𝕾𝖚𝖗𝖕𝖗𝖊𝖘𝖆 𝖊 𝖉𝖚𝖛𝖎𝖉𝖆𝖘 𝖊𝖘𝖈𝖑𝖆𝖗𝖊𝖈𝖎𝖉𝖆𝖘

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Mais uma vez o capítulo vai ser longo, mas por favor, leiam atentamente até o final 🙏

O sol estava alto no céu, lançando uma luz intensa sobre o campo. A tarde estava quente, e eu me encontrava imerso em uma das tarefas menos glamourosas da vida no castelo: colher vegetais da horta e frutas do pomar. Perona e Roronoa estavam ao meu lado, ambos um tanto relutantes, mas cientes de que a tarefa fazia parte das condições para continuar morando aqui.

Eu me mexia com precisão, removendo os vegetais maduros da terra e colocando-os em cestas. Roronoa estava lutando com a mesma tarefa, mas com um pouco mais de dificuldade. Ele se movia com a mesma determinação que mostrava em combate.
Estavam ao meu lado, ou melhor, estavam tentando encontrar seu próprio ritmo na tarefa. Roronoa, com sua habitual atitude de teimosia, estava se esforçando para lidar com os alfaces infestados de larvas. A tensão entre os dois era palpável.

— PERONA ME AJUDE A COLHER ESSES ALFACES!! — Roronoa gritou, claramente frustrado.

— Eu me recuso a colher esses alfaces cheio de larva! — Perona cruzou os braços, um gesto que deixava claro seu desagrado.

Eu franzi o cenho, tentando manter a calma. A última coisa que eu queria era uma discussão sobre trabalho agrícola.

— Não adianta esquentar a cabeça — tentei intervir, tentando aliviar a tensão.

— O QUÊ?!! Você vai defender essa daí?! — Roronoa questionou, arqueando a sobrancelha em um misto de surpresa e indignação.

— Não estou, apenas não sou a favor de ficar insistindo em discussão.

— Ela está indo contra a sua regra! — Roronoa parecia determinado a ganhar esse embate.

— Geralmente, é comum que mulheres não gostem de fazer este tipo de atividade — eu observei, tentando trazer um pouco de lógica à situação.

— Mas... Mas! — Roronoa estava claramente sem palavras, sua frustração se misturando com a incredulidade.

— Toma essa! — Perona mostrou a língua para ele, como se fosse uma vitória na discussão.

Olhei para Perona, percebendo seu sorriso satisfeito com a situação. Havia algo de fascinante em como ela conseguia desviar a tensão com tanta facilidade. Por um momento, senti um sorriso involuntário se formar no meu rosto, algo que eu rapidamente tentei conter.

— Perona, me lembre de providenciar uma luva para você — disse, tentando retomar o foco na tarefa.

Perona, por outro lado, estava visivelmente entediada, mas tentava esconder sua impaciência. Ela preferiu se dedicar na tarefa de colher as frutas do pomar, um trabalho que parecia menos desagradável para ela.

— Olhe, Perona, esses legumes precisam ser colhidos também — Roronoa disse, tentando manter a paciência.

— Eu já estou fazendo o meu trabalho, não posso fazer tudo ao mesmo tempo — Perona respondeu, sua voz carregada de desdém.

Eu observei a troca de palavras entre eles com uma certa frustração. Não era o momento para disputas, mas era difícil controlar o ambiente quando cada um estava claramente desconfortável com a situação. Era uma tarde comum de trabalho, mas o esforço de manter todos focados nas tarefas parecia ser um desafio em si.

— Vamos tentar terminar isso o mais rápido possível — eu disse, tentando oferecer um pouco de incentivo.

Os minutos passaram lentamente, e finalmente, a horta e o pomar estavam limpos dos vegetais e frutas maduros. O cansaço começava a pesar, e eu podia ver que Perona e Roronoa estavam aliviados por ter terminado.

Meu Querido, Olhos de Gavião [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora