— É o tranca porta! — Victor se esconde atrás de Esposito.
— O'Que nós fazemos? — Thiago olha de esguelha para Mordecai — E se for um convite para entrar como as entidades fazem?
— Não tem como saber — Mordecai olha o glossário e não encontra nenhuma informação — Se puder repasse o arquivo logo e vamos vazar daqui.
— É aquele gato de antes — Valéria acena para o Lyrilvy — é fantasia de halloween esse vermelho?
— Porta estamos em Julho! — Guyler grita.
O gato em segundos some como fumaça e ressurge ao lado de Robert. O sangue e ferimento agora tinham desaparecido. Ele olha para Robert e sorri enquanto fecha os olhos, inclinando a cabeça para o lado. De repente, do lado de fora, um pequeno floco de neve entra e pára no focinho de Guyler. Estranhamente começou a nevar e o clima ficou gélido, rapidamente os pelos de Mordecai ficam arrepiados e o ar pode ser expelido quase que formando pequenos cristais de gelo. Uma silhueta preta é vista na distância e a aura pode ser sentida de longe. O lago que antes estava quente agora não passava de puro gelo e os animais confusos fugiram para um abrigo com auxílio dos moradores locais. Num movimento uma lança atravessa a janela dos fundos e, antes que acertasse a cabeça de Esposito, Victor o empurra. A lança obedientemente retorna para as mãos do arremessador.
Manske entra rapidamente e, numa espécie de delay, acerta Esposito uma vez, só que os frames causam a impressão de que foi feito duzentas vezes seguidas o explodindo instantaneamente sem quaisquer tempo de reação. Encarando o gato de cima a baixo, ele olha atentamente para seus olhos.
— O que você fez com o Vy? — Dessa vez Manske está trajando um sobretudo com uma grande camada de pelagem de inverno.
Victor respirando forte coloca seus dedos nos seus dentes, os mordendo sem conseguir assimilar oque acabou de acontecer na sua frente. Sua orelha e sua cauda ficam baixas, seu sangue é completamente vazado e sua pele fica esbranquiçada de medo.
— Ele era nosso informante — Mordecai encara Manske frustrado — Você pode pelo menos uma vez pensar antes de agir?
— Eu esperei séculos por isso — Manske aponta a lança em direção a Victor — E decidi por mim mesmo o'que vou fazer sem depender de você.
— Seu filho da puta! — Victor avança com o nunchaku e ao acertar a cabeça de Manske a arma se parte em pedaços de madeira sem surtir efeito.
— Você já terminou? — Manske se vira para Guyler e toca a cabeça dele o fazendo se contorcer em desespero e se debater enquanto sua pele é apodrecida e começa a expelir musgo, seu esqueleto vira pó.
— Que merda você pensa que tá fazendo!? — Valéria olha furiosa.
Ela pega em mãos sua kunai e pula nas costas de Manske tentando o estrangular, ele vai de encontro ao chão e a esmaga. Ainda viva começa a se rastejar e Mordecai observa Manske dar um passo e partir a cabeça dela. Num instante o braço metálico de Lucca se parte por sorte evitando outro braço decepado.
— Tem medo que descubram seu segredo? — Ele caminha até Lucca devagar — Que você é fraca e não forte como quer parecer?
Ele se lança e faz um ataque partindo para cima de Lucca mas Mordecai segurando sua espada com ambas as mãos se agacha recebendo a energia do ataque.
— Saí daqui! — Mordecai diz encarando Manske.
Robert fica em alerta total, observando Mordecai, Manske e Lucca. Ele percebe que o homem tem um ar de maldade, e o outro está determinado a proteger Lucca. Ele rapidamente se coloca entre os dois, e fala com um tom sério:
— Você não vai machucar ela.
Manske se vira com um soco que começa a se separar pelo infinito indo em direção ao cão, o lançando para o céu quebrando o teto e cai no lago afundando. Ele tenta se recuperar rapidamente, mas a água é fria e escura, e ele sente dificuldade para respirar.
Mordecai nesse momento de distração pega Victor e Lucca cada um em um braço e pula pela janela de trás quebrando o vidro e carrega ambos enquanto Victor começa a gritar e estender os braços na direção da casa.
