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A rotina já havia se tornado cansativa para newt, todo santo dia ele levantava, comia, trabalhava e dormia. Aquilo já chegava a se tornar insuportável. Ele não aguentava mais se sentir assim, como um fardo para si mesmo. Um peso morto que nem para se sentir feliz servia, ele queria mais que tudo algo que o prendesse aqui, que fizesse ele querer acordar todo dia. Que desse ânimo o suficiente para ele voltar a sorrir, mas esse alguém não chegava. Invés disso apenas mais sensações ruins se apossavam do garoto, ele ficava sem dormir quase toda a noite. Pensando em tudo mas em nada ao mesmo tempo, passando toda a parte do tempo sentindo pena de si mesmo, e rindo do quão patético ele era.

Ele não sabia oque era aquilo, não sabia oque aquela onda de depreciação era de verdade. Só ansiava que aquilo passasse,  naquele dia ele levantou como de costume, olheiras escuras já estavam em evidência no seu olhar. Seus cabelos bagunçados davam a ele um ar de desorganização, ele pôs os sapatos e foi em direção aos garotos novamente. Na mesma mesa de costume todos estavam em pé conversando — eai — newt exclamou cabisbaixo, minho logo o saudou.

— oi new, eu.... — newt franziu o cenho, e minho acabou sendo cortado por Thomas que começou a falar repentinamente

— queremos falar com você, a sós. — Teresa revirou os olhos e se retirou do local, dando oportunidade para Thomas puxar newt e minho para um canto afastado

— eu quero te agradecer fedelho, por ter nos salvado. E eu fui... — minho dizia como se aquilo fosse o fim do mundo, Thomas o encarava com um leve sorriso

— vamos minhoca continua, não foi assim que a gente ensaiou! — Thomas incentivou

— eu fui ingrato e agi feito o gally, me desculpe e obrigado mais uma vez.

— de nada, salvar fedelhos em perigo devia ser meu segundo nome — Thomas sorriu e encarou minho com a intenção que ele saísse do nosso pé, ele bufou e se retirou com suas muletas improvisadas.

— amigo... — Thomas susurrou com a voz inbargada, olhei para ele com aqueles olhos de cachorrinho pidão.

— eu... quero te agradecer por tudo oque fez por mim, você abriu mão da própria segurança por mim, palavras não seriam suficientes para dizer o quão grato eu sou por você newt e pra mim, você não é um fedelho loiro magricela, você é o meu herói.— ele me puxou para um abraço, e eu sentia tantas coisas acontecerem dentro de mim que por fim eu senti algo que eu queria sentir em todos esses dias miseráveis, aquela sensação de estar vivo. A sensação impagável de gostar do que sente, e por fim ter uma sensação tão boa que te faz querer estar vivo para senti-la.
Minha criança interior pulava de alegria, finalmente havia encontrado algo que me fazia se sentir vivo, se sentir bem.

— tommy, eu faria tudo denovo. — Thomas apertou ainda mais o abraço, e algumas lágrimas caiam de ambos os garotos. Devagar Thomas se soltou encarando o loiro com os olhos marejados

— Teresa está me comendo com os olhos, melhor sairmos daqui

— você não comeu nada newt, vamos comer alguma coisa! — Thomas falava preoculpado, newt assentiu com a cabeça e começou a segui-lo até a cozinha, lá minho estava sentado numa das mesas e caçarola ao seu lado.

— eai falou tudo oque queria? Newt ele passou dois dias só decorando oque iria te falar! — Thomas corou como um tomate e deu um tapa na nuca de minho, se sentaram um ao lado do outro e começaram a conversar

— isso é sério tommy? — o loiro não evitou de sorrir da feição do moreno, ele corou ainda mais e assentiu

— não é querendo atrapalhar oque quer que seja isso, mas... a caixa ainda não desceu oque faremos? — minho exclamava despreocupado, os rapazes voltaram a atenção pra ele

BLONDE BOY - NEWTMAS Onde histórias criam vida. Descubra agora