Cap 7

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Eu disse a jeremiah que tinha muito dever de casa para fazer e que não ia comer nada. No meu quarto tranquei a porta. Vasculhei minha mesa até encontrar meus velhos fones de ouvido e os conectei no pequeno CD player. Escolhi um CD que Phil me dera de natal. Era de uma das bandas preferidas dele.

Eu me concentrei com muito cuidado na música, tentando entender a letra.

Abri os olhos em um lugar familiar. Percebi em algum canto da minha consciência que estava sonhando, reconheci a luz verde da floresta. Eu podia ouvir as ondas quebrando nas pedras em algum lugar por perto.

Tentei seguir o som, mas então James Black estava ali, dando puxões na minha cabeça, arrastando-me para parte mais escura da floresta.

" James ? Qual o problema ? ", perguntei

O rosto dele estava assustado enquanto me puxava com força e eu resistia. Eu não queria ir para a escuridão.

" Corre, Kara, você tem que correr!", sussurrou ele, apavorado.

" Por aqui, Kara!" Reconheci a voz de Mike gritando no meio sombrio das árvores, mas não conseguia vê-lo.

" Por quê?", perguntei, ainda tentando me libertar de James, desesperada para encontrar o sol.

Mas James soltou minha mão e gritou, tremendo de repente, caindo no chão escuro da floresta. Ele se contorceu no chão enquanto me olhava com pavor.

" James!?", gritei. Mas ele se fora. No lugar dele havia um lobo grande e castanho-avermelhado de olhos negros. O lobo desviou os olhos de mim, apontando o focinho para a praia, emitindo grunhidos baixos por entre as presas á mostra.

" Corre, Kara!" Gritou Mike novamente atrás de mim. Mas não me virei. Estava vendo uma luz que vinha da praia na minha direção.

E depois Lena saiu das árvores, a pele brilhando um pouco, os olhos escuros e perigosos. Ergueu uma das mãos e acenou para que eu fosse com ela. O lobo grunhiu a meus pés.

Dei um passo a frente, para Lena. Ela sorriu e seus dentes eram afiados e pontudos.

" Confie em mim" , sussurrou ela.

Dei outro passo.

O lobo se atirou no espaço entre mim e a vampira, as presas mirando na jugular dela.

"Não!", gritei, erguendo-me estabanada na cama.

Devido a meu movimento súbito, os fones puxaram o CD player da mesa de cabeceira e ele caiu no chão de madeira.

Minha luz ainda estava acesa, e eu estava sentada toda vestida na cama, ainda de sapatos. Olhei, desorientada, o relógio na cômoda. Eram cinco e meia da manhã.

Gemi, caí de costas e me virei de bruços, tirando as botas aos chutes. Mas estava desconfortável demais para conseguir dormir. Rolei na cama e desabotoei os jeans, arrancando-os desajeitada ao tentar continuar na horizontal.

Puxei o travesseiro para cima dos olhos.

É claro que foi inútil. Meu subconsciente procurava exatamente as imagens que eu tentava evitar com tanto desespero.

Eu odiava usar a internet aqui. Meu modem era tristemente obsoleto, meu provedor gratuito estava fora dos padrões.

Com um suspiro levantei e liguei o computador. Por fim entrei na minha ferramenta de busca preferida e digitei uma palavra.

Vampiro.

Quando os resultados apareceram, havia muita coisa para ver, tudo de filmes e programas de tv e empresas de cosméticos góticos.

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