Le symbole II

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— A Lucca borrifou em mim quando eu saia do banho — Ele diz calmamente enquanto olha para o rosto de Mordecai e sorrindo ao ver que seu amigo parecia descansado enfim — A quanto tempo nos conhecemos? — Ele olha para as nuvens.
— Suponho que a alguns anos — Mordecai observa as nuvens também só que foca mais na distância do céu azul — Você provavelmente lembra o número exato devido a memória qual era mesmo? Com todos esses acontecimentos e minha irmã — Ele suspira — Tem sido difícil guiar o curso das coisas.
— Guiar?
— Sim — Mordecai se deita no amarelo do campo relaxando — Nós temos um destino, só que acho justo descansar de tudo isso.
— Acredito que faz uns 10 anos… Acho que durante todo esse tempo eu nunca disse como me sinto sobre você, ou sobre alguém — Seus batimentos ficam diferentes, como se estivessem querendo parar.
  Mordecai, dessa vez ao notar a diferença nos batimentos começa a focar na cinestésica visual prestando atenção aos seus arredores no menor índice de movimento.
— Nós nunca tivemos muito tempo juntos no fim das contas — Mordecai junta os dedos como em reza, mas sem estar tão rígido — Algumas coisas podem permanecer num cofre por anos antes de saírem. As relações são complexas demais — Mordecai abre seus braços e pernas aproveitando o vento — Mesmo alguém como eu já cometeu erros no passado. Era uma pessoa obstinada demais — Mordecai prossegue — infelizmente isso não me levou a lugar algum antes de entender que o valor estava no ato e não no resultado.
— Eu… queria pedir desculpas pela missão. Você fica me defendendo e falando de mim. Mas veja só onde fomos parar — Ele retira seu colar e o olha entre a luz do sol — Para um gato eu não fiz muito. Lucca, Pris, você, Manske, poderiam estar tranquilos agora vendo mais um caso como sempre fazíamos.
  Mordecai se levanta limpando sua blusa e direciona o tronco em direção a Lyrilvy olhando o colar que está segurando.
— Nós poderíamos estar, isso é um fato inegável — Mordecai tenta se manter estável com o comentário da Pris — Depositei minha confiança em você e não me arrependo por um só segundo. Você, Manske e eu somos os fundadores originais da organização — Mordecai olha para Vy com as orelhas baixas — Cada um carrega uma parcela de culpa — Manske poderia ter contactado os membros, você acabou deixando de agir.... — Mordecai olha para o horizonte com a voz baixa — E eu fiz parte de uma atrocidade. Apesar disso, se nós continuarmos nos culpando por esses erros — Mordecai cerra os punhos e mantém um olhar firme — Vamos assumir que temos o controle da vida, oque não é uma verdade imutável. Depois do erro, o'que vem a seguir é uma onda de desesperança e sentimento de fracasso — Mordecai abre as patas vendo os pequenos insetos se movimentando enquanto carregam folhas. Nós devemos continuar trabalhando em prol de uma sociedade melhor — Mordecai se encosta na árvore — Sobretudo perdoou o caminho que você decidiu trilhar. Eu deixei muito peso sob suas costas — Mordecai prossegue — Algo que vem de uma rixa estúpida entre duas nacionalidades.
— Eu sempre soube dos riscos — Ele se vira olhando os gansos no lago — Só que não pude prever algo que poderia destruir nossas vidas. Talvez meus esforços e auxílio tenham sido insuficientes — As folhas são levadas pelo vento — O importante é que vocês estão vivos. Você tem alguém a quem pode chamar de amigo — Mordecai checa o relógio outra vez — Só que temo não conseguir salvar você a tempo. Eu não disse, mas entrei em desespero naquele momento — Mordecai volta a ver os gansos — Poderia entregar minha vida, mas não deixaria aquela arma chegar próxima de vocês — Ele avista Lucca caminhando até eles. Ela pergunta com gestos se deveria voltar mais tarde. Ele diz que sim em sinais de libras fáceis de entender.
— … Quando eu encontrei aquela coisa pela primeira vez, eu e Lucca estávamos na passagem do vestuário — Ele se deita — Quando minha cabeça era bombardeada com imagens, eu… tive a impressão de ver coisas que não me recordo de ter vivido, foi só por uns segundos mas… eu achei que algo fosse estourar minha cabeça… Meu maior medo era que Lucca morresse — Ele joga o colar para Mordecai e suspira — Acho que isso vai me assombrar para sempre haha — Ele se levanta e, de forma desajeitada, abraça Mordecai ainda sentado — Me desculpa.