Uma neblina começa a aparecer e circundar toda a vila. Os moradores começam a berrar para pegarem as armas e chamarem reforços enquanto uma criatura esguia de sete cabeças, a mesma de antes, começa a cuspir fogo com uma das cabeças incinerando vários. Uma mulher, carregando uma criança coelha, continua correndo enquanto a besta rosna pisoteando todos pelo caminho indo em sua direção, ela entra no campo e joga sua filha em um monte de folhas, enquanto corre em outra direção gritando para a criatura.
— Você atrapalhou minha janta — O gato diz em tom desanimado, seus olhos agora estavam negros e sua pupila brilhava em ciano.
— O'Que você queria com eles? — Manske pega o projeto Lyrilvy das cinzas do Guyler.
— Isso já não foi dito — A cauda do gato sai pelo chão e se torna como uma gosma ao tocar a coluna de Manske — Revele-se.
De repente a mente de Manske é tomada por suas memórias, que passam como filmes, sua boca parece ter vontade própria com intenção de se apresentar enquanto sente algo subir por suas costas.
Os olhos de Manske ficam pretos por um momento, pontos brancos olham para o gato e uma risada sádica é escutada enquanto metade do seu rosto derrete revelando seu crânio completamente podre onde o buraco do tiro mostra que o conteúdo do cérebro foi completamente destruído por dentro.
— Você não tem o direito de exercer domínio sob este corpo — A voz fala com o som sendo propagado por todo o ambiente — Ele está cumprindo nosso acordo e até lá não ouse encostar um dedo nele. O'Que ele sabe ou deixa de saber está além das capacidades desse cadáver — Um braço preto saí da barriga de Manske e aponta diretamente para o Gato — Seu final será o pior de todos guarde essas palavras — Uma poça é formada e este começa a afundar enquanto a madeira ao redor fica podre e a casa completamente sem vida.
— O pior final? — Ele sorri orgulhoso — Isso é tão certo quanto esse gato vencer Mattyyas — Ele desaparece virando fumaça.
— Me larga! — Lucca grita — O Lyril ainda pode estar lá!
— A aldeia está sendo atacada — Mordecai continua correndo — Nós precisamos ir para aquele lugar, só assim teremos chance de descobrir oque aconteceu com ele e o Manske. Você está sem um braço não tem condições de enfrentá-los sozinha — Mordecai admite claramente cansado — Nós tínhamos a chave para tudo em mãos só que é tarde agora.
— … — Ela cerra os dentes — Você ao menos sabe pra onde tá indo?
Mordecai pega o papel dobrado no bolso que apesar de meio molhado está legível e forçando os olhos anota numa parte do glossário.
— Sim, tenho o papel que Guyler me deu na entrada — Mordecai nota que Victor desmaiou — Você prefere seguir para o local ou ficar neste outro do papel?
— E para onde eu poderia ir? Não me sobrou nada… — Lucca desiste de correr, e aceita ser levada, enquanto pensa na morte das pessoas, e talvez na de seu amigo.
— Estou começando a pensar que nós precisamos nos apressar — Mordecai olha para Lucca — Estou preocupado quanto a esse Manske e o gato nos caçando por aí.
Mordecai olha melancolicamente para frente e decide ir direto para o lugar sem parar dessa vez. Conforme o tempo foi passando, Mordecai continuou correndo por horas a fio sem tempo para descansar.
Atravessando a floresta um enorme castelo pode ser observado surgindo no campo de visão e uma cidade enorme cuja metade dos prédios são praticamente ouro e cristais cintilantes é revelada.
Os guardas do portão, pequenos ratos, se aproximam dos três.
— Você está com sua cabeça a prêmio — O guarda aponta o revólver para Mordecai — Esqueceu de quando invadiu o salão?
— Ele não é aquele lobo que tem um gato como amigo? — Um dos guardas diz — Devemos mesmo confiar nele e nessa... aberraçãozinha no braço?
— Peço que deixem eles entrarem — Mordecai coloca Victor inconsciente no chão — Lucca vá ao palácio à procura do seguinte símbolo.
Mordecai abre o glossário e junta as inúmeras páginas numa ordem específica formando um símbolo completamente estranho que ninguém nunca ouviu falar na vida.
