A física do amor ♪ (anidio • barbixas!)

3- O show

Oie, olha eu aparecendo depois de dias sem atualizar! Desculpem pela demora. Como diria nosso Andy, mostarda mas não falha!

Boa leitura ♥️

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Faltavam 15 minutos para o show.

Anderson estava animado, como sempre ficava antes de subir aos palcos. O leve frio na barriga já era conhecido, quase bem vindo. O sorriso no rosto usual, os exercícios de voz feitos na frente do espelho também.

Verificou sua aparência uma última vez. Os cabelos estavam completamente indisciplinados como sempre, já que seus fios estavam mais crescidos e as pontas se retorcem em cachos bonitos. O figurino era clássico. Jeans preta com algumas correntes prateadas, coturnos que o deixavam mais alto do que já era, um casaco grande e escuro com alguns detalhes brilhantes em prata.

— Tá pronto? — a sua agente perguntou.

— Tô sim, Bella. Estou preparado.

— Ótimo — a mulher sorriu — Boa sorte. Ah, e lembre-se que aquele diretor de cinema vem te ver…

— Isso está me deixando um pouco nervoso — contou — Esse Nascimento não é super famoso?

— Ah, ele é, sim. Mas você também, Andy! — incentivou — Se ele quer um contrato com você, é porque reconhece o seu talento.

— Sim, sim… mas me parece tão surreal — suspirou, alongando os braços levemente. Preparando-se para uma longa performance agitada — Há pouco tempo eu não era nada na indústria e agora tem simplesmente um puta diretor de cinema incrível querendo contrato comigo.

— Isso mostra o quanto você é bom — Marcatti disse, com um largo sorriso estampado no rosto, que se destacava contra o batom escuro e os brincos chamativos — Bem, tá chegando a hora de subir ao palco! Vou estar te assistindo junto com a Cíntia, nós nos vemos mais tarde.

Bella se afastou, deixando um Anderson ansioso para trás. O espaço estava lotado, segundo sua agente.

Não era um show completamente grandioso, já que a casa de festas em que se apresentaria tinha o espaço limitado. Quatro mil ingressos, levemente mais caros que o padrão para gerar o devido lucro. Haviam mesas circulares próximas ao palco, sendo ocupadas por quem decidiu pagar um pouco a mais. Um bar de estoque recheado e de opções diversas.

Daniel tinha decidido pela opção mais cara, aproveitando a opção das mesas para ter conforto e poder realmente analisar a performance do cantor naquela noite. Estava ali com intenções realmente profissionais. Também aproveitou-se dessa opção porque não é o tipo de pessoa que gosta de shows e aglomerações caóticas, e assim tudo se tornava mais aceitável para ele.

Eleonor estava quase pulando de excitação, e poderia ter um treco antes mesmo do cantor favorito entrar em palco. Elídio realmente estava ali para acompanhá-los, pois não tinha muito interesse em Bizzocchi, e o pouco que sabia cantar de suas músicas era porque ouvia a filha escutando as canções constantemente.

Estava na hora do show. Uma música começou a tocar no mesmo segundo em que as luzes do salão se apagaram, deixando poucos focos iluminados no espaço. A voz harmoniosa de Bizzocchi pegou todos de surpresa, pois ninguém o tinha visto ainda. Então, quando as luzes se centralizaram no palco e ele apareceu ali, todo o salão irrompeu em gritos e palmas dos seus fãs.

— Meu Deus, Meu Deus! — Eleonor exclamou por cima da barulheira e da música, mal sendo ouvida pelo pai ou o padrinho — Não acredito que estou vendo ele pessoalmente!

— Tá feliz? — Elídio perguntou, fascinado com o sorriso brilhante da garota. Nunca antes tinha a levado para um show como esse, já que seu salário como professor não era lá essas coisas. Não que lhes faltasse algo, mas Elídio tinha desenvolvido ao longo dos anos esse costume de não gastar com esse tipo de coisa.