Os Luthors - Supercorp

Cap 1

Minha mãe me levou ao aeroporto com as janelas do carro abertas. Fazia 24 graus em phoenix, o céu estava um azul perfeito sem nuvens. Eu estava com a minha blusa favorita - sem mangas, de renda branca; eu a vesti como forma de despedida.

Na península Olympic, no noroeste do estado de Washington, há uma cidadezinha chamada forks, quase constantemente debaixo de uma cobertura de nuvens. Chove mais nessa cidade insignificante do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos, Foi desse lugar que minha mãe fugiu comigo quando eu tinha apenas alguns anos de idade, fui adotada ainda quando pequena, pois meus pais biológicos morreram em um acidente de carro.

Nessa cidade eu fui obrigada a passar um mês a cada verão junto com a minha irmã Alex até ter 14 anos. Foi então que finalmente bati o pé. Nós últimos três verões, meu pai, jeremiah passou duas semanas comigo na Califórnia nesse tempo em que ele nos visitava Alex decidiu ir morar com ele então estava animada para ver ela de novo mesmo nos falando todo dia por telefone.

Era em forks que agora eu me exilava - uma atitude que assumi com muito pavor. Eu detestava Forks.

- Kara - disse minha mãe Eliza, pela centésima vez, antes de eu entrar no avião - você não precisa fazer isso.

- Eu quero ir - menti. Sempre menti muito mal, mas ultimamente ando contanto essa mentira com tanta frequência que agora parecia quase convincente.

- Diga a jeremiah que mandei lembranças.

- Vou dizer.

- Verei você em breve - insistiu ela.- Pode vir para casa quando quiser... Eu volto assim que você precise de mim.

- Não se preocupe comigo - insisti.- Alex vai estar lá, vai ser ótimo. Eu te amo mãe.

Ela me abraçou com força por um minuto e depois entrei no avião, e ela se foi.

De Phoenix a Seattle são quatro horas de vôo, outra hora em um pequeno avião até Port Angeles, depois uma hora de carro até forks. Voar não me incomodava; a hora no carro com jeremiah, porém era meio preocupante.

Jeremiah foi realmente gentil com tudo aquilo. Parecia realmente satisfeito que eu fosse morar com ele e a Alex por um período de tempo mais longo.

Quando pousamos em Port Angeles, estava chovendo. Não vi isso como um presságio - era apenas inevitável. Eu já tinha dado adeus ao sol.

Jeremiah me aguardava na radiopatrulha. Eu também esperava por isso. Ele é o chefe de polícia Danvers para o bom povo de forks. Minha principal motivação por trás da compra de um carro, apesar da verba escassa, era que eu me recusava a circular pela cidade em um carro com luzes vermelhas e azuis no teto. Nada deixa o trânsito mais lento do que um policial e andar de moto com a Alex estava fora de cogitação ela me mataria do coração antes de chegar ao colégio.

Jeremiah me deu um abraço desajeitado com um braço só quando eu cambaleei para fora do avião.

- É bom ver você, Kara - disse ele, sorrindo enquanto automaticamente me segurava e me firmava.- Você não mudou muito. Como está a Eliza ?

- A mamãe está bem. É bom ver você também pai.- Eu não tinha permissão de chamá-lo de jeremiah na frente dele.

Eu tinha só algumas malas. A maior parte das minhas roupas do Arizona era leve demais para Washington. Coube tudo muito bem na mala da viatura.

- Achei um bom carro para você, baratinho - anunciou ele quando estávamos afivelando o cinto.

- Que tipo de carro ? - Fiquei desconfiada do modo como ele disse " um bom carro para você" em vez de simplesmente " um bom carro".