Revelações Sombrias: O Passado da Rainha e as Ambições de Ágatha

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Eu estava escondida atrás dos arbustos, meu coração batendo descontrolado como um tambor frenético. O silêncio da noite parecia esmagador, e o medo tornava o ambiente mais opressor do que qualquer tempestade. Cada folha que se movia era uma ameaça iminente, e o som distante de passos se aproximando me fazia sentir um pânico crescente. O ar estava pesado, como se minha liberdade estivesse prestes a ser arrancada.

Os passos se aproximavam, e eu consegui distinguir claramente o som de armaduras e botas pesadas. Meu instinto gritava para que eu me escondesse mais, mas eu sabia que não havia muito o que fazer além de esperar. O tremor nas minhas mãos aumentava enquanto a presença da guarda real se tornava mais clara. Eu me encolhi atrás dos arbustos, tentando silenciar minha respiração irregular e ansiosa.

Então, um dos soldados se adiantou e sua voz cortou o ar com uma autoridade fria.  — Ela está aqui em algum lugar! Tenho certeza disso, temos que encontrar e prendê-la!

Meu sangue gelou instantaneamente. Eu estava paralisada de terror, mas sabia que o pânico me impedia de agir. Como eles tinham tanta certeza onde eu estava? Será que Lorenzo disse algo? Será, que esse tempo todo, ele estava me espionando a mando dá viscondessa Catarina?

As sombras dos soldados se projetando sobre os arbustos foi o suficiente para me arrancar dos meus pensamentos e, de repente, uma das figuras se inclinou e me descobriu. Tentei me levantar, mas as mãos dos soldados eram firmes e impiedosas.

— Finalmente, encontramos você, traidora! — disse um dos guardas, com um desdém cruel.

A sensação de ser agarrada e arrastada pelos braços deles era humilhante e desesperadora. O chão parecia escorregar sob meus pés enquanto a distância entre eu e meu esconderijo seguro aumentava. Mas o que mais me feriu foi ver, à distância, uma figura conhecida observando a cena com um sorriso cruel: Catarina. Ela estava em um canto escuro, rindo baixinho, claramente satisfeita com a minha captura.

Seu sorriso triunfante e seus olhos cintilando com prazer maligno intensificaram meu desespero. Tentei gritar, protestar, mas a força dos guardas me impediu de mais do que um som abafado. Cada passo que eu dava em direção à prisão parecia um golpe final em minha esperança.

Eu estava sendo arrastada pelos corredores frios e úmidos da prisão, meu nervosismo e medo aumentando a cada passo. O som dos meus próprios passos ecoava pelas paredes de pedra, amplificando a sensação de que minha situação estava se tornando cada vez mais desesperadora. A prisão parecia um labirinto sombrio e interminável, e a sensação de claustrofobia só fazia meu coração bater mais rápido.

A cela era um lugar de silêncio absoluto, quebrado apenas pelo eco dos meus próprios pensamentos. Eu me encolhia no canto, tentando aquecer-me um pouco com minhas próprias mãos, mas a frieza da pedra parecia penetrar em cada fibra do meu ser. O medo que sentia era como uma sombra constante, tornando cada minuto uma eternidade agonizante.

O medo de que minha família estivesse em perigo me consumia. Meu pai, minha mãe, minhas irmãs... Eu não conseguia parar de imaginar como minha captura poderia estar afetando a todos eles. O pensamento de que poderiam ser punidos ou, pior, prejudicados por minha falha me angustiava mais do que qualquer dor física. O peso da culpa era quase insuportável. A angústia sobre o destino da minha família era quase insuportável. O medo de que o sofrimento deles fosse uma consequência direta da minha falha me enchia de culpa. Cada vez que pensava neles, uma onda de desespero e impotência tomava conta de mim. Eu queria acreditar que eles estariam seguros, mas a incerteza era um peso esmagador sobre meus ombros.

Além disso, havia o tormento contínuo sobre Lorenzo. Eu me perguntava se ele tinha sido arrastado para essa situação terrível de alguma forma. A ideia de que ele pudesse ter sido manipulado ou, pior, envolvido de alguma maneira na minha captura era insuportável. Eu me questionava se ele havia sido forçado a se aproximar de mim a mando de Catarina. A simples possibilidade de que Lorenzo pudesse ter sido usado contra mim, de que ele pudesse ter feito isso sem querer, era um golpe cruel e devastador.

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⏰ Última atualização: Aug 21 ⏰

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