— Eu vou entrar de outro jeito — Mordecai sussurra.
Lucca pega Victor com dificuldade e segue em frente, com cuidado para não causar problemas. Durante a caminhada Victor olha para Lucca tendo devaneios com o rosto de Esposito, mas logo sua visão foca revelando o rosto vazio de Lucca. Ele fica de pé e se põe do lado dela.
— Você está sem um braço patroa — Victor pega uma taça de cerveja na mesa de um bar e engole sem o homem notar enquanto anda — Talvez esteja precisando de uma mãozinha?
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Era claro naquele momento que nada podia ser feito. Thiago estava sem movimentos e morreria sufocado no próprio sangue de seus aliados. Quando tudo se apagou, uma luz surgia novamente. Ainda que todas as circunstâncias estivessem contra sua vontade, ali estava ele vivo outra vez. Uma hiena com uma blusa preta listrada, calça preta e corrente dourada no pescoço, o encarava numa cadeira de madeira.
— Cara você tem sorte — Victor olhou apontando para o próprio peito — Eu o grande Victor Tanaka vim ao seu resgate no último segundo.
O semblante dele continuava vazio e manteve-se em silêncio olhando para o cobertor.
— Hey, vamos lá, cadê o sorrisão? — Ele abriu os lábios com os polegares.
— Sabe me dizer se as crianças estão bem? — Esposito olha para Victor.
— Cara — Victor olha para a janela focando — Você foi o único sobrevivente naquele dia.
— Mas se fala do Nolan e Arthur — Victor dá um tapinha no ombro dele — Foram transferidos para um orfanato.
Esposito tenta fazer forças para se levantar e acaba caindo no chão.
— Toma cuidado cara! — Victor segura Thiago no colo e o apoia na cama — Seus ossos estão só o farelo.
— Eu...vou me recuperar? — Esposito pergunta hesitante.
— A dona Adelaide disse que sim — Victor imita o emoji pensativo — Vai demorar uns dois anos, contudo.
Durante o passar dos dias Victor trazia pedaços de galinha, antílope e brincava com Thiago de arremesso de faca quase sempre perdendo. Quando recuperou o movimento das pernas e dos braços, sempre tinha que ir até o bar puxar o corpo desmaiado de Victor depois de cair no pau com os caras do bar.
Na promoção de cargo Victor incentivou aos guardas aplaudirem Esposito e a medalha foi dada. Andando até o depósito de armas contavam piadas.
— Por que você quer tanto mexer com os caras da OA? — Victor pergunta curioso.
— Na realidade não é algo pessoal — Esposito responde e os dois fazem um brinde — Jurei a todos os meus que os vingariam do massacre na aldeia.
— Então não é pela recompensa? — Victor se senta ao lado de Esposito — Isso parece uma missão suicida.
— Garanto que não é — Thiago sorri e começa a tocar a mesma melodia de flauta da rodoviária.
— O que significa essa melodia? — Victor dá um gole na bebida — Você vive entoando ela.
— Significa mudança diria — Esposito encara o céu — Aquele cara, o Vy, uma das cobaias, ele é diferente das demais.
— Quando conversei com ele, notei isso em sua aura — Thiago se levanta — Vamos nessa camarada?
Por um instante tudo se apaga e o vazio do inverno invade. Ainda que não esteja mais na casa, Victor fecha sua jaqueta sentido o frio… O mesmo frio de seu país, a qual foram criados e a qual trouxeram o fim a seu amigo.
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Caminhando pela floresta, a menina chorava enquanto ia para longe da vila.
— Minha nossa, você está horrível, aconteceu alguma coisa? — Uma silhueta aparece à distância.
— Senhor gato? É você — Ela anda para a silhueta — Você escapou daquele bicho?
— É claro, eu sou muito rápido — Ele se abaixa — O que houve com seu braço?
— … Minha mãe me jogou na floresta — Ela tentava falar em meio ao choro.
— Não chore amiguinha — Ele abre os braços oferecendo seu colo — Venha, vamos te levar até sua mãe.
— Você viu ela?
— Mais é claro, ela está junto da minha amiga — Ele a segura no colo enquanto limpa suas lágrimas, e lambe os dedos — Você logo logo a verá.
