10 - L'amore non corrisposto è una ferita che non guarisce mai.

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10 - O amor não correspondido é uma ferida que nunca cicatriza.

ANTONIO

A loira está mesmo aqui, sentada em meu escritório, esperando para acabar com a minha vida. Como se eu ja não estivesse com problemas a sair por baixo dos armários, há um bem grande e sensual me aguardando. Não me levem a mal, mas um homem precisa aliviar suas necessidades. E Chiara sempre esteve tão disponível...

- Você sabe melhor do que ninguém que isso é assunto sério, por que veio hoje? — pergunto ainda sem acreditar que Chiara veio para o jantar.
- Você achou que eu ia ficar em casa chorando, Antonio? — solta uma risada.
- Não seja irônica, Chiara. Não fui eu que escolhi isso. — e é verdade.
- Nem eu, certo? — ela então levanta e vem ao meu encontro. — Quero finalmente conhecer a mulher que vai roubar o meu homem. — e então ela me coloca contra a porta.
- Ninguém irá me roubar, não diga tolices.
- Exatamente... eu quis realmente dizer "tentar roubar" — faz às aspas com as mãos e volta a colocar suas mãos em mim.
- Valentina está aqui na mansão, ela vai surtar se te ver aqui. Che casino! — digo ja ficando desesperado com as suas investidas.
- Oba, assim que eu gosto. — enquanto ela me ameaça, vai passando a mão pelo meu corpo tentando me tirar do sério.
- Para, aqui não. — digo tentando me livrar de suas mãos espertas, mas nem eu mesmo acredito no que digo.
- Você quer também... e eu senti tanta saudade de você... — diz abrindo os botões da minha camisa por baixo do terno.

Em uma situação normal, ja estaríamos sem roupa em meu escritório. Nunca foi o meu tipo me fazer de difícil, e agradecia por Chiara também ser bem direta e objetiva. Por diversas vezes eu fui ao seu encontro, e ela sempre esteve linda e receptiva. No começo isso funcionou bem, eu aparecia a qualquer hora, mesmo pela madrugada, e ela ficava feliz. Mas nos últimos anos ela começou a querer mais, o que está fora de questão para mim. Aceitaria em me casar com ela quando fosse a hora, mas os planos mudaram por hora.

Ela sempre teve certeza que seria a minha esposa, afinal é assim que ficamos prometidos um para o outro quando recebi a nomeação para assumir como Capo no lugar de meu pai. O problema é que assim como a organização, o casamento também fazia parte de uma negociação. Mais de 10 anos ja se passaram, e o pai dela não prosperou como pensávamos. Uma pena, pois ela seria ótima como uma esposa troféu. Não iria atrapalhar minha vida privada, e me serviria de uma boa foda sempre que eu assim quisesse.

Infelizmente não sou eu que faço as regras, elas simplesmente existem a muitas gerações, e não serei o primeiro a ir contra tudo o que sou. Eu fui designado naturalmente como sucessor do maior Capo (chefe de família na máfia), de toda a Italia, e desde novo aceitei esse destino. Fui criado para isso, e aprendi a gostar. Tenho sede de poder correndo em minhas veias.

Enquanto Chiara se pressiona em mim contra a parede, tento afastar meus pensamentos e a controlar para que ninguém nos veja aqui. Fecho os olhos para limpar a mente, mas o resultado é o completo oposto. Aqueles olhos claros de Valentina vieram a mente, e tudo o que vivemos nesses últimos dias voltaram com toda força... Vaffanculo! De repente um tesão incontrolável me atinge e desejo com todas as minhas forças que não fosse Chiara aqui comigo.

Sem pensar muito, e ainda com a mente longe, a seguro no colo colocando suas pernas em torno da minha cintura e a levo em direção a minha mesa ao fundo da sala. Fico tão cego por estar segurando isso a dias, que rasgo sua blusa de ceda enquanto tento a deixar nua. Não demora muito para que eu a tome para mim, e logo éramos dois animais sem dignidade alguma. Foi rápido, intenso e vulgar. E assim que eu gozei, quis nunca ter começado.

Depois do tesão, veio a culpa.

- Isso ainda vai me dar problemas. — sussurrei, para mim mesmo.
- Eu espero que sim. — desejou Chiara.

A DAMA DA MAFIA - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora