Fim de semana em... Família? (parte 2)

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Narrador POV


 Maiara queria fazer de cada minuto com os pais divertido, especial e inesquecível. Pena que um dia e meio foi pouco tempo, de qualquer forma, não encontrava coragem para enfrentar os pais, não ainda. Planejava visitá-los toda a semana e assim, quem sabe, tentar derrubar um muro chamado preconceito que ela sabia que existia ali.

Marilia, por outro lado, se manteve confiante. O bom relacionamento que estava tendo com os pais da namorada a enchia de confiança fazendo-a pensar que mesmo que ficassem desapontados com a filha, tal desapontamento poderia ser menor por ela ser a pessoa a qual Maiara escolheu para estar ao seu lado. Um pensamento tão inocente que era difícil acreditar que vinha da Marilia. Ela continuava firme na tarefa de se aproximar mais e mais dos sogros, mostrando sua simpatia e boa vontade, além é claro de alguns dotes domésticos. No início da tarde daquele domingo se enfiou na cozinha com Almora para aprender a fazer um bolo de coco o qual a Maiara amava tanto quanto o de cenoura com chocolate.

Enquanto o bolo estava no forno, Marilia juntou-se a Marcos na sala que agora assistia a uma partida de futebol de seu time que por coincidência ou não, era o mesmo da Marilia, coisa que ela já sabia graças as camisas do Corinthians que a Maiara tinha, mas Marcos só soube na ocasião e ficou muito contente.

Lola ajudava a Maiara a arrumar suas coisas, já que a mais velha estava levando mais coisas do que houvera trazido. Assim que terminaram foram até a sala sendo guiadas pelos gritos da Marilia e Marcos, que não se sabia se comemoravam um gol ou xingavam alguém. Marilia nem era viciada em futebol assim, mas estava muito empolgada.

- Marilia? Tá viva? - Lola questiona sentando ao lado da morena que estava com os olhos vidrados na TV.

- Tô. - a morena responde sorrindo desviando o olhar da TV e encarando a menina.

- Quer ver uma coisa engraçada e assustadora ao mesmo tempo? - Marilia encolhe os ombros, não sabia se dizia sim ou não. - Fica olhando.

Ao dizer isso, muda de lugar sentando agora ao lado de Marcos e Maiara ao lado da namorada, que discretamente brinca com seus dedos. Gostavam da sensação da pele de uma tocando a outra.

- Pai...? - Lola chama, mas nenhuma resposta. - Pai. - silêncio. - Pai, a casa tá pegando fogo.

- Tá, tá bom. Depois eu compro. - o homem diz sem tirar o olhar da TV e as garotas riem baixo.

- Pai, a Maiara tá grávida do Phê. - a menor insiste rindo, porém, nenhuma reação do homem. - Mas há boatos de que o filho seja da Marilia.

Marilia não se aguentou e riu junto a Lola, já a Maiara congelou, o que aconteceu com a Marilia logo em seguida quando Marcos moveu a cabeça devagar até as duas que prontamente largaram a mão uma da outra ficando estatísticas com os olhos a ponto de saltarem das órbitas oculares.

- Você tá grávida, Marilia? - o homem questiona assustado.

- O que? Não!

- Ah, menos mal. - suspira aliviado. - Do jeito que bebeu ontem não faria nada bem e de certa forma você está sob nossa responsabilidade.

Foi o que disse voltando a olhar para a TV. O olhar quase mortal da Maiara para Lola fez a menor sair dali quase às pressas rindo da situação. Já estavam todos na casa a par da bebedeira da Marilia, já que a mesma acordou com dores no estômago, Almira simpática como sempre se botou a fazer um chá caseiro de boldo que era amargo como a desgraça, mas tiro e queda.

A hora de retornarem a vida rotineira de estudos e trabalho na capital se aproximava. Às 17h em ponto pegaram suas coisas e despediram-se dos Pereira para a seguir ir a casa vizinha despedirem-se do melhor amigo da Maiara. Enquanto caminhavam de volta para o carro, Marilia se vangloriava por estar conquistando os sogros.

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