Mattia afastou-se daquele verme. Depois do que ele havia dito, era exatamente isso que ele era. Olhou para ele mais uma vez, incrédulo. Só podia ser uma piada. Aproximou-se e começou a gargalhar. Riccardo e os outros homens o olharam, sem entender nada. Riccardo se aproximou de Mattia.
- Andrea, qual é a graça? - Perguntou, segurando o fuzil.
- Sabe o que esse desgraçado me disse? - Mattia ainda ria, olhando para Riccardo. Riccardo deu de ombros, confuso. - Ele ofereceu sua filha como pagamento! Isso não é uma piada?
- O quê? Ele fez isso? - Riccardo olhou para o infeliz, todo ensanguentado, tentando se levantar. Com dificuldade, o velho conseguiu ficar em pé.
- Não é piada... Cof... Cof... - O homem cuspiu sangue, limpando a boca com as costas da mão e voltou a olhar para Mattia. - Estou oferecendo minha filha como pagamento...
- Está falando sério? - Mattia deu um passo à frente, levantando a sobrancelha direita. - Está oferecendo sua filha como pagamento da dívida que me deve?
- Sim... Ela tem vinte e um anos... - O velho se aproximou e fez um gesto com a mão, indicando que queria falar no ouvido de Mattia. Mattia se inclinou, permitindo que ele falasse. - Ela é virgem. - Antes que ele pudesse terminar, Mattia deu um soco no estômago do homem, seguido por outro no rosto, e o jogou no chão. Quando estava prestes a continuar a agressão, ouviu gritos.
- Pare! Pare de bater nele! - Uma jovem entrou correndo e se ajoelhou ao lado do homem, tentando ver se ele estava bem. - Pai? Está me ouvindo? Por favor, diga algo! - Ela estava ajoelhada, com as mãos no rosto do pai. Mattia não conseguia tirar os olhos dela. Era linda, com cabelos cacheados presos em um rabo de cavalo e uma voz doce e suave. Saiu do transe ao ouvir a voz daquela jovem.
- Como você pode fazer isso com ele? Não tem coração? - Ela perguntou, brava, avançando para empurrar Mattia. Riccardo se preparava para intervir, mas Mattia ergueu a mão, indicando para que ele ficasse onde estava. Voltou a olhar para ela, seriamente.
- Tenho que dizer, ou você é muito corajosa ou não sabe quem eu sou. Vou apostar na segunda opção. - Disse Mattia. Ela piscou várias vezes, engolindo em seco, mas manteve o olhar firme.
- Eu sei quem é você...
- É mesmo? Então diga como me chamo. - Mattia deu um passo à frente, ficando muito perto dela. Podia ouvir seu coração batendo mais rápido.
- Você é o Mattia... - Ela disse, com a voz trêmula. Mattia se afastou e sorriu.
- Chefe, o que fazemos? Eliminamos a moça e continuamos cobrando esse velho para que ele pague? - Perguntou Riccardo. Mattia olhou ao redor da casa. Não havia nada de valor. Dirigiu-se à cozinha, abriu a geladeira e encontrou-a vazia. Voltou para a sala, onde estavam a jovem e seus homens, junto ao velho desmaiado.
- Ei, você. - Apontou para a corajosa jovem.
- Eu? - Ela perguntou, levantando o dedo para si mesma. Mattia assentiu.
- Vá para o seu quarto e arrume suas coisas. Você vai para a minha casa. - Disse ele, com as mãos nos bolsos.
- Eu não vou. Você não manda em mim. - Ela respondeu com firmeza. Mattia levantou a sobrancelha, surpreso com sua ousadia.
Emma chegou em casa e encontrou a porta arrombada. Um homem alto, forte e musculoso estava lá, e seu pai estava todo machucado, com sangue escorrendo do rosto. O homem que Emma deduziu ser Mattia socava seu pai repetidamente, até que Emma interveio.
- Não! - Gritou Emma, jogando-se na frente do pai. - Pai? Está me ouvindo? Por favor, diga algo! - Ajoelhada, com as mãos no rosto do pai, Emma chorava. O pai dela estava com os olhos fechados, mas ainda respirava, embora com dificuldade. - Como você pode fazer isso com ele? Não tem coração? - Perguntou Emma, desesperada.
Mattia balançou a cabeça, como se estivesse pensando em algo. Olhou para Emma, avaliando-a. A jovem, visivelmente brava, avançou e empurrou Mattia. Um homem branco ao lado de Mattia, que Emma supôs ser Riccardo, preparava-se para agir, mas Mattia o conteve.
- Chefe, o que fazemos? Eliminamos a moça e continuamos cobrando o velho? - Perguntou Riccardo. Mattia olhou ao redor da casa, que estava praticamente vazia. Foi até a cozinha, abriu a geladeira e voltou para a sala.
- Ei, você. - Apontou para Emma.
- Eu? - Perguntou ela, confusa. Mattia assentiu.
- Vá para o seu quarto e arrume suas coisas. Você vai para a minha casa. - Disse ele, com calma.
- Eu não vou! Você não manda em mim! - Emma respondeu com firmeza. Mattia se aproximou, ficando bem perto dela.
- Acho que você não ouviu direito. - Ele começou, mas Emma o interrompeu.
- Ouvi sim. Eu não vou a lugar nenhum! Não sou um cachorro para obedecer suas ordens. - Emma enfrentou Mattia com coragem.
- Você está me desafiando? Acho melhor fazer o que estou ordenando, ou quer pagar para ver? - Disse Mattia, enfatizando suas palavras. Emma olhou ao redor, depois para Mattia, e finalmente abaixou a cabeça.
- Então vá para o seu quarto e arrume suas coisas. - Ordenou Mattia. Emma, derrotada, foi para o quarto, fechou a porta e se jogou no chão, chorando. Olhou para o teto, perguntando-se por que tudo isso estava acontecendo. Agora teria que ir para a casa daquele homem horrível. Mas por quê?
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Vendida para o mafioso dominador
RomanceMattia Di Lauro é filho do bandido mais cruel e perigoso, o Marco Di Lauro, depois que seu pai foi preso ele que tomou conta dos negócios da família. Mattia puxou o gênio do seu pai, além de cruel é também sanguinário, principalmente quem lhe deve...