13- Promessa cumprida

53 6 51
                                    

Oie, boa leitura! ♥️

Como desculpa por ter demorado tanto pra atualizar na última semana, trago uma atualização mais cedo!!

Dor.

Foi a primeira coisa que Anderson sentiu ao acordar, foi uma dor de cabeça terrível. Sentia que as têmporas latejavam. Fechou os olhos novamente tão rápido quanto foi abrí-los, sem se dar conta de onde realmente estava.

Estranhou não sentir o peso extra ou ouvir o ronronar suave de suas gatas de estimação, que gostavam de passar a noite em seu quarto. Mas os cobertores que o envolviam eram tão fofinhos e o cheiro da roupa de cama tão agradável que não se incomodou, ou apenas não quis levantar.

Demorou para abrir os olhos novamente, evitando isso ao máximo como se fosse suficiente para afastar a dor. Olhou para o quarto que estava. Não reconheceu. Sentiu um leve desespero por não saber onde estava, assustado, querendo muito entender como chegou aí.

As paredes eram de um tom terracota suave, combinando com as roupas de cama brancas.

Olhou em volta, cada vez mais confuso com onde estava. Um guarda roupa de madeira, de uma cor que ornava muito bem com os demais padrões claros. Uma escrivaninha recheada de coisas e uma estante de livros ao lado. Algumas plantas verdes e bem cuidadas espalhadas pelo móvel. Na varanda, um par de cortinas brancas dançava preguiçosamente, acompanhando o movimento da brisa que escapava pela porta de vidro entreaberta. Viu seus coturnos alinhados e colocados ao lado da porta do quarto.

Então ele olhou para o lado, onde ficava um criado mudo. Alguém havia deixado ali um copo com água e um comprimido para dor de cabeça. E então ele viu um porta retrato. E foi fácil reconhecer a pessoa na foto, e por isso ele ficou tão confuso. Certamente era Elídio ali, com uma pequena Eleonor de no máximo seis anos sentada no colo do pai.

Sentado naquela cama macia, a dor de cabeça parecia ainda mais intensa. Tratou de pegar o comprimido e engolí-lo. Sua garganta estava tão seca que bebeu o conteúdo do copo de uma vez.

Procurou seu celular nos bolsos das calças, mas não foi surpresa alguma ver que o aparelho estava completamente descarregado.

Jogou a cabeça para trás, indo de encontro à cabeceira macia. Passou a mão pelo rosto, sentindo-se completamente cansado e confuso, tentando entender como tinha chegado ali e porque, aparentemente, era a casa de Elídio.

Forçou sua mente a lembrar da noite passada, para ver se compreendia. Lembrou de pequenos flashes perdidos. Risos, Marianna oferecendo drinks mirabolantes, um Daniel choroso o abraçando e dizendo que o amava. Uma dança com Elídio.

A dança com Elídio.

Lembrava de, em um momento de impulsividade completa, dizer a Elídio que queria beijá-lo. Em seguida reafirmar que gostava dele. E lembrava também de Elídio triste, pedindo desculpas e se afastando.

Mas isso não explica como ele tinha acordado ali, no que parecia ser a casa de Elídio. Não explicava como tinha chegado até aquele quarto.

Um quarto que parecia muito ser do próprio Elídio, também.

Decidiu se levantar, espreguiçando o corpo e bocejando longamente antes de sair do quarto. O apartamento estava silencioso, e ele parou alguns segundos para observar a decoração do lugar. As paredes seguiam o mesmo tom terracota, e os móveis de madeira faziam contraste com vários elementos brancos na decoração. Tinham muitas plantinhas espalhadas pela casa também, e, movido pela curiosidade, Anderson andou até a sala de estar.

Sorriu ao ver diversos porta retratos dispostos no rack. Muitos da Eleonor quando criança, e todos eram absurdamente fofos de se ver. Mas teve uma outra foto que verdadeiramente chamou sua atenção. Era do casamento de Daniel. Nascimento usava um bonito terno em um tom creme, quase branco. Seus cabelos ainda eram levemente longos e evidentemente cacheados, algo que surpreendeu Anderson, que não sabia daquilo. E ao lado dele uma mulher tão sorridente quanto, vestindo um vestido de noiva deslumbrante e segurando um buquê. Elídio estava ao lado deles, de terno azul e com uma pequena Eleonor de três anos em seu colo, vestindo um vestidinho de daminha de honra. A garotinha não olhava diretamente para a foto, porque estava fascinada pelo véu que Karina usava.

 A física do amor ♪ (anidio • barbixas!)Onde histórias criam vida. Descubra agora