Obscuration

The Kinge Fell Part III

Manske, que estava com as mãos em reza segurando seu crucifixo de metal, para por um instante.
- Ela fica naquela direção - Manske aponta - Vocês não deveriam saber?
- Ah claro - Ela passa as mãos na cabeça como quem está frustrado - Lapso momentâneo - Ela volta sua atenção ao que pegou da língua. De repente, ela se lembra de um momento em que Priscila trouxe pipoca e passaram a noite maratonando uma série enquanto fofocavam sobre seus trabalhos. Elas tinham apostado dois mil reais para aquela que acertasse todas as bolas na sinuca, e apesar de perder devido a notável visão da coruja, ela deu batidinhas nas suas costas e disse que era brincadeira.
- O que você acha... deste? - Diz meio debochada - Melhor não, do jeito que é vai desaparecer com sua pelagem.
Pris riu de canto, ainda que tentasse parecer nervosa. Muitas noites era possível escutar seus gritos de insatisfação com seu time que sempre perdia.
Por coincidência, hoje antes da confusão, Lucca notou que na realidade o time virou o jogo e venceu pela primeira vez no patinhas.
- Como seria poder contar isso para ela? - Ela pensa - No dia da vitória... Não, não é hora de pensar nisso.
Mordecai olha para seu relógio, ainda marcando um horário, enquanto nota que as feições dos dois mudaram bastante desde a última vez que se encontram. Lyrilvy enfim quebra seu silêncio, e conta para Mordecai sobre as visões que teve e sobre seu sonho.
- Então isso tudo começou no apartamento? - Diz Mordecai sério - Se o'que você diz for verdade... o ranger da porta foi uma visão do futuro - Ele saca o glossário e ilumina uma página mostrando as anotações em luz negra - É difícil saber o'que é real ou não dentro disso - Diz demarcando as escrituras - Mas existe algo pior que o próprio governo ou a elite.
Lyrilvy observava em silêncio as páginas, enquanto as lia o mais rápido possível antes de ser fechado.
- Valeu por me dar mais dor de cabeça! - Lucca grita para eles sem se virar, caminhando até onde o líquido de Manske caiu quando se encontraram, encontrando um lodo negro que afundava aos poucos enquanto o verde ao seu redor morria.
- Se eu ao menos estivesse no laboratório - Lucca suspira e caminha até, para analisar a ferida de Lyrilvy - Finja que não estou aqui, só preciso de um minuto.
Lyrilvy se junta a Lucca em sua análise com a criatura. Ambos parecem discutir entre sussurros por uns minutos. Ele se enterra em um buraco próximo às árvores, deixando uma pequena entrada de ar. Manske repousava próximo a barra de Robert, para o vigiar. Lucca, após recolher algumas amostras do que conseguia sem tocar a criatura, se esconde nas sombras das árvores próximas onde Lyrilvy se enterrou, se camuflando nas folhas.
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Aguardando alguns minutos, Mordecai caminha lentamente até a árvore enquanto arruma sua gravata e aguardando a aparição de Lucca. Os grilos cantavam enquanto flashes passavam em sua mente. Em meio ao tiroteio, Mordecai faz alusão a cercar o pelotão inimigo e Manske se junta a ele correndo em sincronia conseguindo interceptar o caminho dos outros. Aroldo, um jacaré usando um chapéu e roupa militar, manda seus homens se juntarem e dá um passo em direção a Manske.
- Veja só quem temos por aqui - Diz Aroldo - São os irmãos veludo preto.
Esposito olha por cima de seus óculos escuros observando a feição séria e vazia de Mordecai enquanto mantém a pata próxima de sua pistola. Os cidadãos recuam da vila ao observarem o aglomerado de soldados.
- Você está sob nosso controle - Continua Manske olhando de cima - Não tente nada de que vá se arrepender.
Com o toque de Manske, Mordecai volta a si e olha para trás confuso.
- Você não deveria estar dormindo? - Mordecai fala enquanto focaliza a pantera.
- Depois daquela coisa nem pensar - Continua Manske apontando para o local onde estava a criatura com o polegar - Você até agora não abriu o bico.
- Vocês vão entender quando verem - Mordecai diz cansado.
Os dois se sentam debaixo da árvore olhando o cão maior no céu estrelado. A pantera levanta o relatório que havia entregado a Mordecai e encara cuidadosamente.
- Você acha que pode lidar com tudo sozinho? - Explica Manske apontando na direção de Mordecai.
- Se você estivesse comigo, nada disso teria... - Manske é interrompido.
- Eu te dei o código também - Ele levanta o papel - Quem lidou com tudo sozinho foi você.
- Ao invés de avisar aos membros - Continua Mordecai abrindo suas mãos gesticulando - Preferiu matar ele num momento de vulnerabilidade.
- Aquele cara não fez o papel dele! - Diz Manske rosnando um pouco - Não sou o único culpado aqui.
- Meça suas palavras antes de culpar alguém - Mordecai encara Manske nos olhos
- Por que você deixa aquele gato inútil com o mais importante? - Diz Manske impulsivamente.
Mordecai se levanta e o segura pela gola devagar observando seus olhos e depois olha de volta para o lugar suposto de Lyrilvy estar.
- Volte para a barraca - Mordecai diz friamente.
A pantera sai xingando na distância. Um som de algo apitando começa a tocar. Robert ouve o som, e fica alerta. Ele se vira lentamente para ver de onde está vindo. Ele olha em volta, e nota um homem vestido de preto observando-o de longe. Ele está parado com os braços cruzados, olhando fixamente para Robert, que logo fica ainda mais alerta quando vê o homem. O barulho do dispositivo apitando se torna cada vez mais alto.
Um grupo de pessoas encapuzadas começa a cercar a barraca virando o pescoço todas olhando para Robert e logo pegam um líquido vermelho começando a pintar o chão com um pincel, grunhindo algo em alto tom numa língua desconhecido onde somente é possível escutar algo referenciando um nome, cujo o início é "Ya".
Todos somem de repente, como se não passasse de um sonho, e quando Robert olha para o lado, Esposito executa um corte com sua katana, que é defendida por Manske que estava usando seu bracelete.
Manske grita de raiva e ataca com mais força, tentando acertar Thiago novamente. Ele não quer morrer tão cedo...
Robert reage instantaneamente, e começa a correr em direção ao Esposito. Ele então puxou sua pistola da cintura e atirou na direção do inimigo. Num movimento veloz, as balas colidem e uma pequena explosão é gerada empurrando ambos. Robert consegue se manter em pé e olha para Esposito com ódio, apontando sua arma novamente.
- Você vai pagar por isso.
Manske avança em direção ao Esposito, o acertando no rosto. Ele parece mais rápido e agressivo do que antes, com um desejo de vingança nos olhos. Mordecai escuta o apito e nota o desaparecimento da barraca, como se tudo naquele lugar tivesse sumido, incluindo a criatura.
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Lyrilvy emerge do chão e vai de encontro a Mordecai, enquanto olha ao seu redor buscando pelos demais.
- Onde tá todo mundo? - Ele olha para onde estava o corpo, percebendo seu sumiço - O que aconteceu?
- Eles chegaram - Diz Mordecai sério - Vamos nós precisamos sair daqui.
Lyrilvy, vendo a seriedade nas palavras e olhos de Mordecai, corre até o buraco em que estava e pula nas árvores, buscando por Lucca.
- EI EI O QUE ACONTECEU? - Lucca pergunta enquanto cai da árvore.
- Temos que ir - Ele diz enquanto ajuda ela se levantar, acompanhando a rota de Mordecai.
- Você pode ao menos me explicar o que está acontecendo aqui? Minha cabeça não foi feita para tantas perguntas assim - Lucca diz apressando seu passo.
Mordecai se agacha com os dois no arbusto e um som de creck é ouvido a distância, fazendo o apito finalmente parar. O vento fazia as folhas da árvore se mexerem enquanto o silêncio toma conta do lugar.
- Existem pessoas que provavelmente sabem que nós matamos a coisa - Diz Mordecai sussurrando para Lucca - Oque significa que essa criatura decidiu observar você em especial Vy.
- Provavelmente se alimentou da sua energia - Mordecai se vira para ver Lyrilvy - Alguém queria matar você e o mais importante: coletar informações.
Ele abre o glossário vendo a página do Demônio da tribulação, riscando uma espiral em formato de sol no dito 'uso único'.
- Alguém pressentiu que fui investigar - Explica Mordecai - No momento que segurei o papel, uma sensação de que precisava sair sem dizer nada, tomou conta de mim.
- Eu sei que se disser algo, meu coração vai parar de bater - Ele abre mostrando um sorriso vermelho no seu peito - Apenas fiquem alertas, nós não podemos perder mais uma única batalha sequer.
Lucca acena com a cabeça enquanto vê o desenho em seu peito.
- Ao menos temos um lugar para ir?
Lyrilvy parecia pensativo enquanto olhava o sorriso.
- Talvez tenha um local, não é fora da cidade, mas me lembro que era seguro - Lyrilvy responde - Mas seria uma aposta no escuro... chefe?
- Sim, existe um atalho - Mordecai começa a se rastejar taticamente - tenham cuidado com a audição deles.
Em seus pensamentos, a chuva não parava de cair. Ele trancou a porta do escritório e passou o papel para Manske após terminar de armazenar as informações.
- O que é isso? - Pergunta a Pantera confusa.
- Você é um programador - Diz Mordecai disfarçando a preocupação - Use a sala de computadores.
Depois de sua saída ele desceu para descriptografar o código e recebeu a informação de que Esposito não era confiável e que no caso do papel do Vy não ser entregue ele deveria contatar os outros membros para não serem pegos com a guarda baixa. Manske respirando euforicamente, saí da sala e dá um soco na porta, a empurrando.
- Por que ele trocou bilhetes com aquele estúpido!? - Diz numa crise de raiva - Ainda por cima arriscou em contratar o responsável pela "correspondência" sem saber se ele é mesmo da velha guarda - Ele sobe as escadas e junta seus machados em suas costas.
Mordecai é despertado e olha para Lyrilvy focando claramente.
- Exato, esse local é próximo do nosso destino - Diz segurando seu fuzil de visão noturna - Nós podemos buscar abrigo lá.
Eles seguem pelo caminho com cautela, como um leão caçando sua presa.
Na área iluminada sob a luz da lua, três silhuetas podiam ser observadas conversando enquanto caminhavam pela mata.
- Hum hum hum - Diz Victor mostrando descontentamento.
- Se os dois patetas não tivessem cantado vitória - Diz Esposito olhando para Victor e Otávio - Nada disso teria acontecido.
- O dinheiro entrou dá na mesma - Exclama Otávio, acompanhando eles - Além disso, ele não deve ter ido muito longe.
- Dá na mesma? - Esposito sorri com a língua para fora e depois bate na barriga de Otávio com a bainha irritado - A base foi descoberta pela polícia e metade do dinheiro será gasto para acobertar tudo!
Victor com cuidado olha as pegadas e indícios de armação da barraca.
- Ele deve ter aliados! - Victor aponta rindo com dificuldade para falar - Se eu morrer para aquele vagabundo diz para o Esposito que eu amo ele.
- Calado! - Thiago dá um tapa na mandíbula dele.
- Hmm! - Victor tampa a boca.
Passos pesados começam a ser escutados e um uivo perpassa toda a floresta fazendo o chão tremer e eles se juntam quietos.
- O que foi isso? - A orelha de Esposito levanta e ele pega sua faquinha.
Uma neblina começa a tomar conta da floresta e um rosnado em forma de gargalhada começa a ressoar. De repente Victor começa a rir e mesmo tentando se conter suas cicatrizes se abrem fazendo ele sangrar enquanto um sorriso se abre fazendo escorrer mais sangue.
