O Psicopata e a Suicida

XIV

Jason

A noite caí. Saio da cama me afastando lentamente para Safira não acordar, olho novamente para o pescoço dela. Colocamos gelo assim que chegamos na minha casa, o forte tom vermelho passou e agora só está um leve rubor. Devido o choque, depois que a adrenalina passou, ela caiu em sono profundo. Aquele desgraçado me paga.

Saio de casa e fico dirigindo até encontrar aquele infeliz, vi em uma de suas redes sociais que ele estava curtindo a noite em um bar qualquer. O encontro andando na calçada de uma rua vazia. Poderia somente sair do carro e apagá-lo, mas prefiro fazer um pouco de terror nele. Começo a dirigir devagar atrás dele, assim que ele percebe começa a acelerar os passos, com certa dificuldade devido a embriaguez. Ele se vira pra tentar ver quem o persegue, nesse momento ligo o farol do carro e o deixo cego ele tenta atravessar a rua, então acelero e o atropelo. Ele cai a alguns metros de distância. Saio do meu carro e vejo se fez muito estrago, por sorte só teve um leve amassado, só preciso fazer uma ligação e tudo resolvido.

– Desculpa, meu bebê. Mas foi por uma causa importante. – Digo alisando o capô.

Vou até Scott, pedindo para que ele não esteja morto, afinal, ainda quero ver ele sofrer. Esse acidente não é nada comparado ao que eu tenho para ele. Ele se encontra inconsciente, com arranhões no corpo e pela situação da perna, com certeza está quebrada. Mas ainda está vivo e é isso que importa.

– Agora vamos carregar você, seu pedaço de merda. Sinto tanto pelo meu carro que vai ter que te carregar, pela minha casa que vai te abrigar e pelas ferramentas que vou usar em você. Nenhuma delas merecia isso. – Falo colocado ele no porta-malas.

[...]

Após voltar com aquele ser inferior para casa, coloco ele no porão e volto para cama onde minha pedrinha preciosa ainda dorme. Deito ao seu lado, ela resmunga alguma coisa e acabo sorrindo com o fato dela falar enquanto dorme, talvez eu descubra alguma coisa no futuro. Tento dormir mais as fantasias de torturar aquele cara me invade. Saio novamente da cama com cuidado e vou até o porão, onde, felizmente, já está acordando e começando sentir as dores.

– Olá, Scott.

– O quê? – ele mal termina de falar e grita de dor olhando para a perna, ele tenta tocá-la, mas não consegue visto que eu o amarrei. – Minha perna, o que aconteceu com a minha perna?! – ele fala em meio a lágrimas, a sua perna estava torta, o osso que ficava na canela estava fora do lugar. Vê-lo sofrendo assim me deixava feliz, mas se ele continuasse gritando assim, provavelmente acordaria a Safira.

– A sua sorte é que hoje eu estou muito bom. – Me aproximo dele e coloco o osso no lugar, ele grita mais alto. – Shhh, você vai acordar o meu amor.

– O que você quer comigo? Eu não te fiz nada me solta. – Ele diz se debatendo

– Não fez nada? Tem certeza, vou te dar uma dica. Aconteceu hoje – Falo pacientemente enquanto escolho por qual instrumento usar primeiro.

– Você está falando da vaca da Safira? Qual é cara, ela só mais uma garota qualquer, em que você come e joga fora. Se quiser, pode ficar com ela, eu não me interesso nela. Juro

– Você só está piorando a sua situação. – Digo pausadamente, como ele tem coragem de falar assim dela? Eu vou fazer esse verme se arrepender de ter nascido. – Vamos começar? – Digo mostrando a ele o alicate.

Ele começa a se mexer, na vão tentativa de se soltar. Dou um soco em cada lado de seu rosto, um para ele parar de se mexer e outro pelo o que ele disse. Arranco cada uma de suas unhas da mão direita, cada grito é satisfatório. Porém, lembro que a minha pedrinha preciosa precisa descansar.

– Se você continuar gritando assim, eu vou arrancar a sua língua, entendeu? – Scott, concorda com a cabeça, mas de nada adianta ele continua gritando e gritando, e vou me inebriando por aquela sensação até escutar aquela voz.

– Jason? – Safira está lá. Safira está me encarando coberto do sangue imundo do Scott. Safira está com os olhos arregalados. Safira está se virando.

– Viu só, Jason? Ela é boa. Vai me salvar – Scott diz com dificuldade – E sabe porque ela vai? Porque ela gosta de mim, no fundo ela gosta de mim – Ele desmaia em seguida.

Safira está fugindo.

Incrível pensar queno ano passado, nessa mesma data, eu havia tido que havia voltado, mas não voltei. Por isso, nesse ano, não prometerei nada. Tentarei voltar, mas se caso não dê, até ano que vem :)