Você Me Salvou - Valu

PRÓLOGO

Olá meus amores! Espero que gostem dessa nova fic, sintam-se à vontade para perguntar e falar o que acham da história.

Acho que está subentendido, já que é um livro que fala sobre um cenário de guerra, mas teremos trechos um pouco violentos e com situações delicadas ao longo dessa fic, então se estiver sensível quanto a esse tipo de assunto, considere ler a fic num momento mais oportuno, beleza?

Agora sim, vamos lá!

[POV Valentina]

Em uma hora partiremos para a missão, montamos acampamento a uma distância segura do ponto de extração. O sol está se pondo sobre a vila arruinada onde insurgentes mantêm reféns. As sombras das construções bombardeadas se alongam ao longe, criando um cenário de mais tensão.

Ajusto o capacete, enquanto varro com os olhos o horizonte à minha frente.

Ao meu lado, Eduardo, meu irmão de coração e capitão, faz uma última verificação no seu equipamento.

-Ansiosa, Tina? - Eduardo perguntava enquanto eu agora conferia meu rifle.

-Acho que ansiedade não é a palavra, não é como se nunca tivéssemos feito uma missão de extração de reféns antes, mas sei lá, é sempre perigoso demais.

-Não se esqueça que o medo na medida certa é positivo, impede que façamos cagadas. - sorriu ao final da frase. Ele sempre faz isso para aliviar a tensão do momento.

-Sempre inspirador. - me permito sorrir diante da pior frase motivacional que ouvi hoje.

-Mas é sério. Sempre estarei na sua retaguarda, Raposinha. - Edu me lançou um sorriso largo e polido antes de dar de ombros e seguir para a tenda da inteligência militar.

No nosso pelotão quando você é promovido, ganha um apelido, a justificativa do meu ser 'Raposa' é que desde a academia eu era rápida e esperta, mas também solitária e territorialista.

Ao longe, vejo Luiza Campos, a nossa médica de campo e a mulher que conquistou meu coração nos últimos 15 meses, revisando suprimentos médicos. No mesmo instante, sinto um aperto no peito, uma mistura de medo do desconhecido e esperança. Assim que essa missão acabar, vamos assumir nosso relacionamento para todos, não foi fácil me abrir com ela, me permitir ser vulnerável ao seu lado, mas por esse amor? Com certeza valeu a pena o esforço.

Meia hora se passou e o pelotão 20-Alpha está em formação, pronto para partir. Como 1° tenente, fiquei encarregada de passar o briefing pela terceira e última vez. Estou orgulhosa da minha promoção.

-Atenção, pelotão! - falo em alto e bom som com a voz firme. Os soldados se organizam em 4 filas de 3 pessoas cada, Luiza faz parte de uma das filas. A postura dela, assim como a de todos, é impecável.

-Sim, tenente! - respondem em uníssono.

-A missão é clara: infiltrar, resgatar os reféns e retornar. Nada de atos heróicos ou de descuidos, é apenas mais uma missão. Entendido?

-Entendido, tenente! - os soldados mantinham a postura de sentido e ficariam assim por dias a fio se eu mandasse que assim fizessem. - Prepararem-se para partir em 5 minutos. Descansar.

Nos minutos seguintes passo a carregar o jeep com nossos equipamentos e tento naquele momento relaxar, mas não consigo. Algo no ar parece diferente, uma eletricidade palpável que faz os pelos de meu braço se arrepiarem.

Infiltrar. Resgatar. Sair. É simples, a gente consegue.

Vinte minutos depois...