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Lucca, após procurar por uns minutos, se vê em um salão com um longo tapete vermelho, belas velas e um magnífico lustre dourado que ilumina toda a sala revelando as peças da mais alta nobreza dos ratos. Os talheres são normais e diversificados para os predadores de grande porte, elefantes, ratos, etc. Lucca olha quase todo o salão e então se senta em um dos sofás numa sala.
— Esse símbolo é impossível — Ela diz frustrada.
— Deixa com o papai gatinha — Victor sorri mostrando os dentes e puxa uma lupa do bolso.
Ao ficar de quatro, começa a procurar o símbolo empurrando alguns sofás, começa a abrir as gavetas, empurra com o pé alguns vãos de canto e olha embaixo de tudo sem encontrar nada ainda. Ele se senta no chão pensativo farejando ou tentando notar algo que não observou. Quando se toca é quase meio dia e a luz bate nas estruturas de ouro, todas focando no salão.
Ele começa a pegar umas cordas e retira a parte de segurar da lupa lançando a corda no lustre e prendendo a circunferência perpendicular ao sol. A luz se intensifica ao máximo revelando na parede muito sutilmente o símbolo que está reluzindo. O efeito é estranho pois a sala toda escurece como se só o símbolo fosse visível quebrando a física.
— Cadê meu beijinho? — Victor caí no chão bêbado quase desmaiando de novo.
— Você seria o último a receber um beijo meu… mas obrigada — Ela arruma sua cabeça para que não se engasgasse caso vomitasse.
O símbolo se revelou médio, como um relógio. Possuía uma circunferência onde duas cruzes se tocavam com suas pontas saindo para fora. Lucca ouve passos ao lado de fora e se esconde, puxando Victor para o banheiro. Ele se esconde fechando a tábua pulando em cima do vaso e tranca a porta. Para não despertar suspeitas, pula de compartimento em compartimento fechando. Lucca se atenta ao som da sala enquanto controla sua respiração.
— Você tem certeza de que vieram para este quarto? — Uma voz grossa surge ao fundo.
— Sim senhor, eles estavam com aquele lobo que anda com o 0-456 — Uma voz feminina responde.
— Parece que já conhecem o símbolo — Um som de móveis sendo arrastados é ouvido — Procure-os, tenha certeza de não falhar dessa vez.
— S-sim senhor.
Os passos desaparecem, por um momento o ambiente fica em silêncio.
— E agora… — Lucca se senta olhando ao redor — Talvez se sairmos pela janela…
— Droga — Victor olha pela fechadura em direção a janela — Se puder, coloca algo embaixo, não sou que nem você na queda. Creio que se tudo der certo consegue descer pelas janelas — Victor pensa enquanto brinca com o papel higiênico fazendo origamis — Sabe é nessas situações que me vem uma dúvida — Victor abre a porta para Lucca passar — Se o curupira fizer moonwalk ele vai para frente ou para trás?
— Como você está tão tranquilo? Perdemos quase todos nosso amigos, no seu caso o único imagino, e estamos literalmente dentro de um campo minado — Ela comenta enquanto tenta, por costume, segurar seu braço esquerdo. Ficando com semblante melancólico
Victor se vira antes de Lucca sair, guardando o Origami no bolso.
— Infelizmente nós estamos numa situação difícil mesmo — Victor amarra o sapato tentando forçar um sorriso — Eu só penso que se ficasse para baixo ele jamais me perdoaria. Sinceramente não sei oque aconteceu com essa coisa — Victor olha curioso para o braço cortado de Lucca — Mas nós vamos já já encontrar peças para resolver isso. Quer dizer, você enfiou aquela coisa no Otávio — Victor reflete — Deve saber mexer com essas tramoias de metal.
— … Quando eu era criança — Lucca vai até a janela e observa o lugar — Meu costumava me culpar pela morte da minha mãe… Em um dia ele chegou irritado em casa por alguma razão, e eu tinha ido mal na escola — Ela aponta para a porta pedindo para Victor olhar o lugar.
Victor assente com a cabeça prestando atenção mas ao mesmo tempo atento a qualquer indício de aproximação.