  Lucca observava à distância por trás de algumas plantações. Ela entra na sala e se senta, enquanto suspira.
— Finalmente colocaram para fora.
— Essas imagens provavelmente têm algum significado — Mordecai diz reflexivo — Você foi algo de um experimento, afinal de contas. Apenas tenha cuidado com essa sensação de estouro, certo? — Mordecai recebe o abraço e sorri de canto de boca — Depois devolvo para você o colar. Você protegeu Lucca isso por si só basta — Mordecai se levanta e se apronta para andar — Deus sabe lá o'que teria acontecido se não tivesse agido rápido e usado até mesmo itens da mochila pegando no ponto fraco. Bem, você acertou nisso — Mordecai faz um joinha em aprovação.
— Senhorita Lucca? — O cão abre uma bandeja revelando Strogonoff — Bom apetite.
— Oh, obrigada — Ela se senta na varanda para comer ao ar livre.
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  Na casa da fazenda, Valéria é guiada por Guyler e percebe uma parte onde tem várias cabines e grades de metais onde Esposito e Victor se encontram amarrados e agora vestidos com as roupas de fazenda enquanto os serviçais lavam as antigas.
  Thiago olha para Valéria reconhecendo a voz dela e observa com seus olhos verdes cintilantes.
— Valéria da velha guarda? — Esposito nota a feição fechada da moça.
— Sim sou eu — Ela se inclina batendo na grade — Vocês mexeram com a família do meu irmão, isso envolve se meter comigo.
— Então agora você se importa com perdas? — Thiago sorri falsamente debochado — O atual líder da 'nova guarda' sem dúvidas é mais eficiente do que você.
— Você sabe que não tive intenção… — Valéria olha com um semblante triste para o chão.
— É claro que não — Uma sombra cobre a face de Esposito — Vocês me deixaram num buraco de lama predestinado a morrer sem conseguir me mover. Eu aceitei minha morte porque naquele momento nada mais importava — Esposito olhava para Valéria — Olhe para mim quando eu falo com você — Esposito fala em tom seco — Ignorar isso não vai mudar nada.
  Valéria se afasta da e se apoia na parede fumando.
— Suas atitudes não podem ser justificadas pelo passado — Valéria pega a katana dele com a empunhadura dourada e a saca sob a luz reluzente — Que bonita, será que poderia ficar isso?
— Vão me roubar agora? — Esposito abre as mãos presas — Uii que criativo.
— Poxa moça me tira daqui fazendo um favorzinho — Victor acorda escutando a discussão — Faz horas que não vou ao banheiro, vou mijar nas calças.
— Calado! — Valéria soca a grade — Só com um vigia.
— Ah vai nem me dar um beijinho? — Diz Victor.
— Hehe… — Ela vai em direção a grade e os quatro homens seguram ela — ME DEIXEM BATER NESSE PROJETO DE REI LEÃO!
— Você vai deixar ele te provocar assim? — Guyler diz enquanto pega uma bala de seu bolso.
— Se não fosse pelo meu irmão vocês estariam no outro mundo — Valéria olha para Victor de modo ranzinza — Depois que cumprirem os papeis vão levar uma surra daquelas.
— Me bate que eu vou gostar zé da manga — Diz Victor sorrindo.
— Ela está mais para o cara que perdeu a goiaba e não pegou o ônibus há! — Esposito e Victor fazem um mini tapinha batendo os dedos.
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  Chegando próximo a varanda, Mordecai avista Guyler, que sai da casa gritando para Lyrilvy
— PARA DE FUGIR PROJETO DE PELÚCIA!!! — Ele para por um momento — Boa tarde Mordecai.
— Meus Deus eles ainda tão nisso? — Lucca comenta enquanto saboreia seu prato.
— Boa tarde, Tio Guyler — Mordecai também cumprimenta Guyler, nem muito frouxo nem muito apertado — Olá Lucca não sabia que gostava de Strogonoff.
— Eai — Lucca acena com a cabeça
— Calma calabreso! — Victor grita para Guyler — Nunca ouviu falar que gato gosta de sair pela rua para brigar em cima do telhado?
— Isso faria dele tipo um gato que briga só que no mato? — Diz Esposito segurando o riso — Cuidado com o tigre do Sucrilhos.
— Eu posso matar eles? — Guyler pergunta para Mordecai.
— Recomendo ignorarem que eles vão parar — O camaleão traz um Caviar Ouro Branco e Mordecai para por um momento refletindo e começa a comer.
