— tem certeza Que conseguirá andar
nesse estado? A viagem vai ser longa! — Minho falava para o garoto que permanecia deitado— eu tô bem, não sei porque acham que eu não estou — ele dizia escondendo a ferida preta na perna, com dificuldade começou a levantar até ficar completamente em pé.
— vamos então — Thomas abriu a porta do lugar e saiu, ainda calado o segui sendo acompanhado por Teresa, Gally e Minho, de dia a vista da cidade era totalmente diferente, ao longe dava pra avistar um grande muro com alguns prédios dentro, se assemelhando aos muros do labirinto
— oque tem lá? — perguntei para sonya
— é a cidade, O cruel manda em tudo lá, e é onde os experimentos estão — ela exclamou
— entendi — respondi
Continuamos nossa viagem, sempre de olho em tudo que pudesse arriscar nossa segurança, Aris nos guiava junto com Thomas com um mapa que ambos encontraram a pouco tempo, a cidade era totalmente destruída, carros estavam jogados um na frente dos outros, e os prédios velhos e destruídos não eram a melhor vista de se ter
Ouvimos alguns barulhos de helicópteros vindos do céu, por sorte um beco nos esperava bem do nosso lado, corremos e se escondemos o mais rápido possível, e por sorte não fomos avistados
— não podemos ficar andando de lá pra cá, aqui não é seguro — Thomas disse com o rosto franzido, assentimos ainda preoculpados com a possibilidade de sermos pegos pelas naves
— então vamos pra onde hein? Não podemos nos esconder pra sempre — disse Minho com os braços cruzados
— eu ouvi um boato que nas montanhas tem um local seguro dos cranks — falou Aris causando surpresa a nós
— huh então, já temos um local pra usar como meta — exclamou Thomas
— o cruel não gosta do pessoal de lá, ouvi eles conversando sobre isso enquanto estava presa — minha irmã disse
— melhor ainda, vamos ver se assim eles não vão tentar nos pegar com a gente por lá — Thomas continuou
— olhe eu marquei uma possível localização aqui no mapa, se seguirmos essa rota talvez chegamos em algumas semanas ou dias — Aris apontou para o mapa e Thomas se aproximou olhando
— beleza, vamos tentar achar o tal lugar, espero que saibam oque estão falando.
Demos continuidade na nossa longa jornada até saímos um pouco da cidade, agora se encontrávamos indo em direção ao deserto novamente, subiamos um morro de areia com dificuldade, depois de subir encaramos as grandes montanhas que nos esperavam, sem perceber de um pequeno detalhe bem a nossa frente
— chuck! — caçarola falou descendo o morro percebendo que o garoto havia caído de lá de cima
— ahhr, eu... tô bem porra tá bom? Eu não sou como a porra de vocês que são frouxos desse jeito!! — ele dizia com uma irritação desnecessária, logo mudando de humor
— me desculpe, todos vocês. Eu não estou bem de verdade — ele dizia triste, me abaixei levantando ele que agora mancava
— não dá pra continuar desse jeito, eu não consigo mais caminhar... — ele continuou
— quer que o Gally te carregue?
— não, eu não quero machucar ele nem nenhum de vocês. Me deixem aqui e vão embora! — ele dizia evitando contato visual, as mãos levemente trêmulas
— ninguém aqui vai deixar ninguém beleza? Nao acabou ainda chuck — Puxei ele até um navio naufragado, que estranhamente estava opaco, assim dando para entrar dentro dele
Gally arrastou o garoto e o deixou deitado, ficamos parados processando tudo oque estava acontecendo— oque faremos Thomas? — perguntou Aris
— não vamos colocar tudo nas costas dele — eu e sonya falamos ao mesmo tempo
— New... — ele tossiu — vem cá
— oque posso fazer por você amigo? — dizia com os olhos já marejados
— entregue isso pros meus pais quando chegar na base segura... e diga que eu sempre vou amá-los independente de qualquer coisa ouviu? Você... — ele tossiu novamente — promete? De dedinho?
— chuckie seu cabeça oca é claro que eu prometo — uma lágrima desceu dos meus olhos — queria que pudesse ser diferente...
— eu também, mas não vai... espero que você viva o suficiente pra casar com o Tommy — ele sorriu — e o Gally com o Minho — as bochechas de gally se tornaram tão vermelhas quanto um tomate, Minho iria contrariar caso o menino não estivesse no leito de morte
— sim, sim vamos se casar todos nós — soltei um riso tristonho
— Adeus amigo... — outra lágrima fria escorreu pela minha face
— você sempre vai ser a nossa criança de estimação entendeu? — já derramava várias lágrimas e tentar segurá-las não parecia ser o suficiente para contê-las
— vamos maninho — sonya me puxou de leve me levando para fora, onde eu me despejei em lágrimas
Aos poucos os garotos iam se despedindo e vindo chorando em direção da saída, o último foi Thomas que estava em um dos seus piores momentos, perder chuck com certeza foi uma das suas piores perdas, e eu não estava tão diferente disso, Teresa abraçava o garoto enquanto eu apenas assistia
— e... então é isso? Vamos deixá-lo sozinho? Ele vai virar um crank comedor de celebro e aí? Não vamos nem dar uma morte digna? — falava com uma tremenda dor no peito, a dor era tanta que nem lágrimas faziam o papel de suavizar o fardo
— Eu resolvi isso, ele não vai virar crank. — Gally falava e Thomas baixou a cabeça triste
— oque você fez? Oque fez com o chuckie porra!? — empurrei o garoto com um tremendo ódio no olhar
— NEWT! Eu que mandei. — Falava Thomas
— oque? Tommy... como você pode...
— ele tinha que descansar, e foi indolor, ele está descansando agora newt — passava a mão no rosto tentando disfarçar o quão mal eu estava me sentindo, a vontade era de fazer alguma coisa para parar de me sentir assim, um peso enorme no peito que quase me faz gritar de desespero. A última vez que me senti assim eu estava no labirinto e isso me causava péssimas lembranças
— vamos logo — disse segurando o máximo que conseguia as minhas lágrimas, sabia que ia ter outra crise de pânico, era evidente pela falta de ar.
Mas ousei segurar, eu precisava segurarDepois de caminharmos pelo resto do dia inteiro, a noite já estava ficando em evidência e uma tempestade de areia já dava sinais da sua chegada, corremos até o navio naufragado mais próximo e entramos nele, assim se protegendo da tempestade e do frio pavoroso do deserto a noite
Forrei o meu lençol no chão e me deitei, sem compromisso com dormir com ninguém, até sentir algo me cutucar
— Oque quer tommy? — perguntei suspirando e passando a mão no rosto tentando afastar o sono
— quero me desculpar com você, pela milésima vez nesses meses, eu continuo errando com você. Eu sou um idiota mesmo
— sim, você é idiota. Mas é o meu idiota, e tá tudo bem sobre... o chuckie — engoli em seco — ele merece descansar
— sinto muito — disse o outro
— eu também sinto muito por você, perder mais um fedelho não deve ser fácil, quer conversar sobre isso? — eu perguntei
— não new, eu... só tenho que tentar esquecer isso, era oque ele iria querer
— tem razão, eu preciso tentar dormir agora, boa noite
— boa noite — ele agarrou minha cintura e então eu finalmente adormeci.
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BLONDE BOY - NEWTMAS
Romancenewt é o fedelho novato, e terá que achar uma saída do labirinto e descobrir aos poucos os seus crescentes sentimentos pelo líder da clareira, thomas.