Cap 21

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Pude sentir que era cedo demais quando acordei de novo. Fiquei deitada na cama e ouvi a voz baixa de nia e brainy no outro cômodo. O fato de que estavam altas o bastante para que eu ouvisse era muito estranho. Rolei até que meus pés tocaram o chão e cambaleei para a sala.

O relógio dizia que passava um pouco das duas da manhã. Nia e brainy estavam sentados no sofá, Nia desenhando de novo e  brainy olhando por sobre seu ombro. Eles não se viraram quando entrei, envolvidos demais no trabalho de nia.

Andei de mansinho até  o lado de brainy para espiar.

- Ela viu mais alguma coisa ? - perguntei em voz baixa.

- Sim, alguma coisa a levou de volta a sala de vídeo, dessa vez a luz.

Assim que vi outro desenho estremeci.

- Está é a casa da minha mãe - suspirei.

Nia já estava fora do sofá com o telefone na mão teclando algo.

- Kara - disse Nia.

Olhei para ela entorpecida.

- Kara, Lena vem pegar você. Ela, Clark e Emma vão esconder você por um tempo.

- Lena está vindo ? - As palavras foram como um colete salva vidas.

- Sim, ela vai pegar o primeiro vôo para Seattle. Vamos nos encontrar no aeroporto.

- Mas minha mãe ? Ele vai atrás da minha mãe... - o desespero já começava a me tomar novamente.

- Nós dois ficaremos até que ela esteja segura.

- Não posso vencer, Nia. Você não vê o que ele está fazendo ? Você não pode proteger todo mundo que eu conheço pra sempre...

- Nós vamos pegar ele - garantiu ela.

- E se você se ferir nia ? Acha que está tudo bem para mim? Acha que é só minha família humana que ele pode machucar ?

Nia olhou para brainy sugestivamente e fui dominada por uma névoa intensa e pesada e meus olhos se fecharam sem permissão.

Lutei para abrir os olhos.

- Não quero voltar a dormir - Rebati.

Consegui ir até o quarto e bati a porta a fechando.

Quando o telefone tocou, voltei a sala um pouco envergonha.

- Eles estão embarcando no avião - disse Nia - Vão pousar as nove e quarenta e cinco.

- Onde está brainy ? - perguntei.

- Foi pagar a conta, vamos ficar mais perto da casa da sua mãe.

Meu celular tocou novamente me distraindo.

- Alô ? Perguntou Alice - Não, ela está bem aqui - Nia estendeu o celular para mim - sua mãe - murmurou.

- Alô ?

- Kara ? Kara ? - era a voz da minha mãe em um tom que eu sempre ouvi quando era criança. Era o som do Pânico.

- Calma mãe, está tudo bem só me dê um minuto e vou explicar tudo eu prometo.

Eu parei surpresa que ela ainda não tinha me interrompido.

- Mãe ?

- Não diga nada até que eu permita.

A voz que eu ouvi era desconhecida e inesperada. Era uma voz masculina. Ele falava com muita rapidez.

- Agora, não preciso machucar a sua mãe então por favor faça exatamente o que eu mandar e ela vai ficar bem. Agora repita comigo e procure parecer natural. Diga por favor " não mãe, fique aí onde está."

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