O início de tudo

102 8 33
                                    

— Como assim você e a Mei Mei vão ter um filho??? É piada, não é??

Gojo e Nanami haviam marcado para se encontrar em um bar em Shibuya. O recém-pai (sim, na mente responsável de Nanami ele já era pai) pensou que seria melhor do que se combinassem na Escola Jujutsu, onde todo mundo ficava sabendo da vida dos outros. Ele não queria que a maioria das pessoas soubesse nesse momento da gravidez de Mei Mei, apesar de que em algum momento as pessoas iam começar a questionar quem seria o pai do filho dela.

Mas, voltando ao cenário atual, se fosse outra pessoa contando Satoru Gojo acharia que era algum tipo de brincadeira. Kento Nanami, contudo, não era do tipo que fazia brincadeiras. O feiticeiro loiro suspirou e disse:

— Pois é, é verdade. Então, vai me emprestar o dinheiro ou não?

— Só se você me chamar pra ser padrinho da criança. Eu mereço, né? Depois de emprestar essa quantia, que não é pouca, você deveria pensar nisso...

Nanami respirou fundo. Talvez fosse uma boa ideia. Mei Mei provavelmente não se importaria muito com isso, ela nem sabia se ia querer ficar com o bebê. Gojo poderia ser o padrinho, mas Utahime seria a madrinha. Porque Gojo tinha dinheiro, mas Utahime tinha juízo. Então, se ele faltasse em alguma situação, eles poderiam cuidar da criança. Sim, eles seriam bons padrinhos.

— Pode ser, ainda não pensei no assunto. Tem muita coisa para acontecer antes do nascimento dessa criança, quero apoiar Mei Mei na gravidez, mas também não sei até que ponto ela vai me querer por perto.

— Mas me conte: como foi que você macetou a Mei Mei?

— Não me lembro de ter te dado essa intimidade, Gojo. E olha como você fala da mãe do meu filho...

— Não precisa contar os detalhes sórdidos, claro, só me passa o contexto.

— Gojo...

— É o seguinte: se não contar não tem empréstimo, entendeu?

— Certo, certo...

*Flashback*

Nanami e Mei Mei haviam sido convocados para realizar um exorcismo num local onde costumava ser um prostíbulo. Lugar comum para uma maldição, muita energia negativa concentrada. Contudo, o local em questão ficava em Yokohama e não tinha como eles voltarem para Tóquio naquela hora da noite. Assim, decidiram pernoitar em um hotel próximo da estação, o que teria sido normal, se não fosse o fato de que o estabelecimento só tinha um quarto disponível e eles teriam que dividir.

A feiticeira de cabelos prateados estava agitada desde que saíram de lá, o que era incomum para sua personalidade fria. Nanami nunca havia visto Mei Mei daquele jeito, mas preferiu ignorar. Não era da conta dele.

— Acho que vou tomar um banho, não estou me sentindo muito bem...

 Claro, Mei-senpai. Posso ajudar em algo?

 Obrigada. Se você puder entrar em contato com Ijichi e perguntar se essa maldição que enfrentamos hoje provoca algum efeito colateral, eu agradeço. Estou me sentindo estranha, bem estranha... Desconfio que seja por causa disso.

Enquanto Mei Mei estava no banheiro, Nanami entrou em contato com Kiyotaka Ijichi, supervisor assistente da Escola Jujutsu. Apesar de não ser uma missão diretamente relacionada com a instituição educacional, o Alto Escalão de vez em quando encarregava Ijichi de encaminhar os relatórios sobre as maldições para os feiticeiros e essa era uma daquelas situações. Contudo, nem Nanami nem Mei Mei haviam se preocupado em olhar os relatórios sobre a maldição em questão dessa vez. A feiticeira simplesmente não costumava se preocupar muito com esses detalhes e Nanami havia se esquecido dessa vez, pois foi chamado de última hora para acompanhar Mei Mei.

 Ijichi, Mei-senpai e eu ainda estamos em Yokohama. Poderia me dizer se a maldição que viemos exterminar pode causar algum tipo de reação adversa nas pessoas?

 Vejamos...  Ijichi parecia estar mexendo em folhas de papel enquanto procurava as informações  Então, a última dona do prostíbulo onde a maldição se localizava aparentemente era uma ninfomaníaca e tinha fama de destruidora de lares. Segundo o relatório, energia amaldiçoada originada desse tipo de gente tende a criar maldições que provocam efeitos na libido das mulheres, mas não consta aqui o que isso significa exatamente... Aconteceu alguma coisa?

Nanami ouviu alguns gemidos vindos do banheiro. Uma parte dele estava começando a se preocupar com as reações da sua colega feiticeira.

— Certo, Ijichi. Não, até agora tudo tranquilo por aqui, foi só para saber mesmo. Assim que chegarmos em Tóquio amanhã eu te ligo. Até mais.

Pouco depois, Mei Mei saiu do banheiro embrulhada em um roupão do hotel. Ela parecia diferente, um olhar vidrado de um jeito que Nanami nunca havia visto antes nela.

 Mei-senpai, aparentemente a maldição causa efeitos na libido feminina, mas Ijichi não sabia...

Mei Mei não deixou que Nanami completasse a frase. Simplesmente segurou o rosto do feiticeiro loiro e o beijou intensamente. Ele permaneceu parado, sem reação. Ela o soltou e fixou seu olhar nele.

 Entendi, Nanami. Já estava desconfiada que esse meu desequilíbrio poderia ser por conta da energia sexual carregada da maldição. Agora...já que estamos aqui...você se importaria em me ajudar com isso?

 Acho que talvez não seja uma boa ideia...

— Bobagem, somos adultos e não é como se eu estivesse dopada ou algo do tipo. Estou perfeitamente ciente do que estou pedindo.

 Mas eu não tenho preservativos comigo... Você teria?

 Não, mas não se preocupe: sou estéril e estou limpa. E só para você saber: não posso ter filhos, descobri isso ano passado.

 Certo, mas... — provavelmente ele ia ceder, tinha muito tempo sem qualquer contato sexual e, principalmente, Mei Mei era uma mulher muito atraente — ...isso não sai daqui, tudo bem?

 Claro, fique tranquilo. Agora vem cá porque eu estou muito necessitada...

*Fim do flashback*

— Gente, não sabia que maldições com alguma energia sexual podiam provocar esses efeitos... Isso deve explicar porque nunca me mandaram para uma missão em lugares assim com uma colega feiticeira.

— Gojo, a última coisa que o mundo precisa é de um filho seu. A sociedade Jujutsu já tem problemas demais sem você se reproduzir.

— Ah, não diga isso... Seria lindo um mini-eu aprontando por aí!

— A questão é com quem você teria esse filho, não é mesmo? Afinal, acaba sendo um vínculo para o resto da vida. Espero que Mei Mei realmente abra mão da guarda da criança, não confio nas habilidades dela como mãe.

— Já tenho uma mulher em vista, Nanami, pode deixar...

O feiticeiro loiro revirou os olhos. Se Gojo queria arranjar mais problema para a sua própria vida, ele não tinha nada a ver com isso.

Notas:

- Não sei escrever hot, pessoas, vocês vão ter que se contentar com essa descrição...😅

Parceria ParentalOnde histórias criam vida. Descubra agora