Depois de quatro dias em missão como Corsário, finalmente retornei ao meu castelo. A ansiedade apertava meu peito. O que Perona e Roronoa teriam aprontado na minha ausência? Eles eram como fogo e gasolina, e eu já podia imaginar a bagunça que poderiam ter feito.
Fiquei surpreso, ao abrir a porta, fui recebido por uma visão inesperada. Perona flutuou rapidamente até mim, descendo graciosamente ao chão, e me envolveu em um abraço caloroso.
— O que houve? — ergui as sobrancelhas, tentando decifrar a expressão dela.
— Já estava cansada de ter que lidar com aquele espadachim cabeça dura! — ela inflou as bochechas formando um beicinho.
— Vocês dois brigaram muito durante a minha ausência?
— A encarei, franzi a testa e cruzei meus braços. A situação parecia mais grave do que eu imaginava.— Tentei lidar com as coisas da forma mais pacífica possível...
— Ela desviou o olhar.— Ei, preciso que você olhe para mim enquanto estiver falando.
— Me aproximei dela e segurei seus ombros.— Apenas aquele espadachim se perdendo como sempre. Passei dias sem dormir direito! Porque ele sempre errava o quarto.
— Cruzou os braços.— Esse Roronoa, francamente...
— coloquei a mão no rosto, pressionando a têmpora, enquanto uma onda de exasperação me dominava.— É um pavio curto sem senso de direção! — revirou os olhos.
Um sorriso involuntário surgiu no canto dos meus lábios. Era bom ver que, mesmo em meio ao caos, Perona ainda mantinha sua essência peculiar. Mas a preocupação ainda persistia. “O que mais poderia ter acontecido?”, pensei, olhando nos olhos dela, pronto para ouvir a próxima parte dessa história tumultuada.
Eu e Perona fomos para cozinha e começávamos a preparar o almoço, o aroma dos temperos frescos já começava a preencher o ambiente. A manhã havia sido tranquila, e cozinhar juntos parecia a maneira perfeita de passar o tempo.
— Como foi a missão? — ela perguntou enquanto temperava os vegetais.
— Não ocorreu nenhum imprevisto, a missão foi um sucesso.
— Você não devia ter ido para missão, já que estava ferido.
— Ela bateu no meu ombro.— Nenhum tipo de ferimento iria me impedir de ir cumprir a minha missão. — Lancei um olhar acompanhando de um sorriso ladino, mas logo retomei a atenção em cortar os tomates.
Quando terminamos, chegou o momento de fritar os peixes.
Com a postura de ombros caídos, mesmo assim se aproximou do fogão com uma frigideira cheia de óleo quente. Eu observei enquanto ela cuidadosamente virava os primeiros pedaços de peixe com a espátula, naquele momento parecia um pouco distraída, talvez por conta da nossa conversa descontraída.
No entanto, na tentativa de virar os peixes, o óleo quente espirrou de repente. Foi tudo muito rápido. Antes que eu pudesse reagir, Perona deu um pequeno grito de dor e puxou o braço para trás, largando a espátula no balcão.
— Perona! — exclamei, imediatamente ao lado dela, segurando seu braço.
Ela tinha queimado o antebraço, e uma mancha vermelha já começava a aparecer na pele. Sem pensar duas vezes, levei-a até a pia e abri a torneira, deixando a água fria correr sobre a queimadura.
— Está doendo muito?
— perguntei, preocupado, enquanto segurava seu braço sob a água.— Um pouco... — Respondeu, respirando fundo, seus olhos estavam ligeiramente marejados.
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Meu Querido, Olhos de Gavião [Concluída]
Fanfiction18+| Após ser derrotada em Thriller Bark. Perona foi enviada por Bartholomew Kuma, até a remota Ilha de Taciturna, onde conhece o enigmático Dracule Mihawk, conhecido como "Olhos de Gavião", o renomado corsário e melhor espadachim do mundo. Inicialm...