- Que porra é essa!? - Otávio diz tremendo com o coração palpitando.
Thiago usa as ligaduras e faixas que sobraram e começa a tratar Victor, que continua gargalhando com a mão na boca e batendo no chão chorando de dor.
- O que é isso? - Mordecai sussurra - Se puder fiquem próximos, a névoa é densa.
- Se liguem pela cauda - Lyrilvy sussurra para eles - Chefe coloque sua cauda entre o vão de correia da Lucca, Lucca faça o mesmo comigo, só soltem se for necessário.
Mordecai se aproxima mais devido ao tamanho da cauda e fica próximo aos dois. Ele avista uma entrada de caverna próxima durante sua caminhada... A curiosidade toma conta e os olhos se movem para investigar...
Quando fecha um pouco os olhos tentando focar na caverna, uma grande massa de escamas azuis vibrantes é imediatamente notável... Seja lá o que for, parece estar dormindo...
A caverna é escura, mas é possível ver uma grande massa de escamas azuis brilhantes e muito grandes. As escamas parecem ser feitas de um material que brilha levemente com a luz do luar... É possível ouvir alguns sons estranhos saindo dela enquanto ela dorme.
As batidas continuam e os pássaros começam a voar na direção de vocês enlouquecidos todos batendo com a cabeça nas árvores morrendo ou devorando uns aos outros enquanto entoam um cântico feliz.
- Precisamos nos abrigar em algum lugar, não dá para manter o ritmo nessa velocidade - Lucca diz cutucando Mordecai
- Tem razão - diz Mordecai - Nós precisamos acelerar o passo.
Uma flauta começa a tocar e de repente um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete pares de olhos aparecem os olhando. Como se fosse um flash, a caverna não está mais carregando a criatura que dormia. O bafo pode ser sentido e os seus sentidos ficam confusos, quase como se fosse engraçado a ideia de querer arrancar a cabeça dos seus amigos, afinal que mal isso teria?
Uma gargalhada começa a ressoar, seus tímpanos parecem explodir. Uma máscara caí em suas frentes, de repente o rosto de agonia da coruja e de todos os outros membros aparecem sorrindo maniacamente. Tentáculos saem da criatura em formato de tripas e um dos membros está chorando enquanto ri com o rosto deformado e invertido partido ao meio, o outro em chamas sem os dentes com os olhos sangrando e expelindo muco. A criatura começa a bater com a pata no chão e corre derrubando as árvores quase os pisoteando e, batendo na caverna, a quebra.
Mordecai lacrimeja levemente ao ver o rosto de Priscila. Os dois se conheceram há oito anos, eram primos que viviam criando histórias em forma de atuação na vida real.
Enquanto Mordecai era de uma família pobre, Pris era de uma família rica e privilegiada, mas apesar da mãe narcisista, continuavam se vendo contrariando os desejos dela.
- O reizinho perdeu - Diz Mordecai rindo.
- Pink e White nunca são derrotados num apocalipse zumbi - Diz ela sorrindo olhando para ele - Promete que nós sempre estaremos juntos independente da nossa posição?
- Eu prometo - Diz Mordecai cruzando o mindinho com o dela.
Conforme o trabalho chegava os dois se afastavam mais até o ponto em que poucos poderiam supor que eram primos. Apesar disso, em seu quarto podia se escutar as conversas entre Lucca e Pris do quarto debaixo.
Imediatamente seu peito ficou apertado e ele se ajoelhou no chão com a visão embaçada e a cabeça confusa.
- Eu fui tão inútil assim? - Diz sussurrando quase em tom inaudível - Eu queria trazer abrigo, mas nunca tive tempo para vocês.
- Che... Mordecai - Lyrilvy se agacha em sua frente tirando os rostos de seu campo de visão - Eu entendo como você pode estar se sentindo - Ele segura seu rosto - Eu queria ter algo para te dizer agora, mas tudo que posso dizer é pedir para que se levante... A Pris foi feliz quanto estava conosco, assim como os outros - Seus olhos começam a lacrimejar - Você fez uma família, e embora talvez não falássemos tanto, tenho certeza de que tanto a Pris, quando todos nós, não nos sentimos longe de você... - Seu pelo estava arrepiado.
Lucca encara os rostos à sua frente, até que de repente parece explodir.
- QUAL É A GRAÇA AFINAL? SEJA QUEM FOR PARE DE SUJAR A IMAGEM DELES! - Ela olha para a máscara de perto - NÃO VAMOS MORRER NUM LUGAR COMO ESSE! ESTÃO OUVINDO!? - Ela se vira para Mordecai, seu rosto mostrava uma mistura de raiva e medo - Fala pra gente, deixa de lado o chefe agora, coloca pra fora o que está aí, no Mordecai - Ela chuta a máscara - Embora eu preferisse que fosse em um momento melhor - Ela tenta descontrair - Estamos juntos nessa.
Mordecai olha para Lyrilvy pela primeira vez, e se ergue respirando devagar para se acalmar e estufa o peito enquanto levanta a cabeça, se recompondo e buscando manter o olhar calmo.
- Certo... - Mordecai diz com a voz falhando um pouco - Nós não podemos deixar a imagem deles ser manchada assim.
- Como meus companheiros, estaremos nessa juntos - Ele olha para Lucca e, abrindo as mãos sob o peito, dá um tapinha nos ombros dela - Você assim como eu está sobrecarregada com seu trabalho.
- Você sabe por que deixei Vy para trabalhar ao seu lado? - Diz Mordecai sério - Pois quando os dois unem seus miolos não existe nada nesse mundo que possa pará-los.
Ele observa ela chutando a máscara e joga o fuzil para o mais longe que consegue no modo tiro automático, atraindo a atenção da criatura para o outro lado.
- Vamos! - Mordecai começa a correr pelo atalho cortando os obstáculos para os que estão atrás.
- Será que tem como esse dia melhorar? - Lyrilvy pensa alto.
- Calado! Você sabe que falar isso é pedir merda cabeção - Lucca dá um tapinha nele enquanto correm.
- Ahh foi mal.
Num salto, Esposito acerta Mordecai no ombro, prendendo-o na árvore enquanto Victor saca seu nunchaku indo em direção a Lyrilvy e Oliver seu soco inglês aproximando-se de Lucca.
- Olha só quem temos por aqui - Esposito coloca sua bainha no ombro e anda olhando para Mordecai com desprezo - Doutor Mordecai e o produto descartado pelo próprio país.
- Quem é você por acaso? - Olivier fala - Cuidado garotinha, você pode acabar com um osso quebrado.
- Pera cês tão me falando que esse projeto de anão é meu inimigo? - Victor olha para Lyrilvy segurando o riso - Há!
- O gatinho me deu o caminho para a casa - Diz Esposito segurando uma cópia do relatório.
- Você gostou da visitinha que mandei fazerem para você? - Mordecai fala calmamente olhando para Thiago - Infelizmente você perdeu seu tempo.
- Eu perdi mesmo!? - Ele rosna para Mordecai - Eu vou arrancar sua cabeça.
Quando Esposito tira sua katana, executa um corte circular, Mordecai defende com sua espada e dá um chute nele quebrando seu joelho e vira o punho acertando sua bochecha, o jogando no chão. Ele o segura pelo pescoço e olha profundamente para ele.
- Você acha que pode simplesmente mexer com minha família e sair impune? - Mordecai retira a faca do pé de Esposito e crava na pata dele o fazendo gritar de agonia - Está completamente errado.
Lucca, vendo a distração de seu oponente com a luta de Mordecai e Thiago, e acerta seu pescoço com as garras de braço esquerdo. Otávio é acertado e começa a cambalear enfurecido. Ele dá um soco em Lucca visando acertar o rosto dela e erra devido a fraqueza pela perda de sangue.
