05. sex on fire

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Amélia prende o ar no segundo em que suas costas colidem contra a parede cálida do elevador

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Amélia prende o ar no segundo em que suas costas colidem contra a parede cálida do elevador.

A capitã levanta os braços da médica com as suas mãos firmes, pousando os seus pulsos em cima da sua cabeça e arrancando um suspiro antecipado da garganta da mulher. Inevitavelmente, isso a faz esboçar um sorriso atrevido para àquela súbita submissão e sem perder tempo, ela cola seus lábios nos de Amélia. Rapidamente, a morena permite que a língua da jogadora explore o seu lábio inferior em um beijo faminto e erótico. A doutora faz uma nota mental para si, constatando que mais tarde aqueles dedos deixariam marcas obscenas em seus pulsos pálidos, mas naquela altura do campeonato, ela apenas queria sentir o sabor viciante da língua de Gabi em sua boca. Com as pálpebras fechadas e absorta em puro desejo, ela cegamente tenta mergulhar as mãos para baixo na intenção de tocá-la, mas a capitã impede o movimento e pressiona um pouco mais seus pulsos, arrancando um gemido manhoso da parte de trás da garganta dela.

— Olha só o que você me obriga a fazer, Amélia... — A jogadora ofega entre o beijo, encarando-a com um olhar abrasador — Será que você ao menos tem noção do quanto está me enlouquecendo?

A capitã desliza uma de suas mãos do pulso da médica e a entrelaça em seu rabo de cavalo, puxando algumas mechas entre os dedos e forçando sua cabeça para baixo, algo que subitamente a inspira a fechar os olhos e arfar de desejo. É inevitável. Ao contemplá-la naquela posição, Gabi mergulha o seu rosto contra o pescoço da mais nova, lambendo sua traqueia e polvilhando beijos úmidos na extensão do seu pescoço, reproduzindo a cena de noites atrás. Ela chupa um ponto muito específico atrás da sua orelha esquerda e então suavemente morde o seu lóbulo, observando a superfície daquela pele tão deleitosa se arrepiar em resposta. As costas de Amélia arqueiam-se semelhante à de um gato, demonstrando sua satisfação para com a ação. Há uma avalanche de adrenalina e excitação que drena todo o seu sangue, principalmente porquê ambas ainda estão dentro do elevador e esse poderia parar a qualquer segundo.

Naquela altura do campeonato, nenhuma das duas sequer sentiam a pressão e o avanço dos andares abaixo de seus pés e de certo modo, o cenário peculiar é algo que estimula Gabriela de maneiras inexplicáveis. Ela reconhece a sua fraqueza incurável pela médica, é nítido em cada um de seus traços e atitudes. Qualquer um que estivesse na mesma sala com as duas enxergaria a atração mútua entre elas, porquê era tão claro quanto um dia ensolarado de verão. A capitã não tinha noção do tamanho da proporção que àquilo poderia levar ambas, mas sabia que algo estava mudando dentro de si.

— Você tinha razão. — De repente, a médica murmura entre o beijo, a voz carregada de desejo — Eu não aguentaria mais por muito tempo.

— Não terminamos aqui.

A capitã ofega e de primeiro momento Amélia não compreende o seu afastamento tão súbito, até as portas automáticas do elevador se abrirem. A médica não teve outro reflexo a não ser o de recompor sua postura e ajustar cegamente a aparência antes das ginastas Jade Barbosa e Rebeca Andrade adentrarem a cabine. Amélia questiona-se sobre como deve estar o seu estado nesse exato momento. Estupenda e descabelada. É o que o seu subconsciente ousa dizer, e ela sente vontade de soltar um grunhido.

𝐀𝐮𝐫𝐚 | Gabi Guimarães Onde histórias criam vida. Descubra agora