Incidente Natalino

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A algumas semanas atrás, Hermione estava em dúvida entre voltar para casa nas férias de Natal, ou ficar em Hogwarts junto com seus dois amigos. Alguns alunos optavam por ficar na escola, por opção, ou por não ter para onde ir. A escola suspendeu as atividades, mas os professores deram muitos trabalhos e deveres para serem entregues logo na primeira semana de retorno. Hermione achou que seria produtivo esse tempo para pôr os deveres em dia. Já que a escola estaria quase que totalmente vazia. Além de que, ela e seus dois melhores amigos, Hary e Rony, estavam a alguns dias tentando desvendar um pequeno mistério.

Quando a lista para a ceia de Natal passou pela garota durante uma de suas aulas, ela ponderou sobre suas duas opções. Ela queria ficar e ajudar os amigos, mas sentia uma falta imensa da família. Além de que, prometera para a irmã mais nova que retornaria para o Natal. Assim que decidiu onde passaria as duas semanas de recesso, incumbiu deveres a seus dois amigos. Mesmo sabendo que os dois garotos não iriam se empenhar em nada sem ela por perto. Era seu terceiro dia em casa, e não conseguia parar de pensar nos dois meninos. Mas, olhando para seu lado direito, Hermione soube que tomou a decisão certa voltando para casa.

Ao seu lado, se encontrava sua irmã mais nova em um sono profundo. As duas pegaram no sono durante a madrugada, enquanto conversavam sobre diversos assuntos. Hermione sempre imaginou como seria se ela e a irmã fossem mais próximas. Nunca achou ser possível, pelo menos até agora. Ela queria que a irmã tivesse a melhor experiência possível, e sabia que logo Agnes se irritaria com o excesso de estudos e cronogramas. A irmã estava animada para ver o mundo mágico e não apenas saber sobre ele. Mas antes que Hermione pudesse concluir qualquer ideia, seus pensamentos foram cortados por um barulho alto e estranho, seguido de um grito abafado, fazendo com que tanto ela como a irmã se levantassem as pressas.

— Acho que veio lá de fora. — Agnes sussurrou para a irmã mais velha, apontando em direção a janela. As duas meninas se aproximaram lentamente. Assustadas e em silêncio. Ouviram um longo gemido do lado de fora — Meio cedo para ser o Papai Noel, não acha?

Com um longo suspiro para tomar coragem, Hermione, pegou sua varinha de cima da escrivaninha. É proibido menores de idade fazerem magia fora da escola, mas a menina se sentia mais confiante sabendo que se fosse necessário, ela poderia atear fogo no intruso, ou pelo menos espetá-lo em alguma área.  Abrindo a janela devagar, Hermione pode ver algo balançando de um lado para o outro.

Pai? — Perguntou a menina em um tom que variava entre dúvida e alívio. Ao lado de fora de sua janela, seu pai balançava de forma desengonçada, pendurado de cabeça para baixo. Ao se aproximar mais, Hermione pode ver os fios das luzes de Natal enrolados em seus tornozelos.

— Bom dia crianças! Seria ótimo se vocês descessem aqui e ajudassem o papai — Sr. Granger, muito sem graça, segurava nas mãos o que Hermione achou ser uma versão dos duendes trouxas. Esse por alguma razão estava sem a cabeça.

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Sentado na poltrona da sala, se encontrava um Sr. Granger muito ralado e nada abatido. A esposa, já acostumada com os pequenos acidentes do marido, não se surpreendeu ao ser acordada aos cutucões naquela manhã por uma rechonchuda vizinha, dizendo que o marido estava pendurado pelos pés no telhado, mas que já estava em solo firme e sendo atendido pelas filhas.

— Sua mais velha é muito atenciosa, Martha. — Dizia a vizinha enquanto descia as escadas. — A mais nova é um tanto ríspida, não gostou quando perguntei sobre as vassouras no telhado. "É para senhora sair voando" — A vizinha disse em um tom desafinado e esganiçado tentando imitar a filha menor.

Martha sempre tentou criar as filhas da melhor forma possível. Mas tinha que admitir que às vezes era muito difícil não rir em certas ocasiões. Acompanhou a mulher até a porta da frente, agradecendo pela ajuda. Deu uma breve checada em suas plantas, que para seu alívio não foram amassadas e nem danificadas durante a queda, pelo menos desta vez. E se dirigiu para a sala para verificar se todos estavam bem.

A outra GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora