26 - THE NEW BITCH

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— Eu achei que podia confiar em você May!

— Mas você pode confiar, eu não fiz nada demais Ames.

— Você sempre se intromete no que não é chamada. Eu ia contar para a mamãe do Maxon, mas você e essa sua língua solta não se seguram, não é?

Já é de manhã. Estou no meu closet me vestindo para ir ao colégio, ao mesmo tempo que discuto com minha irmã os acontecimentos de ontem a noite. Uma noite que tinha tudo para ser perfeita se May não desse com a língua nos dentes e me fizesse receber sermões e castigos descabidos.

— Até parece que você ia contar pra ela. — Diz convencida — Sua cara de assustada deixou claro que você ia deixar nossa mãe sem saber da verdade.

Porque ela tem que me conhecer tão bem?

— Talvez tenha passado pela minha cabeça não dizer nada no momento porque definitivamente — altero o tom de voz — não era a melhor hora! — Assim que visto a gola da camisa, pego no flagra  May me mostrando a língua. Preferi fingir que não vi. — E aliás... desde quando você se importa que nossa mãe saiba sobre isso?

May sempre foi fiel a mim, assim como eu a ela. Não é do seu costume me dedurar.

— Ué... sei lá... ela é nossa mãe né. — Diz sem jeito. Que péssima maneira de tentar me convencer.

— Você nunca soube mentir para mim May Singer. Desembucha! O que te fez abrir o bico pra ela? — Exijo e começo a calçar o tênis.

— Não posso dizer. — Ela comprime os lábios. Meu olhar sobre ela é severo. — Não me olha com essa cara, eu prometi ao papai. — May tapa sua boca.

— Aah... então quer dizer que nosso pai tem algo a ver com isso...

— Ames, deixa de ser persuasiva e manipuladora, isso não é certo, você tem que ser um exemplo pra mim, lembra?

— Você já está perdida May, agora para de fugir do assunto. — Me aproximo dela perdendo a paciência pela enrolação.

— Acho que estão me chamando... — diz tentando escapar, é claro que não permito. Corro até a porta e nos tranco ali dentro. — Isso se chama sequestro.

— Eu não tenho muito tempo, então sugiro que abra essa boca antes que eu te torture. — Ameaço.

— Eu vou chamar a mamãe...

May fez cara de assustada depois de choramingar como criança, mas não demorou muito para cairmos na risada. Pensamos juntas que se mamãe aparecer aqui, ela é capaz de nos dar uma surra e nos mandar pra lua com um chute só.

— Agora chega! — Quase grito — Você tem cinco segundos, ou eu desço correndo e falo aos nossos pais do Henrique. — May fica boquiaberta.

— Você não seria capaz! — Sua cara é impagável.

— Cinco... — Lhe lancei um sorriso travesso — quatro... — ela permanece convicta em si — três!... — aumento o tom — DOIS... —     Ela engoliu em seco quando toquei a maçaneta — um — digo calmamente. — Fez sua escolha mocinha. — Dou o ultimato a May abrindo a porta.

Certamente que eu não iria dizer nada aos nossos pais sobre o namorinho dela, foi só uma jogada para ela se assustar e me dizer o que quero saber. E deu certo.

— Tá, tá! — May se rende por fim — papai me pagou cinquenta dólares para dizer a verdade caso você não dissesse. — Ela fala como se não fosse nada.

— Então quer dizer que é só oferecer uns trocados que você sai soltando a língua?

— Também não é bem assim ok! — Se defende mostrando estar indignada pela minha acusação — Papai sofreu horrores para me convencer a abrir o bico, foi só pelas boas razões que ele me deu, e claro que o dinheirinho ajudou. — A safada sorri forçadamente, vejo um pedido de desculpas escondido bem lá no fundo.

Formaríamos um Maravilhoso NósOnde histórias criam vida. Descubra agora