15- Taça por taça

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Oiê,  boa leitura amores ♥️

Só quero dizer que amo esse capítulo de coração

— Pai — Eleonor disse em um tom crítico, que fazia com que Elídio apenas risse da tentativa falha da menina em repreendê-lo — Não acredito que você vai com uma camiseta estampada! Meus olhos doem só de olhar pra essa coisa tenebrosa.

— Está sendo dramática, Lelê — resmungou, enquanto calçava um tênis vermelho surrado. Era seu favorito, fazer o que? E a sua blusa nem era das mais estampadas, mas Eleonor gostava de fazer drama. Vestia uma camisa preta, com várias cerejas e folhinhas verdes espalhadas por todo o tecido.

— E esse tênis, Elídio Sanna?!

— É confortável.

— Deve ser mais velho que eu.

— Você está exagerando, filha. Só vou jantar pizza com um amigo. Não é um encontro nem nada parecido, não precisa de tanto alarde.

— Eu sei — disse, embora ela torcesse muito para ser, sim, um encontro. Da parte de Anderson seria, mas vindo de Elídio é complicado. Embora a própria percebesse que Anderson não era como qualquer outro amigo para Elídio, estavam se tornando mais próximos. Ele estava se tornando mais especial. Era por isso, também, que apoiava tanto que Andy não desistisse de conquistar seu pai, ela sabia que poderia dar certo — Só quero perturbar você.

— Imaginei. Tchau, meu amor — disse, sorrindo ao depositar um beijinho no topo da cabeça da filha — Tem jantar na geladeira, se cuide. Se precisar de alguma coisa me ligue.

— Tchau, aproveita, pai — a garota desejou, sorridente — Volte tarde! — disse por fim, fazendo com que Elídio risse outra vez, enquanto fechava a porta e seguia em direção ao elevador.

Antes de sair de carro, Elídio conferiu a última mensagem mandada por Anderson, confirmando o local onde ele morava. Nem se surpreendeu ao perceber que Bizzocchi morava em um bairro nobre, em um prédio com aluguel potencialmente muito caro.

Levou pouco mais de dez minutos para chegar até o prédio em que Anderson vivia, tendo a sorte de não enfrentar quase trânsito algum.

Andou devagar pelo saguão de entrada, observando com surpresa e curiosidade a beleza e imponência daquele lugar. Às vezes esquecia do quão bem sucedido e famoso Anderson era. Embora tivesse o conhecido graças a sua fama, não era isso em Bizzocchi que o chamava atenção.

O porteiro sabia que o cantor esperava a visita, e deixou que Elídio subisse sem problemas. Chegou ao décimo andar, e conferiu se o número do apartamento estava correto antes de tocar a campainha.

Lá na cozinha, Anderson já adiantava algumas coisas para a pizza quando ouviu a campainha sendo tocada. Limpou as mãos em um pano de prato apressadamente e quase tropeçou em Lótus, que pareceu ter decidido que era uma ótima ideia andar próxima aos seus pés.

— Elídio, boa noite! — exclamou já sorridente, assim que abriu a porta e viu Sanna ali.

— Oi, Andy — entrou no apartamento, observando a decoração bonita e simples, que seguia uma paleta de cores acinzentada e elegante. Anderson fechou a porta atrás de si e fez sinal para que Sanna o acompanhasse até a cozinha — Que linda! — disse, ao ver uma gata de pelagem preta andando junto ao dono.

— Ah, essa daqui é a Lótus! Tenho a Sophia, também, que está na cozinha tentando roubar queijo.

— Nomes incomuns.

— Eu sou um pouco incomum, também.

— Eu percebi isso — comentou vagamente. Não explicou porque, mas em sua mente correram memórias do dia em que Anderson disse que estava determinado a conquistá-lo. E depois a noite no bar em que ele disse que queria beijá-lo. Ainda era algo que voltava para sua mente muitas vezes, mais do que gostaria — Como foi sua semana, Andy?

 A física do amor ♪ (anidio • barbixas!)Onde histórias criam vida. Descubra agora