— Eu consegui sentir o cheiro do álcool da sala, então tentei correr pro sótão… Mas quando eu cheguei na escada ele conseguiu me puxar. Eu acabei quebrando meu braço, e por causa da minha “desculpa” para escapar do castigo, ele decidiu que eu daria motivo para falar que quebrei algo — Ela pergunta se o lugar está livre e, ao ter a resposta, decide ir até o corredor — Ele odiava tecnologia, dizia que só serviam para destruir… Eu decidi que iria saber tudo sobre isso, provar que ela pode criar…
— Honestamente, se eu tivesse um pai que ficasse me culpando por algo assim, largaria tudo — Victor acompanha ela até o corredor — Gostei dessa rebeldia em provar que a criação é possível através da tecnologia. Enfim, brincadeiras à parte — Victor começa a dar longos passos fingindo estar na lua — Você pensou rápido em ir ao sótão, mas infelizmente sua atitude custou um preço caro — Observando os arredores Victor se estica para pegar a parte de enxergar da lupa com cuidado e junta as peças saindo rapidamente — Não sei como conseguiu aguentar tudo isso até agora — As orelhas dele se levantam ao redor.
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Numa das caminhadas noturnas, Pris, Lyrilvy e Lucca caminhavam pela trilha da floresta que dava ao campo aberto da OA. Priscila estava com um pingente e entrega a Lucca.
— Você passa tempo demais naquele laboratório — Pris caminhava batendo as asas — Eu ficaria louca num lugar desses! Espero que o novo sistema de defesas da OA fique pronto logo — Priscila diz impaciente. Você sabe como arrasar nas suas criações — Ela brinca.
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— Você consegue pegar as roupas daquela mulher? — Ela aponta para uma pantera que ia para o salão.
— Nossa — Victor faz surpresa abrindo a boca e os olhos com as mãos na bochecha — Inveja machuca minha colega.
— Se puder morre após isso
— Pode deixar comigo — Victor aguarda a mulher ir para o local de banho se trocar — Vem cá — Victor pega a roupa e enquanto leva uma rata aparece — Sujou!
— Seu safado! — Ela atira o sabonete em Victor, que vaza dali.
Lucca mistura sua roupa com as roupas da mulher e coloca umas toalhas na manga, falsificando um braço com a mão no bolso.
— E quanto a você… tira essa jaqueta e coloca algo no rosto — Ela olha pelo corredor buscando algo que pudesse ser usado — Tem muito velho de óculos por aqui — Ela entra no quarto novamente.
— Hmm — Victor começa a vasculhar pelos quartos e se debruça num armário — Tem uma bandana que posso usar!
Victor guarda a Jaqueta e retira a calça e o sapato. Ao entrar no banheiro masculino faz uma ducha rápida com o essencial como shampoo, sabonete e escovar os dentes. No caminho vai fazendo as unhas para se manterem mortais e não muito perigosas. Agora usava um boné vermelho, uma bandana no focinho, chinelo de madeira japonês e sob a blusa preta listrada em branco uma jaqueta de couro preta punk com uma calça de couro com espinhos.
Ele tenta pentear o pelo mas se balança preferindo bagunçado e saí.
— Como estou? — Victor faz uma pose de militar do exército fazendo referência — Serei Stuart um burguês que veio em busca de você sua filha Letícia Francesca o'que acha?
— Ehr… Stuart, eu sou Priscila, estou te acompanhando como uma visitante de fora — Ela joga uma água no rosto, exibindo uma expressão mais suave — Então que tal me apresentar o lugar? — Ela abre a porta o chamando com a mão.
— Certo jovem Priscila — Victor acompanha ela pela porta — Nós temos a informação do símbolo, mas oque fazemos com ele agora?
— Vamos procurar por Mordecai, ele disse que iria entrar por outro lugar, enquanto isso tentamos ver se descobrimos algo olhando por aí — Lucca coloca Victor de seu lado esquerdo, garantindo que ninguém se foque tanto em seu braço falso.
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Obscuration
Misteri / ThrillerUm grupo denominado Olho de Águia agia em prol da segurança do mundo, até que uma seita macabra passa a arquitetar planos que podem ocasionar a destruição do Universo como conhecem...