Cap 2.

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O dia seguinte foi melhor.... E pior.

Foi melhor porque ainda não estava chovendo, mas as nuvens eram densas e opacas. Era mais fácil porque eu sabia o que esperar do meu dia. Mike veio se sentar comigo na aula de inglês e me acompanhou até a aula seguinte, com Erik o encarando o tempo todo. No almoço, fiquei com um grande grupo que incluía Mike, Jéssica e outras pessoas cujo nome não lembro. 

Alex simplesmente sumiu com Sam, ando desconfiada no que elas podem estar fazendo tanto tempo juntas, mas não vou apressar elas a me contar nada.

Foi pior porque eu estava cansada; ainda não consegui dormir com o vento ecoando pela casa. Foi lamentável porque tive que jogar vôlei e, na única vez que não me abaixei para escapar da bola, atingi minha colega de equipe na cabeça. E foi pior porque Lena luthor não foi a escola.

Durante toda a manhã tive medo do almoço, temendo os olhares estranhos dela. Parte de mim queria confrontá-la e exigir que me dissesse qual era o problema.

Mas quando entrei no refeitório com Jéssica - tentando evitar que meus olhos vasculhassem o lugar à procura dela e fracassando completamente - vi que seus quatro irmãos estavam sentados juntos à mesma mesa, e ela não estava ali.

Fui para aula de biologia confiante assim que o almoço acabou, prendi a respiração na porta, mas Lena não estava lá.

Assim que as aulas acabaram fui para minha picape e vasculhei minha bolsa para ter certeza de ter o que precisava junto com a lista de compras pois agora eu cuido das refeições em casa já que nenhum deles sabe cozinhar, Sam e Alex foram embora de moto, elas me chamaram para ir dar uma volta na cidade vizinha com elas mas não estava com ânimo pra isso.

Disparei meu motor ensurdecedor, ignorando as cabeças que se viravam na minha direção, e dei ré cuidadosamente para um lugar na fila de carros que esperavam para sair do estacionamento. Enquanto aguardava, vi os luthors entrando no carro deles. Era o volvo novinho. É claro. Eu ainda não tinha percebido as roupas que usavam - fiquei hipnotizada demais com o rosto deles. Agora que eu olhava, ficou óbvio que todos se vestiam expecionalmente bem.

Eles olharam para minha picape barulhenta quando passei, como todo mundo fez. Continuei olhando para a frente e fiquei aliviada quando finalmente sai da área da escola.

Quando cheguei em casa, guardei todos os mantimentos, colocando-os onde houvesse espaço. Esperava que jeremiah não se importasse. Quando terminei com isso, levei minha mochila de livros para cima. Antes de começar o dever de casa, vesti um moleton seco, prendi o cabelo molhado num rabo-de-cavalo e verifiquei meu e-mail pela primeira vez. Tinha algumas mensagem da minha mãe.

Quando jeremiah chegou em casa. Eu tinha perdido a hora, já que Alex estava trabalhando meio período, isso significa que mal nos vemos somente a noite e na escola.

- Kara ? - chamou meu pai quando me ouviu na escada.

Quem mais seria ?, pensei comigo mesma.

- Oi, pai, bem-vindo.

- Obrigado - Ele pendurou o cinturão da arma e tirou as botas enquanto eu estava atarefada na cozinha. Pelo que eu saiba ele nunca disparou a arma no trabalho. Mas a mantinha preparada. Quando eu era criança e vinha aqui, ele sempre retirava as balas assim que passava pela porta. Acho que agora me considerava velha o bastante para não atirar em mim por acidente, nem deprimida o bastante para atirar de propósito.

- O que temos para o jantar ? - perguntou ele cheio de cautela.

- Bife com batata - respondi e ele pareceu aliviado.

Eu o chamei quando o jantas estava pronto e ele gostou do cheiro ao passar pela porta.

- Que cheiro bom, Kara.

Os Luthors - Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora