Cíntia era uma jovem sonhadora e atrapalhada, que estava de casamento marcado quando uma surpresa desagradável acabou mudando o curso de sua vida, o que a levou a experimentar fortes emoções, como a descoberta do verdadeiro amor ao lado de seu novo...
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Chegamos à boate e estava lotada, Rafael reservou uma mesa de frente ao palco e foi logo para o camarim se produzir. Rodolfo pediu um drink de frutas, sem álcool, e eu o acompanhei, até então, havíamos trocado apenas algumas palavras, mas nada de relevante.
— Como é o show do Rafa? — Perguntei.
— Ele canta, faz algumas imitações, dança — respondeu Rodolfo digitando algo em seu celular, antes de guardar no bolso.
— Rô?
— Kethlin — ele piscou algumas vezes ao ver a sua ex-namorada juntamente com sua "amizade colorida". — Karina.
— Oi, Cíntia — Karina me lançou um olhar esnobe, antes de puxar a cadeira se sentar entre nós dois.
— Oi — a outra se sentou do outro lado.
— Rô, foi bom te encontrar, temos uma festa da agência amanhã à noite e queria muito que fosse.
— Estarei de plantão — ele respondeu.
— Troca — sugeriu Kethlin. — Sabemos que pode fazer isso.
— Já troquei hoje — ele deu de ombros quando Levi se aproximava com um rapaz que eu ainda não conhecia.
— Boa noite — ele nos cumprimentou antes de se sentar. — Esse é meu irmão Sérgio, ele está visitando a cidade.
— Boa noite— o Rapaz aparentemente tímido acenou e em seguida se sentou ao meu lado. Pelo menos, esse falava a minha língua.
Rafael iniciou sua apresentação arrancando aplausos dos telespectadores, e suspiros de seu namorado, que o olhava com admiração. Agora o meu príncipe do ébano estava sendo assediado por duas mulheres maravilhosas, que já haviam passado pela sua cama, enquanto eu ficava com cara de paisagem ao lado de um rapaz que acabei de conhecer, e pelo visto, gostou da minha pessoa e resolveu me paquerar.
— Quer beber alguma coisa? — Ele perguntou passando a mão pelo meu ombro, mas retirei.
— Eu não gosto de homens — desviei o olhar para não rir de sua expressão de surpresa diante da minha mentira.
— Vamos dançar? — Karina estendeu a mão para o Rodolfo, quando Rafael cantava uma música internacional dos anos noventa.
— No momento, não — ele ajeitou sua postura olhando em minha direção. Agora o jovem loiro ao meu lado, tentava me convencer de que "experiências diferentes" poderiam trazer grandes surpresas.
O jovem me cantava ao pé do ouvido, enquanto a moça fazia o mesmo com Rodolfo, que lhe dava apenas respostas curtas. Aquela situação estava ficando desconfortável, não é possível que uma pessoa não possa simplesmente querer sair e curtir a noite sem se pegar com ninguém, que coisa chata. Se bem que eu tinha um alvo, ele só estava muito disputado.
