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JUSSARA

Eu sabia que era errado, sabia que aquilo não podia terminar bem, mas naquele momento, tudo o que eu conseguia pensar era no calor do corpo dele, no toque das suas mãos firmes que agora seguravam meu rosto com uma urgência que me entorpecia.

Minhas mãos, antes hesitantes, agora estavam enterradas nos cabelos dele, sentindo a textura macia dos fios entre meus dedos. PH se afastou por um segundo, apenas para descer os lábios até o meu pescoço, explorando minha pele com beijos molhados e mordidas suaves que fizeram meu corpo inteiro se arrepiar.

Eu senti o peso das suas mãos descerem pelos meus braços até a minha cintura, me puxando para mais perto, até que não houvesse espaço algum entre nós.

— Pedro... — tentei murmurar algo, qualquer coisa que trouxesse um pouco de razão para aquele momento, mas minha voz saiu baixa, quase um suspiro. Estava perdida no meio daquela tensão, daquela paixão que crescia a cada segundo dentro daquele banheiro apertado.

Ele levantou o rosto e olhou nos meus olhos.

— Vamos sair daqui, hum? — sua voz era um sussurro rouco.

Meus pensamentos voltaram brevemente para o lado de fora, para Amélia, para Liliana, e para o que elas poderiam pensar se percebessem a nossa ausência. Eu tentei racionalizar, tentar imaginar uma desculpa que fizesse sentido, mas era como se minha mente fosse incapaz de formar uma linha lógica de raciocínio enquanto estava nos braços dele.

— Pedro, eu... Amélia está lá fora... ela vai perceber. — suspirei, tentando me afastar um pouco, mas sem sucesso. Eu estava dividida entre o desejo que queimava dentro de mim e o senso de responsabilidade que ainda teimava em se manifestar.

Ele balançou a cabeça, como se a ideia de esperar fosse absurda.

— Eu não vou conseguir esperar. — Sua voz estava carregada de uma urgência que me fez estremecer. — Eu não aguento mais um dia sequer sem te tocar, sem te ter. Dá uma desculpa qualquer, mas vem comigo.

Eu olhei para ele, seus olhos implorando, mas ao mesmo tempo ordenando, e a verdade é que, naquele momento, eu não queria negar nada a ele. Meus pensamentos ainda estavam embaralhados, mas quando ele me beijou de novo, toda a lógica simplesmente se dissipou, e o desejo falou mais alto.

— Tá bom. — eu sussurrei, finalmente cedendo, e senti um sorriso satisfeito se formar nos lábios dele contra os meus.

Meu coração batia acelerado, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, suas mãos desceram até o meu bumbum, apertando com firmeza e me puxando ainda mais para ele, como se quisesse me fundir ao seu corpo.

Meu corpo reagiu instantaneamente, um calor subindo por mim enquanto ele me mantinha presa, os olhos fixos nos meus, como se quisesse ler todos os meus pensamentos, como se quisesse confirmar que eu estava tão entregue quanto ele.

Eu sabia que estava brincando com fogo, mas, pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti ser egoísta, pensar em mim, no que eu queria. E, naquele momento, tudo o que eu queria era PH. Queria esquecer o mundo lá fora, esquecer as responsabilidades, esquecer os medos e inseguranças. Eu queria me entregar completamente, mesmo que só por algumas horas.

Ele percebeu minha rendição completa e sorriu, seus olhos brilhando com desejo e satisfação. Sem dizer uma palavra, ele me soltou um pouco, mas manteve uma das mãos segurando a minha.

Eu sabia que estava cruzando uma linha da qual seria difícil voltar. Quando saí do banheiro, senti o olhar atento de Amélia enquanto Liliana e Heitor conversavam distraidamente. Respirei fundo, tentando manter a compostura. Precisava de uma desculpa rápida, algo que justificasse minha saída sem levantar suspeitas.

Desejo Proibido: A história de Jussara e PHWhere stories live. Discover now