O que fazer?

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Maiara e POV


Ela veio se aproximando de nós na cozinha. Maraisa logo se levantou e a cumprimentou com um breve abraço. A garota, ao ser abraçada, deu um sorriso tão lindo que chega a ser indescritível de tão perfeito, assim como ela. Ela tinha a pele bem branca, cabelos tingidos de um Loiro escuro e olhos que eu ainda não sabia descrever que cor eram, mas era algo como castanho acinzentado. Hipnotizantes! Eu não conseguia parar de olhá-los.

- Até que enfim, já tava pensando que tinha desistido. - Maraisa disse a ela.

- Nunca. - sorriu. - Desculpa o atraso Isa, tava resolvendo umas coisas. - a voz dela, oh meu Deus!

- Tudo bem, depois eu te esgano. - acabamos por rir do comentário doce e gentil da Maraisa.

- Aah, oi Lau.

- Oi Mari! Tudo bom? - Lauana disse e ela assentiu.

- Você deve ser a Maiara. Prazer, me chamo Marilia Mendonça. - disse e estendeu a mão para que eu a cumprimentasse. Senti minha mão começar a suar, mas logo a cumprimentei. - Então... Como funciona? Podemos começar?

- Calminha aí. Tem algumas pessoas que chegaram antes de você, se você ainda não percebeu, portanto, vou ter que te por no fim da fila. Isso que dá chegar atrasada. - Maraisa explicou.

- E nossa amizade? Não conta nessas horas? - Marilia disse fingindo indignação.

- Sinto muito Mari...

- Galinha! - a garota loira disse divertida.

- Tá vendo isso? A gente não pode dar o dedinho que a pessoa já quer o braço todo. - Maraisa disse e todas riram.

- Huum, parece que o jogo virou não é mesmo? Assaltante de comida alheia. - falei olhando diretamente para a Maraisa, lembrando-me dela invadindo minha cozinha mais cedo.

- Ha. Ha. Ha. - fez um riso falso. - Era só o que me faltava agora... A Maiara piadista. Para, tá?! Você é péssima fazendo piadas.

- Piada interna gente. - eu disse tentando situar as meninas, que pareciam perdidas.

- Ok girls, - Lau disse rindo de nós duas. - vamos logo com isso. Amanda, manda a próxima e leva a Maiara pra fazer um tour pela casa. - disse com razão, quanto menos enrolássemos, mais rápido terminaríamos.

Retornamos ao "trabalho", mas eu estava com a cabeça no outro cômodo da casa, - Por quê eu tô agindo assim? Pensei. Não estava conseguindo me concentrar como antes. - ainda bem que eu tinha as meninas para me ajudar. Graças ao tédio daquilo tudo, elas nem perceberam que eu estava com a cabeça longe, até porque elas deviam estar bem longe também. As perguntas eram pré programadas, tínhamos numa ficha que fizemos em meu notebook dias antes, só íamos colocando as respostas para mais tarde analisarmos, caso fosse preciso. Apenas de vez em quando fazíamos perguntas fora do roteiro, tipo quando perguntei para a primeira candidata sobre a filha dela.

Enfim, terminamos com a vigésima interessada. Agora seria a vez da amiga da Maraisa. Meu coração acelerou e minhas mãos começaram a suar novamente ao perceber isso.

Mas que droga! Por que eu tô assim? Eu nem conheço a menina. Ela pode ser totalmente diferente de mim, insuportável, irritante, funkeira... Eca! Ok, funkeira ela não parece ser de jeito nenhum. Que morte horrível seria se tocasse funk na minha casa... Agora concentra, Maiara!

Ela foi se aproximando, estava vestida toda de preto, um salto não tão alto, calça preta colada, uma blusa que deixava seu abdômen a mostra - e que abdômen. ALGUÉM ME AJUDA! Eu já disse que sou tarada por abdômens, independente de ser de homens ou mulheres? - e como já era a última, Amanda acabou vindo junto com ela e juntou-se a nós na mesa, puxando uma cadeira e colocando na cabeceira próxima à Maraisa.

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