— Peraí… — Ele busca por Lyrilvy — Pra onde ele foi? — Ele olha para Lucca — Você viu né?
— Vi sim, mas você que se vire.
— Recomendo se guiar pelo cheiro que ela usou nele hoje — Diz Mordecai limpando a boca com o lenço — Tenho o colar em patas se precisar recordar o cheiro.
— Ele tirou o colar? — Lucca olha surpresa.
— Passa pra cá — Guyler diz em tom irritado.
— Nós vamos jogar no tigrinho — Mordecai diz entregando na pata de Guyler — Qualquer coisa não hesite em me chamar — Ele olha sério para Lucca terminando de comer — Sim, ele tirou o colar. Recomendo irmos os três.
— Hmm, tá bom então, isso me lembra os jogos da infância — Ela leva o prato para a cozinha.
  Mordecai se levanta e entra no quarto trocando as roupas rapidamente aproveitando que a noite se aproxima. Ele coloca o glossário na maleta de couro e leva consigo, aguardando todos do lado de fora.
— Vamos então? — Guyler diz cansado de esperar.
— Relaxa um pouco — Lucca comenta.
  Mordecai começa a caminhar seguindo o rastro do cheiro enquanto os vagalumes começam a acender suas luzes com a chegada da noite e a lua cheia começa a subir de pouco em pouco. Mordecai sente vontade de uivar mas consegue se conter.
— Enquanto o ar se manter parado poderemos seguir — Guyler comenta enquanto cheira o colar — Aliás, por que você jogou perfume nele?
— Ah… Eu só queria encher o saco dele.
— Certo — Mordecai, ao notar Guyler cheirando, fica de quatro e começa a sentir o chão e as pequenas vibrações com maior intensidade focando no tato.
— Acho que achei ele! — Ele corre até uma moita, encontrando a camisa de Lyrilvy — Filho da pu-
— Ow — Lucca interrompe
— Desculpe.
— Parece que sim — Mordecai foca na audição e compara novamente os batimentos do Vy se mantendo um pouco na frente do Guyler — Por que demorou tanto?
  Esposito força a corda quebrando um de seus dedos e se desamarra furtivamente ajudando Victor e fazendo um sinal de silêncio. Quando os dois estão soltos juntam seus brincos e fazem uma ferramenta que consegue abrir o cadeado. Os dois apagam os guardas e usam a roupa deles abrindo a caixa de madeira e recuperando suas armas.
  Victor nota que Valéria está dormindo e aponta para uma janela onde os dois conseguem pular e começam a correr rapidamente. Ele faz uma careta imitando a Valéria dormindo e Esposito dá um tapa no ombro dele mandando focar.
  Os dois começam a se esgueirar pelo campo buscando serem ardilosos e não fazerem qualquer barulho sequer.
— Tch, eu esperava que vocês fossem para outra direção após verem a camisa — Lyrilvy aparece — Me esqueci dessa sua audição — Ele diz brincando, seu olhar estava distante, quase vazio.
— Se afastem — Mordecai diz sério — Deixem que eu falo com ele, fiquem juntos aí — Ele observa Lyrilvy sorrir sem mostrar os dentes, porém algo estava errado. Não parecia ser o mesmo sorriso que ele tinha. Seus batimentos eram continuavam lentos — Você vai pegar um resfriado — Mordecai recolhe a camisa entregando para Vy — Por que seu desejo era nos afastar? — Ele diz de forma que apenas ambos ouvem.
— Ah é — Ele coloca a camisa de forma lenta — Você vai descobrir em breve.
— Mordo sai de perto dele! — Lucca diz eufórica —
  Mordecai deduz que talvez haja algum perigo iminente devido às circunstâncias atuais e se lança para trás rolando e empurrando com as patas para ficar de pé novamente.
— Onde tá o Lyrilvy? — Ela pergunta ameaçando atacar.
  Mordecai olha para ela confuso.
— Ele tentou despistar a gente, claro que é o Lyrilvy — Mordecai se aproxima com intenção de abraçar ele — Isso tem alguma relação com as memórias? Por favor me conta — Quando Mordecai se aproxima ele saca sua espada visando o decapitar.
— Hmm — Ele se dobra como um boneco de pano e salta para trás, seu sorriso desaparece — Como me descobriu?
— Eu arranhei o Lyril hoje de manhã, você não está nem com cicatriz — Lucca diz com raiva.
