Sob o Véu do Mistério e da Opulência

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A carruagem parou em frente ao castelo, que estava esplendidamente adornado para a ocasião. Olhei para Amélia e vi a incredulidade refletida em seus olhos. Ela sorriu para mim com doçura e apertou minhas mãos, um gesto que compartilhava toda a emoção do momento.

Jamais imaginei que o príncipe nos brindaria com convites para o baile, muito menos que a própria Rainha enviaria uma carruagem especialmente para nos buscar. Embora soubesse do carinho que ela tinha por nós, não imaginava que fosse tão profundo.

Um cavalheiro idoso abriu a porta da carruagem, ajudando-nos a descer com mãos firmes e gentis. Quando pisei no chão, ergui o olhar para a fachada esplêndida do castelo.

Para a gloriosa celebração do baile de máscaras, a entrada principal estava decorada com magnificência e mistério. Arcos de flores frescas, entrelaçados com fitas de seda douradas, prateadas e azuis, formavam uma moldura encantadora. Lanternas de ferro forjado, com detalhes intricados, pendiam de cada lado do arco, iluminadas por velas que lançavam um brilho suave e cintilante.

Os majestosos portões de ferro estavam enfeitados com faixas de seda e veludo nas cores do baile, entrelaçadas com guirlandas de flores e folhagens. Escudos e brasões heráldicos, representando as famílias nobres e seus feitos gloriosos, estavam fixados nos portões, reluzindo com toques de ouro e prata.

As torres do castelo, imponentes e vigilantes, ostentavam bandeiras de seda que ondulavam ao vento em tons vibrantes de azul, vermelho e dourado. As muralhas, revestidas de pedra antiga, estavam cobertas com tapeçarias pendentes que retratavam cenas de bravura e romances lendários. Lanternas em gaiolas de metal, adornadas com cristais, iluminavam a noite, criando um efeito encantador e misterioso.

A fachada era banhada por uma luz dourada proveniente de tochas e candelabros estrategicamente colocados, criando um jogo de luz e sombra que acentuava a arquitetura imponente e o esplendor do castelo. A luz suave das velas nas janelas e sacadas adicionava um toque de magia e mistério ao ambiente.

— Estás pronta? — perguntou Amélia, e assenti com um leve aceno de cabeça.

Respirei fundo, coloquei minha máscara e, de mãos dadas com Amélia, adentramos os grandes portões de ferro.

Ao entrar no salão principal, fiquei deslumbrada com o luxo ao nosso redor. Apesar de ter ajudado na decoração durante três dias seguidos, não podia imaginar que o resultado seria tão grandioso ao anoitecer.

O grandioso salão de festas do castelo era um local de maravilhas, adornado com tapeçarias ricamente bordadas que pendiam das paredes em cascatas de cores e histórias. Estas tapeçarias, tecidas com fios de ouro e prata, retratavam cenas de bravura, lendas antigas e festividades da corte.

À entrada do salão, arcos de flores e folhagens, entrelaçados com fitas de seda nas cores da nobreza, formavam uma passagem encantadora. Lanternas de ferro forjado, com velas cintilantes, pendiam dos arcos, lançando um brilho dourado que acolhia cada convidado com calor e majestade.

No alto, o teto era coberto por drapeados de seda e veludo, em tons profundos de azul e dourado, simulando um céu estrelado. Pequenas lâmpadas de óleo, suspensas em redes de cristais, brilhavam como estrelas, lançando um suave e mágico brilho sobre os convidados.

As longas mesas de banquete eram revestidas com toalhas de linho branco, finamente bordadas com padrões heráldicos. Sobre elas, repousavam talheres de prata, taças de cristal e pratos de cerâmica esmaltada, refletindo a luz das muitas velas. Arranjos de flores frescas, dispostos em vasos de prata e cerâmica, exalavam fragrâncias encantadoras.

A pista de dança, no centro do salão, era um tapete de tapeçarias finamente tecidas, criando um espaço aconchegante e elegante. Guirlandas de flores e velas suspensas em candelabros de bronze circundavam a pista, proporcionando uma luz suave e romântica para os casais dançantes.

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