- Sua puta! - Ele saca sua pistola visando atirar nela.
Lyrilvy salta para as árvores ao redor.
- Vem aqui bichano - Victor tenta escalar a árvore, porém a mochila de Lyrilvy, que foi jogada, atinge seu rosto o fazendo cair - Desce aqui para você ver cara de pau!
Mordecai dá uma rasteira em Victor e o segura pela manga jogando-o em Esposito e corta a cabeça de Otávio. Ele ajuda Lucca a continuar firme e começa a manter o ritmo. Passos pesados podem ser ouvidos na direção contrária e a criatura está rosnando fazendo Esposito olhar arregalado para o lugar de onde vem o som. Lyrilvy pula em sua mochila e retira a luz negra, buscando atrair a criatura para longe jogando a luz floresta adentro. A criatura vai em direção a luz negra, destruindo ela enquanto deixa um rastro de destruição.
- Vamos aproveitar a distração do Vy - Diz Mordecai - Fiz um barco improvisado que nos fará chegar mais rápido.
Ele joga sua maleta preta de couro no barco e entra aguardando os outros subirem a borda para dar partida pelo lago.
- E quanto a ele? - Lucca olha para Thiago.
- Por mim eu faria ele tomar o lodo que você pegou do Manske - Lyrilvy diz pegando sua mochila, agora com apenas sua camisa.
- Por favor, não me deixem aqui - Diz Esposito se rastejando para a embarcação - Você não pode fazer isso comigo.
- O'Que os dois acham? - Mordecai fala num tom sério - Meu irmão com toda certeza quer matar ele.
- Eu prometo duelar com ele novamente quando o encontrar - Diz em desespero - Não me deixe aqui com essa...essa...coisa!
Ele ajuda Lucca e Lyrivy a guardarem suas coisas no barco com cuidado para não cair.
- Ele pode ser útil - Diz Mordecai, reflexivamente - Qualquer movimento em falso e quebro sua garganta.
Victor se ajoelha no chão implorando.
- Me desculpe, estávamos seguindo ordens! - Continua Victor arrumando sua jaqueta vermelha enquanto olha para os três - eu dou um beijo para vocês de graça só deixe a gente entrar.
Esposito dá um tabefe na cabeça dele.
- Sabe, esse aqui o lenhador quer pra ele, e o chefe concordou então okay. Mas... para o que iríamos querer você? - Lyrilvy pergunta pergunta a Victor,
- Não foi esse aí que te chamou de gatinho? - Lucca comenta - Talvez aquela coisa esteja com fome, seria cruel deixar ela assim.
- Eu não estou nem aí, o único que aparentemente tem uma funcionalidade é o raposinha, embora eu não tenha certeza se concorde.
- O Victor é proficiente em combate corpo a corpo - Diz Esposito - Mas fica a critério deste tampinha levar ou não.
- Tá zoando né? - Diz Victor - Eu posso dar todo o dinheiro que sobrou para vocês.
- Não temos interesse no dinheiro - Diz Mordecai firmemente - Vocês deviam se considerarem gratos por deixar vocês vivos.
- Seus pontos de combate são muito fáceis de explorar - Mordecai aponta para Senhor Esposito - Você ainda que seja o mais talentoso está longe de saber empunhar uma espada e para piorar desonra o nome dos Shinobi.
Ele puxa pelo capuz Victor para dentro do barco e Esposito entra logo em seguida. Depois ele empurra com o remo e eles começam a seguir em direção ao local.
- Ele também pode ser útil - Mordecai diz - Mas se insultar meus companheiros novamente vai andar na prancha e virar isca para os peixes.
- Eu vou é - ele decide se calar.
- Essa vai ser uma longa viagem - Lucca comenta suspirando - Seguindo ordens, né? Porque não falam mais sobre isso.
- A FSB começou a traçar planos para derrubar a Olho de Águia - Comenta Victor apontando como se fosse uma arma - Muitos tinham assuntos a tratar por conta da crise dos mísseis.