— Ah — Ele diz em tom seco — Que amiga mais cruel você é, eu não faria isso com um amigo meu — Ele levanta os braços zombando.
— Já chega disso — Guyler corre na direção do gato.
— Que saco — Ele mostra uma expressão de raiva enquanto abaixa os braços.
— Guyler seu afobado volte aqui! — Mordecai grita o segura — Deem meia volta, nós precisamos sair daqui — Mordecai diz olhando para Guyler sério — Se você morrer todos daquela aldeia estarão em perigo — Eles correm em direção a Lucca, que os acompanha.
— Isso é falta de educação da parte de vocês — O gato grita parado no mesmo lugar.
— Isso provavelmente tem alguma relação com as coisas que o Lyrilvy me contou — Mordecai diz correndo de quatro sem olhar para trás focando na cinestésica do tato.
— Ele te disse alguma coisa!? — Lucca pergunta.
— Hora mais que coisa — O gato caminha até algo brilhante no chão — Parece que alguém esqueceu o brinquedinho — Ele coloca o colar de Lyrilvy.
  Mordecai responde a Lucca de forma sucinta enquanto corre para economizar ar.
— Eu decidi ficar em alerta — Mordecai continua — Só que temia que um movimento em falso fizesse o tiro sair pela culatra e sobretudo não tinha como acertar que o que estava de errado era algo assim — Mordecai se lembra da promessa que fez para Lyrilvy e antes que parasse lembra que seu objetivo é salvar o máximo de vidas possível, então acelera o passo pensando em como recuperaria outra hora.
— Você me salvou Lucca, agradeço — Mordecai diz — Sua evidência era oque mais precisava para não cometer um erro.
— Eu não entendo, era ele falando com você, ao menos deveria ser — Lucca comenta
— Aquele cara era um traidor esse tempo todo? — Guyler diz irritado.
— Os batimentos indicam que provavelmente era ele — Mordecai explica — Só que ainda assim não confirmo.
— Ele ficou estranho assim que o médico tentou examinar ele — Lucca comenta ofegante.
— Então, no fim tudo começou com o médico? — Mordecai olha para Lucca tomando nota de sua falha em não estar presente.
  Robert lança um tiro de sniper na direção de ‘Lyrilvy', e fica olhando fixamente para o gato. Ele está confuso com essa situação estranha.
— Quem é você? Você não parece um inimigo que já conheci...ou algum colega que eu conheço do que acabei de ver…
  O gato cai no chão com o tiro em sua cabeça. Ele se levanta cambaleando
— Você cumprimenta seus colegas assim? — Ele se agacha devagar — Eu acho que preciso de um médico.
— Após tratarmos de suas feridas, Lyrilvy pediu para que eu fosse a próxima. Mas quando o dr foi olhar ele, ele recusou — Lucca comentou.
— Eu mandei o médico examinar de qualquer forma, afinal ele tinha umas feridas — Guyler continuou após Lucca — Ele parecia uma criança com medo de agulhas... então eu ordenei que os soldados o colocassem pra dormir.
Robert continua a olhar para o gato, e percebe que ele está se fazendo de vítima. Ele não acredita nessa história, mas ainda assim pergunta:
— Então...você é um gato? O que você faz aqui? — Ele fica mais irritado, e dá um passo em direção ao gato. Ele não quer que o gato se meta com ele, mas também não consegue evitar a sensação de querer matar esse animal estranho.
— O que você está fazendo aqui? Você é uma ameaça pra mim ou só é chato? — Robert avança mais um pouco, e fica cara a cara com o gato. Ele parece estar prestes a atacar — Se você não falar agora...eu vou te matar.
— Ter agido de forma evitativa devido ao procedimento médico foi no mínimo suspeito — Mordecai olha para Lucca e depois para Guyler — Recomendo se conter mais daqui em diante, existem coisas acontecendo que estão além da nossa compreensão se nós agirmos por impulso encontraremos nosso fim.
— O problema mesmo — Lucca diz de forma irritada — Foi que quando Lyril ficoi inconciente, ele bateu a cabeça na mesa, graças a esse idiota.
— COMO EU IA SABER!?
— Depois de vermos que ele estava respirando, o Guyler levou ele até a ala médica, para ver se ele estava bem — Ela toma ar — Quando tiramos o ultra som ele de repente levantou surtando.
— Espera o Vy bateu com a cabeça na mesa? — Mordecai se levanta agora que estão próximos ao abrigo e olha seriamente para Lucca — Esses surtos repentinos não me cheiram coisa boa.
