thomas, ela já tinha feito com ele. Cada abraço, beijo, até mesmo sexo já foram feitos por ela, me perguntava se ele gostava mais dela do que eu, se eu era tão ruim que ele não me escolhia por isso

As vezes sentia que ele não gostava de mim, nossa briga por exemplo acabou nos separando, e eu não entendi do porquê ele ter tanta facilidade em jogar fora toda a nossa relação, sentia ódio de Teresa por fazê-lo duvidar do que quer, e o maior sentimento era saudade, saudade da risada dele, do toque. Dos beijos, das conversas e dele em si.

Nunca pensei que seria tão difícil ficar longe dele, mas eu estava apaixonado
E não só apaixonado, eu estava vidrado nele, e saber que ele não estava nem ai no momento era doloroso pra caralho
Agora me encontrava na sacada, com um cigarro acesso nos dedos e lágrimas nos olhos

Precisava fazer alguma coisa, alguma coisa que me fizesse deixar de me sentir assim, que me tirasse toda a ansiedade persistente e a sensação de impotência.
Que suprisse o vazio e a falta que Thomas estava me proporcionando.
Subi no muro da sacada do prédio, mãos tremendo e um frio insistente na barriga

Um vento irritante correndo sobre meus cabelos, unhas apertando levemente a sola das mãos e uma sensação de certeza do que queria, olhava pra baixo pensando se sobreviveria, havia uns cinco metros daqui até o chão, e sem pensar duas vezes respirei puxando a maior quantidade de ar possível

Se preparando

Pulei.

Thomas's pov;

Deixei Teresa dormindo e me direcionei até a sala onde minho e os garotos estavam trabalhando

— você viu o newt? —perguntou Minho pra mim, cruzei os braços e respondi

— porque veria? — ironizei

— olha, ou você fala com ele ou esqueça que sou seu amigo. Esqueçe essa puta dessa Teresa e fale com ele AGORA — minho ordenou

— pera todo mundo tá de boa com essa ameaça? Vocês concordam com isso? Não fui eu que soquei ele — falei

— sim caralho, vai logo — todos falaram

— puta que pariu — bufei — tá bom

Comecei a caminhar procurando em todos os cantos possíveis, mas sem sucesso, pensei talvez que ele estaria fora do prédio por mais arriscado que isso seja, conhecia ele o suficiente pra saber que ele sairia de qualquer forma

— new? Cadê você? Eu sinto muito, fui um babaca e... — parei vendo ele caído no chão com uma poça de sangue em volta

Sem reação, tremia descontroladamente
Queria gritar e chamar ajuda mas nada saia, corri até ele vendo se ele ainda estava vivo e graças a Deus ele estava.

— vai ficar tudo bem amor eu tô aqui — acariciava os cabelos ensanguentados dele, enquanto as lágrimas e a culpa me inundava por inteiro

*

Newt's pov;

A claridade do lugar me despertou aos poucos, uma faxa justa prendia minha cabeça e uma dor insuportável era presente no momento, gemi com a dor e tentei me levantar mais uma mão me segurou na cama, percebi que havia mais de uma pessoa naquele quarto

Um médico e Thomas.

Thomas me segurou me encarando com grandes olhos marejados e inchados, e sem dizer uma palavra me abraçou derrepente. Fechei os olhos aproveitando a sua companhia e esquecendo toda a nossa briga, sentia-me culpado por novamente causar tristeza nele

Mas estava feito e eu tinha que arquear com as consequências.

— pode nos dar licença? — pediu Thomas educadamente, O médico assentiu e se foi com um sorriso pequeno

— newt, eu sinto muito — ele soluçava em meio às lágrimas — eu fui um babaca, estraguei tudo por causa da Teresa denovo... new você é tudo pra mim, você é minha vida, eu não sei oque eu faria se...

— não foi sua culpa. — foi a única coisa que consegui dizer em meio a susurros.

— se você quer que eu me afaste de Teresa eu vou me afastar, eu foquei tanto nela que esqueci de focar no principal que é você... newt eu só quero uma coisa...

— oque?

— que prometa que não vai fazer isso denovo, se você está passando por alguma coisa, vamos resolver juntos entendeu? — ele disse com as mãos no meu rosto, lágrimas caindo sem controle e um sorriso tristonho na face

— tudo bem. Eu prometo tommy — ele sorriu juntando nossos lábios num beijo lento e logo separando, depositou a cabeça no meu peito dolorido

— como esta se sentindo? O cruel está sob controle? — ele perguntou enquanto eu acariciava os seus cabelos gentilmente

— ele está perto, vai vim nos próximos dias — confirmei

— Thomas? Podemos falar com ele? — perguntou sonya, gally, minho, elizabeth, caçarola e Aris

O resto da galera foram super gentis comigo, claro que preoculpados do mesmo modo, após todos falarem comigo saíram e Thomas voltou

— está anoitecendo, não vou te deixar sozinho nessa cama dura, posso dormir aí? — eu sorri tentando ignorar o rubor avermelhado das minhas bochechas

— claro tommy, vem cá — Ele tirou as botas e se deitou na cama, escondi a cabeça no pescoço dele, sentindo o aroma gostoso e reconhecível e adormeci.

*

Horas depois;

— NEWT, NEWT!!! — Thomas me chamava me chacoalhando

— argh, oque foi tommy? — perguntei

— é o cruel, ele está aqui...


BLONDE BOY - NEWTMAS Onde histórias criam vida. Descubra agora