Capítulo final

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POV: Anong

- Não. - Sua resposta me deixa sem reação.

- Por que não?

Chaisee não me olha nos olhos e se recusa a responder. Eu começo a ficar irritada, depois de tudo que eu fiz pra que ela se sentisse segura nesse relacionamento, depois de todas as concessões que eu fiz, ela não pode ceder nem um pouquinho e pelo menos considerar a possibilidade de morar comigo?

- Chaisee, me responde. Por que não? - Pergunto em um tom mais agressivo do que eu gostaria, deixando minha frustração transparecer.

Não consigo pensar nenhum motivo pelo qual ela diria não. O único motivo no qual eu consigo pensar é...

- Tudo isso é porque você quer ter um lugar pra onde ir se a gente brigar? Por que depois de tudo que a gente viveu você ainda se recusa a baixar a sua guarda?

Quando ela finalmente ergue seu olhar, vejo que lágrimas silenciosas jorram copiosamente de seus olhos. Meu instinto é puxar ela pra um abraço e confortá-la, mas meu orgulho me impede de fazer isso.

- Eu estava realmente começando a acreditar que você me entendia. - É tudo que ela diz antes de se levantar e partir em direção à porta.

Fico confusa por um instante com sua reação, sem entender o que foi que eu fiz de errado, até me dar conta de algo óbvio. Eu sou uma idiota.

Corro atrás de Chaisee antes que ela alcance a porta da frente e a impeço de sair do meu apartamento abraçando-a por trás com carinho.

- Me perdoa... - Sussurro baixinho ao seu ouvido.

Ela deixa seu choro sair, se rendendo ao meu abraço.

- Eu me esqueci completamente do que aconteceu da última vez você pensou em dar esse passo com alguém.

Ela se vira em minha direção e esconde seu rosto em meu pescoço, buscando abrigo de seus traumas do passado. Eu corro meus dedos pelas mechas de seu cabelo em um carinho terno, na intenção de acalmá-la.

Em um impulso de provar pra ela minhas intenções e de fazer com que ela se sinta segura, eu faço o impensável.

- Casa comigo? - Chaise se afasta o suficiente para conseguir me encarar nos olhos. Seu olhar é de pura incredulidade com uma pontinha da mais absoluta felicidade.

- O que você disse? - chaise me pergunta com a voz embargada.

- Casa comigo, constroi uma vida comigo, não vai embora daqui nunca mais, seja dona de tudo que eu tenho e nunca mais esteja sozinha. Deixa a minha casa ser a sua casa, deixa os meus bens serem seus, deixa o meu dinheiro ser seu. Nunca mais você não vai ter pra onde ir, porque mesmo se nós duas perdemos tudo um dia, você ainda vai poder se abrigar em mim. Ficou claro ag... - Ela não me deixa terminar a pergunta, me puxa para um beijo completamente entregue e apaixonado que eu correspondo imediatamente.

- Vou entender isso como um sim. - Digo com a respiração ofegante, assim que nossos lábios se afastam. Mas ainda envolvo a mulher que amo em meus braços possessivamente.

- Anong, faz amor comigo, agora. - Ela sussurra com a voz ainda trêmula de emoção e em um tom de súplica que faz um arrepio avassalador atravessar o meu corpo inteiro.

Atendo ao seu pedido de imediato, pegando-a no colo e tomando seus lábios com os meus em um beijo apaixonado enquanto sigo em direção ao meu quarto, quer dizer, ao nosso quarto.

Deito o corpo de minha noiva sobre a cama com ternura e me encaixo sobre ela, beijando seus lábios com paixão.

Todo o amor que sinto por ela queima dentro do meu peito e eu apenas sei, que nada nunca mais vai tirar essa mulher de mim. Ela é o meu tudo, e eu sou inteiramente dela.

A Assistente: O amor pode estar aonde você menos espera.Onde histórias criam vida. Descubra agora