—AII! — Victor grita depois que Lucca pisa na pata dele enquanto corre — Cuidado oh pé de golias!
— Você só tinha um trabalho — Esposito se levanta e olha para Mordecai com desprezo — Não me entenda mal, não quero mais nada com você, só peço permissão para me retirar depois de ver aquela coisa.
— Nós ainda temos assuntos a tratar — Mordecai tosse um pouco de sangue e olha para Esposito — Isso envolve um amigo meu, então esteja pronto para dar sua vida se necessário.
  Os cinco conseguem chegar em segurança em casa e Mordecai vai até a suposta mesa em que Lyrilvy bateu a cabeça devido aos descuidos do Guyler.
— Você tem mais alguma informação além disso? — Mordecai observa Lucca — Ainda tem o assunto que nós devíamos discutir a sós.
— Eu deveria ter conversado com você antes sobre o rolo quando me viu na distância.
— O que você deseja aqui? — O gato se levanta, enquanto lambe o próprio sangue.
  Robert olha para o gato, com uma expressão de surpresa. Ele não esperava que ele não se machucasse.
— Eu vim aqui por causa de você...você parece estar em problemas — Logo o cão fica em silêncio por um momento, pensando no que fazer. Ele percebe que o gato pode ser mais forte do que ele imaginava, e isso é assustador — Eu posso ajudar...mas você precisa me dizer porque está machucado — Robert continua olhando para o gato, que está agora com um olhar vazio. Ele parece ter se cansado de falar, e só quer ficar sozinho. Devido a seus instintos aguçados e semelhança no 'estilo de criação' sente uma sensação de compaixão pelo gato — Ok...eu vou me ir… — Robert acena com a cabeça, e começa a se afastar do gato. Ele parece ter deixado de sentir tanto ódio assim por ele — Tome cuidado...e não faça escolhas ruins.
— O você procura foi para lá — Ele aponta para a casa em que os três estão — Eles tentaram me matar…
  Robert olha para onde o gato está apontando, e percebe que é um vilarejo grande. Ele não sabe quem são essas pessoas, mas já começa a ter um pressentimento ruim.
— Você está dizendo que eles tentaram te matar? E você foi atrás deles porque...? Isso não importa, conversarei com eles.
— Na verdade eu só fiquei sabendo desse surto pelo Guyler, que estava atrás dele. Quando vi ele com você pensei que ele estava assustado com algo, talvez um trauma — Lucca explicou
— Ele gritou alguma coisa no ultra som. Os médicos foram lá pra tirar ele e então ele só quebrou o braço do dr e saiu correndo pela janela do corredor.
Valéria abre a porta em meio ao alvoroço e encontra os cinco dentro da casa.
— Esses estúpidos desmaiaram os guardas! — Valéria se aproxima — Onde vocês estavam? Parece até que viram um fantasma.
— O que eu queria falar com você era sobre o sonho do Lyrilvy.
—Sonho do Lyrilvy? — Mordecai presta mais atenção do que o costume.
— Ele te contou na floresta.
—Faz sentido — Mordecai começa a pensar mais a respeito — Estava um pouco desligado no momento.
— O que tudo isso tem haver com essa situação afinal? — Guyler pergunta
— O'Que cês tão falando minha gente!? — Valéria olha para Guyler — É interpretação dos sonhos isso?
— Eles tinham um arquivo com um projeto com o nome do Lyril, onde está?
— Deve estar no armário dos fundos — Guyler responde.
— O arquivo é claro — Esposito comenta vestindo seu kimono — Está incompleto mas ainda pode ser útil.
— Mordecai — Diz Victor, se aproximando dele — Eu sou seu fã, pode me dar seu autógrafo?
  Mordecai só escreve seu nome e o ignora. Logo em seguida, um robusto pastor alemão abre a porta devagar e olha para Esposito e Victor os reconhecendo.
— O gato me disse que vocês tentaram matar ele — Comenta Robert cruzando os braços — Achei legal pois também tentei e falhei.
— O'Que aconteceu para o tratarem assim? — Robert questiona.
— Você o que? — Diz Lucca.
— Ele disse que falhou? — Guyler comenta.
— Um tiro de sniper na cabeça e nada — Robert olha para todos.
— Eu desisto — Guyler se senta no armário — Isso chegou a um nível de loucura intankavel.
—Creio que agora você sabe o'que teria acontecido com você — Mordecai diz dando um tapinha no ombro de Guyler — Cuidado.
— Toc Toc — O gato aparece na janela — Acaso me permitem me unir a vocês?

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